segunda-feira, 30 de março de 2009

Comercial Guitar Hero: Metallica!

Kirk: “O que estão fazendo?”
Tiozão: “Estamos jogando Guitar Hero!”
Lars: “Cara, agora tem o Guitar Hero: Metallica.”
James: “Vá por umas calças, tiozinho…”
Tiozão: “Quem você tá chamando de tiozinho?”

E a sequência…

Não entendi porra nenhuma que o James falou nesse comercial. Algo sobre virar o mundo pra promover o comercial, sei lá.

FODA.

domingo, 29 de março de 2009

Jogando a janta fora.

Poucas cenas são tão memoráveis quanto a que eu passei hoje. Foi algo… bíblico talvez. Digno de uma longa história que um dia por certo, contarei para meus netos. Claro, se um dia eu chegar a ter filhos. Sabem como é, dão muito trabalho…

Pois bem… a coisa começa da seguinte forma… minha banda não possuía bateria para ensaios, e a essa altura do campeonato, era necessário uma. Extremamente necessário, tava na seca de pelo menos ensaiar hoje. É foda, essa parada nos matou, mas hoje é o dia que tudo isso acabou.

Depois de uma breve reunião e uma pequena pesquisa pela internet, orkut afora, Luiz encontrou o proprietário de uma bateria que estava interessado em vendê-la, a um preço bastante razoável. Conversamos entre nós e combinamos a melhor forma de pagamento, eis que fechamos negócio. Com a gente é assim, tem que ser no ato e na hora, o tempo é a única coisa que a gente não consegue de volta. E é claro, os equipamentos roubados.

Problema: o cara morava em Timóteo, cidade que fica a não sei quantos quilômetros daqui de Ipatinga, apesar de ser cidade vizinha. Não tinha outro jeito, a gente ia ter que fazer uma pequena viagem pra adquirir o produto. Então beleza, vamo lá.

Montamos no carro, e eu já comecei a sentir enjôo. Não me caçoem, maiem, zoem ou gastem. Eu sofro de enjôo em carro a muito tempo, e parece que não estou curado até hoje. Aquelas balançadas de cabeça, viradas bruscas, acelerando e voltando o carro, o tempo… aquilo me mata.

Chegando mais ou menos na metade do caminho, a gente tem ainda que chegar e descobrir o bairro em que o cara morava. Eis que a gente sai perguntando, entra aqui e ali, e virando toda hora, a cabeça começou a pesar, fui suando frio, e sentindo a cabeça pesar. Pra mim, essa é a pior sensação que eu um dia poderia sentir. Se bem que nunca levei tiro nem facada, portanto meus conceitos de comparação são limitados. Mas posso afirmar, é bem desagradável, e o pior é saber que eu já deveria estar livre disso, já que meu pai trabalhou com carros a vida inteira. Parece que DNA não é tudo em um ser humano.

Após perguntar e receber algumas informações, encontramos a casa do rapaz. Não foi difícil, o difícil foi tentar respirar quando se está bem enjoado como eu estava.

No momento em que estacionamos na porta dele e chamamos, eu tratei logo de sair do carro, e tentar vomitar, mas nada saía… enquanto Luiz e Rízio negociavam com ele, e adentrando a casa do garoto, eu dei uma desculpa…

“Eu vou fechar o vidro do carro e pegar a chave…”

Porra nenhuma, eu tava era doido pra enfiar o dedo na garganta e chamar a janta pra fora. Cheguei perto de um muro e tentei vomitar, mas nada saía. Nada mesmo. Só saliva. Era como se o mingau não estivesse preparado. Depois de umas tentativas frustradas, eu desisti e entrei cambaleando a casa do rapaz como um bêbado sem direção e o que eu vi foi a irmã dele sentado na sala e vendo filme do Adam Sandler que passou hoje à tarde. Dei um “oi” amarelo e fui entrando na casa, encontrando-os ao redor da bateria.

Papo vai, papo vem e eu com a cabeça pesada, dixavando e dizendo “é, isso aí”, de vez em quando, tentando respirar, mas nada. Eu juro que cheguei a pensar que ia chamar o Juca na sala do cara ali sem dó nem piedade. Já tava até imaginando uma possível desculpa para os moradores da casa.

“Desculpa é que eu… an…” e vomitava de novo.

Por sorte, isso não ocorreu…

Carregamos o carro e trouxemos a bateria de volta. Apesar de tudo, me senti bem de estar voltando pra casa, parece uma eternidade uma estrada. É como se não tivesse fim, e olha que eu fui aqui do lado em Timóteo. É foda.

Devo lembrar-lhes que o Rízio é um dos motoristas mais 22 que eu já conheci. Ele sai dando conversão de 3ª, ele é cheio dos automatismos. Não é atoa que ele já acidentou algumas vezes, e não demora a dar PT num carango aí. Aguardem e verão. Ele que fica esperto não.

E naquele balançar, o caldo infernal só sendo preparado. É como se eu fosse um caldeirão com mingau batido dentro. Uma hora ele ia sair, só questão de tempo e de quanto eu iria aguentar aquele mal-estar. Nem vontade de cagar é mais urgente que aquilo.

Eis que chegando em Ipatinga, não teve jeito. Numa rua desconhecida, porém movimentada, o que eu pude fazer era mandar o Rízio estacionar o carro.

“Pra que meu filho?”
“Eu vou vomitar cara…”

Não deu outra… foi o tempo dele jogar o carro e eu sair pra rua. E dei uma pequena olhada aonde eu estava preparado pra jogar um caldo infernal. Na porta de uma igreja Assembléia de Deus.

“Assembléia de Deus?” pensei comigo. “Não é aquela que as mulheres andam de saias até a canela e não transam antes do casamento?” Certa vez, soube que nem as axilas elas rapam, mas isso caiu por terra quando perguntei isso a uma garota. Não é assim também, elas tem higiene. Mais que eu, eu acho. De qualquer forma, meu senso de garotinho bonzinho foi posto à prova ali. De um lado, o fato de que eu estava doido pra vomitar, a substância plasmenta subia cada centímetro da minha garganta e já estava indo de encontro à guela. De outro lado, era a casa do Senhor. Vomitar ali não seria falta de respeito? Jogar fora o alimento dado é sempre pecado, mas cresci com uma dúvida a respeito disso: e se eu o vomitasse? Pecado também?

Não deu outra, e não haveria hora pior pra eu vomitar na frente de uma igreja. Estava tendo culto, ou ensaio, e havia uma pá de gente na porta e nas janelas.

“Que Deus me perdoe, mas dá não…”

Foi dito e feito. Me levantei, como um soldado ferido, fui caminhando lentamente até o poste, com algumas pessoas me olhando estranhamente já. Encostei a mão no poste, e foi o tempo de enfiar o dedo na guela e mandar pra fora aquele inferno que me consumia por dentro. É gratificante, prazeroso e muito, muito regenerador. Nojento, talvez, mas é o preço que eu paguei pra ficar bom em tão pouco tempo. Era só isso? Só botar a janta pra fora e sair sorrindo com aquele gosto ruim na boca?

Eis que sento no meio fio pra me recompor do baque de jogar 5 colheres de arroz, 3 de feijão, 2 bifes, 5 batatas cozidas, e uma considerável quantidade de Coca-Cola pra fora e me cai a ficha. Olhei pra trás e uma tropa de fiel me vendo. Apontando, rindo, quem sabe, até na chacota.

Pensei em fazer estilo aqueles caras que se revoltam por estarem pagando um mico e reparando e rodar um chilique em plena praça pública.

“TÃO OLHANDO O QUE HEIN? NUNCA VIRAM NÃO?”

Mas desisti da idéia antes mesmo de pesar os fatos e analisar friamente se ela seria uma boa. Isso seria mais vergonha em público ainda. Um tumulto com fiéis da igreja chamaria o pastor pra me colocar nos eixos e tudo o mais. Quem sabe ele sairia de lá de dentro com uma Bíblia debaixo dos braços, terno, engravatado e me perguntaria:

“Meu rapaz, por que consome tanto álcool?”
“Como?”
“Álcool!”
“Me desculpe senhor, do que está falando?”
“De você encher a cara e vir vomitar na frente da minha igreja, seu filho do demônio.”

Ele provavelmente acharia que eu sou um desses noinhas filhinhos de papai que consomem alta quantidade de cachaça e derivados e vomitaria na porta de uma igreja, quem sabe uma aposta entre amigos:

“Oh, ali eu duvido que você vomita!”

Enfim. Lamento muito por ter vomitado na hora do culto na frente de um a igreja. Mas apesar de lamentar, se estivesse nas mesmas condições, vomitaria até mesmo dentro da igreja, afinal, urgência é urgência.

Quem sabe até depois de tudo, o pastor não tenha saído e visto aquela gosma from hell na porta da sua igreja? Lamento pastor, se o senhor estiver vendo isso, saiba que eu não fiz por mal. Foi puta azar encontrar aquele lugar justo na frente da igreja do Senhor. Não, não pensei que meus atos fossem inconsequentes, apenas tive a urgência de jogar a broca pra fora. Então, peço que me perdoe se a igreja atingida foi a sua, não foi a minha intenção. Sabe, se eu tivesse forças pra andar até o lote vago e vomitar no mendigo que ali se encontrava dormindo, eu também não o faria. Seria maldade demais.

E do outro lado, outro lote vago, mas provavelmente haveria uma garrafa de Heineken pronta pra ser acusada, apontado pra mim, como se fosse eu o tomador da garotinha.

Não, pastor, aquilo não foi fruto do álcool, e sim de um motorista que balança o carro de forma exagerada. Obrigado pela compreensão.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Dor

Existem certas coisas, caros leitores, que sinceramente, dispensam qualquer tipo de comentário em relação a tudo que se relaciona com o bem-estar. O incômodo é uma das coisas que mais… (na falta de termo melhor…) incomodam o ser humano. É fato, não adianta, nem tem como negar, uma dorzinha aqui, um trecozinho aqui, e puta que o pariu. Dá vontade de mandar tudo pro inferno e que Satanás resolva essa merda com todo o poder do mal que ele possuí.

É como uma simples e singela amostra do que é o inferno real. O que é dor, tortura, maldade, destruição. É tenso, mas é verdade, podemos conhecer um pedacinho do inferno aqui da Terra, com sensações que somente nós humanos temos o poder de sentir e dizer com aquela cara de “quero chorar”:

Eu poderia definir em um milhão de palavras aqui o que é dor, mesmo sem a ter sentido de verdade. É fato, ao ver a imagem de um ser humano sofrendo isso, dá pra ver na cara do sujeito que no mínimo ele cagou até o milho do hot-dog de ontem no momento de destruição do bem-estar dele.

Primeiro, ele começa a suar. Frio. Finge de bobo e demonstra os seguintes sinais.

  • Finge de bobo, que não tem nada de errado, pra não passar vergonha em público.
  • Tenta morder os lábios, pra tentar, dessa forma, aliviar a dor, até ver que não terá resultado.
  • Não tendo solução, ele aprende a conviver com isso.

Segue uma lista de tópicos com alguns ítens que realmente incomodam os seres humanos em geral. Se nenhum dos ítens tiver real sentido pra você, ou você é o Chuck Norris, ou é um cadáver.

- Bater com a pontinha do dedo mindinho do pé na quina da cômoda/baú/pé da mesa.

Acreditem, já ocorreu comigo, e lhes conto como foi. Quer dizer, uma delas, já que estou cansado de fazer isso.

O novo disco do Metallica, Death Magnetic, havia vazado, e eu, bom fã que sou, baixei o conteúdo ilegalmente da internet. Não me venha dar lição de moral quanto à isso, eu o faço sem o menor peso na consciência.

Logo na primeira música, comecei a dar pala. Bater cabeça igual louco, e tomei a idéia maluca de simplesmente, moshar comigo mesmo. (?)

That Was Just Your Life é uma música simplesmente foda. O que eu não contava era que no meio do solo de Kirk Hammet, eu esbarrasse com generosa força exatamente o meu mindinho no pé da mesa do PC.

Isso, cria aquela sensação de dor indescritível, destruidora, que corrói a alma e rompe com qualquer sentido de educação que você tenha, bem como o sentido de pensamento. Curiosamente, eu não sei POR QUÊ, eu simplesmente tenho o hábito de começar a rodar no meio da sala quando isso ocorre. Não me pergunte o motivo, isso não alivia a dor, isso não traz calma. Eu simplesmente começo a andar em círculos chaves-style mesmo, o faço por que perco o controle da lógica de me manter racional, e somado a isso, xingo todos os palavrões que conheço.

Xingar não resolve problemas. Mas os alivia, acredite em mim. Dar nomes a órgãos genitais, orifícios anais e alcunhas à mães alheias é algo que realmente traz um conforto espiritual, psicológico e por que não, paz.

- Cair da escada.

Dou uma bala ao filho da puta que disser que nunca tropeçou aqui. Uma bala, e ainda xingo a mãe desse prole de meretriz, mentiroso.

Agora, alguém que merece atenção é o que caiu da escada. E acreditem, sou um deles.

Ocorreu foi o seguinte. Aqui em casa, tem dois andares e uma escada com nível de atrito muito, muito baixo. E mora aqui em casa um cara com um nível de sorte, muito, muito baixo. Esse cara sou eu.

Saindo do banho, molhado, estilo toalhão na cintura, calor da porra e sozinho em casa, aproveitei, fui me vestir e depois desci ao térreo para comer algo. Tava puto de fome, e tonto de sede, a água que eu bebi durante o banho não adiantou.

Ao chegar, notei que havia chuvido e que a escada estava, de fato… molhada. Assim como eu. E tenho o costume de descer a escada de dois em dois degraus, questão de pressa inútil. Eis que meus pés me traíram.

Eu vacilei com o movimento em algum ponto e escorreguei. Só tive aquela sensação de estar sendo puxado para o chão e encontrar o solo com velocidade alta. Desci rolando pela escada toda e xingando a cada degrau. Me lembrei do Homer Simpson.

Po, cacete, inferno, ai capeta, carai, merda, aaaaaaaaaaai…”

É inevitável. A dor vem com tudo. Como resultado, relei parcialmente a perna, e por sorte não quebrei nada.

Não imaginem a cena.

- Água no ouvido.

Esse aqui já não é dor… é mais simplesmente incômodo. Na piscina, por algum inferno, entra água no ouvido e fica aquela chieira te incomodando, a lá tortura chinesa, impiedosa e você começa a dar sopapos no próprio ouvido, e inclinando a cabeça esperando que a água saia.

Eu, quando mais novo, tentava dessa forma: pegava a própria orelha, dobrava e usava ela como uma espécie de desentupidor no ouvido. Não resolvia nem melhorava, mas garanto que dava uma idéia de que fiz algo que serviu.

Hoje não adianta: não conheço jeito de tirar a água do ouvido. Só esperando por um milagre mesmo. Mas uma hora sai.

Lidar com a dor é foda. É mais foda ainda quando temos que lidar com mais de uma ao mesmo tempo. Isso acontece por que nosso sentido tem que alertar ao cérebro que tem merda ocorrendo no corpo e é pra dar um jeito. Caso contrário, a merda pode ser maior.

Eu acho, pelo menos.

terça-feira, 17 de março de 2009

“Discografias” fechada

Qual não foi minha surpresa ao simplesmente ler isso ontem na descrição da comunidade.

Pra quem não sabe, a Discografias era uma das maiores (pra não dizer maior) e mais organizada comunidade do orkut. Dispunha o link de download de diversos álbuns de milhares de artista, sendo uma referência para ponto de encontro pra se compartilhar links.

Mas é claro, como tudo que é bom é errado ou dura pouco, com a comunidade não foi diferente. A ACPM (anti-pirataria Cinema e Música) por meio de ameaças (que não sei quais são, pois no tópico da comunidade não informa), obrigou os donos da comunidade a fecharem as mesmas. Sem escolha, foi o que tiveram que fazer. Infelizmente, muitos artistas irão perder seus meios de divulgação, eu fiquei sem fonte pra baixar minhas mp3 (quem compra CD original por mais de R$10,00 na minha opinião é trouxa. Só compro CDs de bandas de amigos.).

Quer dizer, sem fonte não… Ainda existem os meios de download por torrent, P2P, Google (esse tem que ser bruto pra mandar fechar) e por aí vai. Mas aquela comunidade facilitava e muito os meios de download. Diversas bandas, só consegui achar material lá. Material de bandas independentes muitas vezes, sem o menos fim lucrativo, apenas diversão musical mesmo.

Claro, eu tenho a plena convicção de que a pirataria é algo impossível de se vencer. Simplesmente impossível, não tem como. Vai fazer o que, mandar fechar o RapidShare? Vai fazer o que, simplesmente revistar HD por HD em residência por residência? Haja mandatos de prisão pra isso.

É fato putada: simplesmente impossível de se vencer isso. E as gravadoras não lucrarão um centavo a mais pelo fechamento de comunidades como essas.

Mas como eu digo sempre, acontece.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Nova cara velha

Ok, caros leitores, já notaram que eu alterei o template do blog, não foi?

Pois bem, let me explain: procurei por essa internet toda, um template decente, legal, gratuito (é claro), mas por fim, decidi que o melhor que eu tinha em mãos, estava bem nas opções nativas que o servidor me oferece. Nada mais justo, vou usar ele então.

Mas acontece. Quanto às atualizações, vou procurar manter isso aqui na reta. Mas me entendam, to sem inspiração esses dias, acreditem.

E de fato, odeio posts rapidinhos assim.

Freestyle Powerizer Stilts

Imaginem só eu com um desse? Eu dou pala, acredite. Saíria pulando tudo quanto é muro por aí. Já sabem o que me dar de presente então, né?

quinta-feira, 5 de março de 2009

Post chato, não leia.

Post meio emo, já aviso de ante-mão. Lamento pelo fato de ter um blog e não um fotolog. Pra atualizar essa MERDA, bastaria eu simplesmente colocar uma foto sem sentido e um frase com menos sentido ainda, que estaria atualizado.

Mas não, fui caçar ter blog, algo que eu tenho que atualizar com um texto que saiba interpretar e passar minha opinião à frente. Ok, ok.

Tá, mas e o texto emo?

Tá aqui embaixo.

Ando passando por uns certos momentos ruins e, por incrível que pareça, o fato de eu estar desempregado é o menor deles. Já dizia minha avó (que vive, e que tá MUITO bem de saúde, graças a Deus) "tudo passa".

Ela tem razão. Nossos avós sempre tem razão, a carga de experiência que eles adquiriram ao longo da vida é algo surpreendente. Enquanto nós, jovens, aprendemos inglês, matemática, mundo de negócios, e outras coisas, nossos avós aprenderam a aguentar as patadas que a vida dá na gente.

É impressionante como esquecemos de aprender isso. E o mais impressionante é que isso é simples, muito simples. Não disse que é fácil, disse que é simples. Dificuldades na vida, todos enfrentam, e eu sou só mais um. E acredite, sei que tem gente muito pior que eu. Na África, cara morre de HIV e dá pra rapar com o rodo o número de casos assim lá. No Nordeste tá uma seca, Palestina e Israel tá em guerra, Obama tem que consertar o mundo, enquanto eu digito tem uma criança morrendo de fome, um pai sendo morto por bala perdida enquanto ia pro trabalho, uma senhora recebendo a notícia que o filho foi morto, e por aí vai.

Acredite, o mundo tá cheio de problemas. E o seu, meu amigo, é o menor deles.

Viu como você é feliz?

Não?

Explico então.

Não é pra tratar seu problema como fútil. Mas não posso culpar todo mundo pelo fato que eu sou feio. E não quero ficar marombado, nem bonitinho, portanto convivo com minha feiúra e feliz. Acredite, apesar dos pesares, eu me considero uma pessoa feliz.

Semana passada, roubaram o equipamento de baixo do Rízio, baixista da minha banda. Foi um grande problema, mas os filhos da puta que roubaram estão aí à solta, e o equipamento já virou pó ou pedra, com certeza. A polícia não vai tratar esse caso, já que tem muitas urgências pendentes aguardando atendimento.

Estou mal com isso? Estou, muito. Mas pensem comigo, o Metallica teve todo o equipamento roubado na turnê do primeiro álbum, e hoje eles são uma das maiores bandas do mundo.

Sacou? Ham ham?

Tudo bem, esqueça.

E pra você, que se sente desmotivado, igual eu estava antes de digitar as linhas acima, uma pequena frase:

"Tente de novo. Você vai conseguir. E se não for desta vez, será da próxima."