
Enfim, hoje abordarei um tema que muito tenho (tentado) feito nesses últimos tempos: compor.
Compor é uma coisa relativamente fácil. Com um ano e meio de violão que eu toco, já dá pra saber algumas coisinhas básicas, como combinar notas, tempo, ritmos, e até um riffzinho de vez em quando.
Eu começo descobrindo algum riff no violão. Ah sim, riff, pra quem não sabe, podem ser definidos na música como pequenos solos, embora essa não seja a definição mais correta, creio que não está errado. É tipo o tan dan dan dan - dan dan dan dan da introdução de Nirvana - Come As You Are, ou até mesmo aquela introdução que não dá pra escrever de Guns N Roses - Sweet Child O Mine.
Claro que eu só citei riffs que são lendas do rock, que qualquer pagodeiro morador do Bom Retiro e que calça Nike Shox conhece.
Enfim, começo procurando algum riffzinho e combinando, passo para o próximo passo, que é a base. Base pode ser definido como o ritmo da música, o que o guitarrista e o baixista, e até o baterista tocam, enquanto o vocal canta.
Tem também o refrão né putada, que quase sempre, é a introdução com o vocal cantando. Mas isso só acontece no punk rock, onde todas as músicas são relativamente fáceis. No metal é beeem mais difícil.
Agora, chega a pior parte: a letra.
Manucú viu...
Sem base essa parte, muito difícil.
Simplesmente me vem um branco nesse momento, não sei sobre o que falar. Tipo, o compositor deve se importar por último com o que vão pensar, se não simplesmente a música não sai. Imagina se ao escrever uma música sobre amor, um compositor não a lançasse, por medo de não ser chamado de emo?
É foda, é foda. O fato é que quando você desenvolve certa familiaridade com o mundo da música, seu ouvido começa a "escolher" o que ouvir.
Quero dizer o seguinte... pelas letras e atitudes da banda, você começa a ver se vai ouvir ou não. As músicas parecem ser feitas de forma mais sincera e não simplesmente pra vender. Uma boa banda que hoje eu admiro em questão de música sincera é Matanza, todas as letras bem tem uma mensagem, mesmo não sendo positiva, é um estilo de música diferente, atrativo, e que simplesmente é boa, não é algo "engole, sem fazer cara feia."
A letra, definitivamente, pra mim, é a parte mais difícil da música. Ao mesmo tempo que eu quero escrever letras que passem mensagens positivas, eu não encontro sobre o que falar de forma franca, e é muito clichê usar temas que simplesmente estão na ativa ou na mídia.
Espero um dia escrever uma música que chegue a virar uma lenda, que todo mundo ouça e diga que conhece. Sim, eu sonho alto. Mas deixa eu quieto ehehehehe
Se eu tivesse uma máquina do tempo, eu poderia fazer o seguinte.
Configurar para entrar no ano de 1980 e alguma coisa.
Ir para onde o Kurt Cobain morava. Matava ele. Voltava pro presente. Aí eu chegava pro pessoal da minha banda:
"Aí, fiz uma canção muito foda! Pega aí Luiz:"
E tocava Smells Like Teen Spirit pra todo mundo ouvir!
Quando eu terminasse:
"Nó cara, que lixo! Base mó tosca, o baixo faz a mesma coisa a música inteira, a letra é mó nada a ver e de onde você tirou um solo igual esse? Tsc tsc..."
o.O
PS: na hora de compor, é o Luiz que faz os solos, e em duas músicas, a base foi ele que fez!
sim, violão novo! Tagima Dallas, cordas de aço dessa vez.
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