quinta-feira, 18 de junho de 2009

Rapidinhas

E cá pra nós, mais uma vez eu to aqui tentando cumprir a promessa que eu fiz, tempos atrás de postar com mais frequência nesse blog. Eu juro que tento o máximo, mas o ócio que corrói meu ser vem sendo cada vez mais explosivo e qualquer dia eu vou morrer só pra não ter o que fazer.

Claro. Vamos às rapidinhas:

  • Antes de tudo, gostaria de agradecer à todos que compareceram ao 3º Agasalho e Rock, que foi no domingo. Como disse o Tom, arrecadaram agasalhos pra caralho (pense o que quiser), e foi um evento muito foda, animado pra caramba. Além do que, foi o primeiro show da Fall N Grace, aguardem mais informações, em breve. Soon, guys. Quem quiser acessar o fotolog, taí: http://fotolog.com/fallngrace e tem comu no orkut também.
  • Rumores (confirmados) de que Metallica lançará um DVD ao vivo. Aguardando, e ansiosamente. Tô precisando mesmo dar uns gritos de DIE! DIE! DIE!, como na Creeping Death, e to cansado de fazer isso com o áudio do Rock Am Ring 2008.
  • Vocês tinham que conferir o tamanho de catarro que eu tirei do meu nariz hoje, sem noção. O que houve foi o seguinte... me levantei às 05:45 para tomar o banho e ir pro trampo e eis que noto que tem algo preso dentro dos meus canais nasais, como um cano que tá entupido, e começo a respirar pela boca. Logo, começo a notar que ao falar, me chega aquela vontade insana de espirrar, mas nada sai após o espirro. Então começo a ficar encucado, mas acabo deixando pra lá, afinal eu já estava gripado mesmo. Eis que debaixo do chuveiro, com a água escorrendo, assoei o nariz uma vez. Nada, só catarrinho atoa. Assoei de novo. Nada. Eis que pego um ar e escarro (aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa-FOOOOOOOOOOOOM) e sai aquele monstro do meu nariz como se eu tivesse parido o bicho. Sem zoeira, parecia uma borracha, ou algo do tipo, era sólida de certa forma, era consistente, e não esses catarrinhos que a gente costuma soltar. Só não tirei fotos por que a água do banho levou e eu não estava com a câmera à mãos para registrar o momento, mas fiquem sabendo que meu ranho agora flutua soberano pelos esgotos de Ipatinga. Se o virem, me avisem, estou procurando. Ofereço recompensa.
  • Tirei foto da minha formatura ontem. É um tanto embaraçoso, devo dizer. Aquelas fotinhas gays do tipo "comemorando", foram as mais difíceis. Sou um péssimo fingidor de expressões forçadas. Posso, se quiser, fingir uma expressão natural, como contar uma piada e não rir, sendo que todos caíram na risada. Consigo também (não sem muito treino que já tive), ficar sério de velório no meio de uma risada, sem problemas. Isso é prática, confiem em mim. E depois, teve a tradicional foto de toda a turma, naquela espécie de arquibancada, aonde todo mundo fica apertado. Cara, é muito estranho, eu fiquei na última arquibancada. Isso, por que eu sou o mais alto da minha sala (lá só tem pigmeu e bombadinho de academia) e talvez, o mais magro também.
  • Lembra que eu falei no Twitter que eu tava sem net? Resolvi a treta, eu só tive que des-rotear e rotear novamente o modem. Querem que eu explique como? Ok, lá vai.

1 - Iniciar -> Executar -> "cmd" (sem aspas, animal)
2 - No cmd, digite "ipconfig /all" (sem aspas, animal)
3 - Anote o número do Gateway Padrão. No meu caso, era 192.168.254.254, que é o modelo do meu modem (DSL-500b, quem rir vai             tomar na cara, eu to avisando.)
Digite
http://númerodogateway no IE ou Mozilla. Por exemplo, http://192.168.254.254.
4 - Vai pedir a senha, anotaí: Login: TMAR#DLKT20060205 Senha: DLKT20060205
5 - Depois vai em Advanced Setup e lá vai ter as configurações de modem pra você configurar.

Atenção, pequeno asno, tudo que fizer aí vai alterar sua conexão, então faz favor de não cagar tudo e depois ligar pro suporte da Velox reclamando que eles cortaram seu sinal. Tome nota, foi isso que eu fiz, só não xinguei a mãe do atendente por que tava gravando. Mas não custava nada eles simplesmente me avisarem que era pra des-rotear e rotear novamente meu modem, eu levei 1 semana pra descobrir a causa do problema, e 1 dia pra descobrir como resolvê-lo. Oh, revolta.

  • Falando em Twitter, a mídia que tá caindo em cima dessa parada tá cada vez mais constante e sinceramente, isso me incomoda, fala sério. Lembro de tempos atrás, quando eu fiz minha conta no orkut MEDIANTE CONVITE. Acontecia era o seguinte, eu frequentava o hoje finado fórum O2E-Sports e estavam oferecendo convites pros usuários lá. Eu, na curiosidade, peguei um e me cadastrei e com essa conta eu estou até hoje. Lembro até hoje da tosqueira do meu perfil, era um avatar do Sam Fisher de Splinter Cell, pois na época eu era viciado em Pandora´s Tomorrow. Enfim, hoje tá cheio de sem noção naquela merda, só inclusão digital. Culpa das Lan Houses. Espero que o Twitter não fique assim. Se bem que tá de boa ainda, já que no Twitter você só segue quem quer.
  • Em breve, sai o podcast do Grito, nº2. Se você não ouviu o 1, clique aqui. Foi gravado tempos atrás, eu, Marco e Godela, falando merda e comentando sobre as notícias do mundo da última semana. Tem uma leve pitadinha de humor.

PS: QUE PORRA É ESSA DE NÃO PRECISA SER FORMADO PRA SER JORNALISTA?

Droga, me fodi.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Trampo

Sim, eu sei que já faz séculos que eu não atualizo essa merda, e não pensem que eu não lembro de vocês, caros leitores que muito afeto me dão. Entretanto, fiquem calmos, cá estou eu pra saciar a sede de novos textos para meus milhares de leitores, putada.

Como vocês talvez não saibam, mas eu já devo ter contado pra um ou dois meliantes que tenho no MSN, arrumei um trampo. Se você me segue no Twitter também, já deve estar sabendo. Web2.0 se resume a isso: saber da vida alheia em tempo real sem que seja fofoca, já que quem está contando é a própria pessoa. Não pessoalmente, mas virtualmente. É uma forma de manter o público em constante atualização, mesmo sem ter o que diabos escrever. Sim, funciona.

Meu trampo está se resumindo a uma tarefa bem de boa pra mim, dar aulas de informática. Coisa simples, que eu gosto de fazer e é tranquilo, sem correria nenhuma. Já trabalhei em uma loja aonde meu nome era chamado a cada 5 minutos, e de 3 em 3 vezes, era em sinal de censura. Como eu sou franguinho, não durei 6 meses naquela cabeça de paca. E pensar que tem nêgo lá com 28 anos de casa... tem que amar muito o que faz. Mas muito mesmo. Descobri naquele período de tempo que odeio o comércio. Depois, fui olhar a situação por outro prisma e descobri que não odeio tanto assim: se eu for o cliente, e não o funcionário, eu posso aprender a gostar. Enfim, descobri que pra ser comerciante o cara tem que ter a alma de comerciante. Eu, sorry, não tenho. E cá pra nós, nem quero ter também.

Durante esse período que trabalhei nessa loja, comecei a fazer o trabalho de notas fiscais, e essa putaria toda. Ficava grande parte do tempo sem ter contato com ninguém, sem falar nada ou sequer abrir minha boca. Era eu, minhas notas (minhas uma ova, da loja) e uma caneta. Outra coisa que me serviu para dizer: "CÊ BESTA, sai daí".

Aquilo começou a me corroer uma quantidade... vontade enorme de simplesmente largar aquele trampo, já tava começando a dar pala, colapso mental, sei lá o nome. É como uma droga, você começa a demonstrar sinais de alteração de humor repentina, a ser mais sarcástico e menos gentil sem a menor razão aparente. Nem você mesmo consegue explicar, simplesmente perde o controle...

Sinais de que precisava trocar de emprego, tipo o Cap. Nascimento. Exceto pelo fato de que ele precisava de um substituto pra assumir o posto dele, e eu tava pouco me lixando pra quem ia assumir, SE alguém fosse assumir. Pois bem. Resolvi abandonar a medíocre carreira que eu havia construído ali, que havia custado meu humor e meu gosto pra trabalhar, por um salário desgraçado e num local onde eu considerava metade das pessoas nojentas. comofas//

Mexi meus pauzinhos aqui e acolá, fiz por onde, contatos, pá, liguei, roguei, e consegui um outro emprego. Desta vez, fazendo o que eu gosto de fazer, trabalhando com quem eu gosto de trabalhar, com pessoas que eu gosto de conviver, em locais que eu gosto de estar e com um prazer imenso. Sabem quando você acorda até com vontade de trampar? Pois é, era assim.

Fui lecionar informática para crianças e esse sim era um trampo que eu gostava. Recebia uma cartinha todo santo dia da mesma garotinha que me entregava e me dava um abraço. Ali que eu comecei a pensar em querer ser pai. Desisti quando vi a garota chorar feito uma criança. Talvez por que fosse uma, não sei, não consegui consolar a chorona. Por fim, dei um chocolate e ela comeu. Chorando. Mas comeu.

Havia um berçário naquela escola, e lá aprendi a trocar fralda, dar mamadeira e até a dar banho em bebê. Não vou dizer que é algo que eu possa colocar no meu currículo, mas é algo que é até legal saber. Cús de bebês soltam bosta em intervalos de tempo menores que os de adultos.

Era bom, não vou mentir. Eu era o único professor homem no meio de dezenas de professoras mulheres. Algumas até me cantavam (as menos sóbrias) e o bom humor era uma questão de ordem ali. Serviu pra me dizer que eu gosto mesmo é de ser professor. E de quebra, fiz amizades ali pra vida toda.

Mas como nem tudo dura pra sempre, meu contrato acabou e cá estava eu no olho da rua de novo.

E eis que eu, na hora do almoço certo dia, ouço o telefone tocar. Vou xingando e jurando morte pro filho da puta que ousou me ligar na hora da minha sagrada refeição, interrompendo minhas mastigadas e meu momento de apreciação gastronômica, me obrigando a ir atender à um aparelho que não iria parar de apitar a menos que eu atendesse ou se a pessoa do outro lado da linha desistisse.

Tirei o fone do gancho com violência e gentilmente atendi à chamada:

- ALÔ?
- Alô, eu gostaria de falar com o sr. Caio Andrade?
- SOU EU MESMO. QUE FOI?
- Caio, você deixou um currículo conosco aqui na
[por razões de zebucetagem eu não vou citar o nome do local] e eu gostaria de saber se você ainda tem interesse no emprego.
- Hum
- eu ponho minha mão no queixo, me sento e me acalmo - sim, tenho. Continue...
- Você poderia passar aqui às 13:00 para nós conversarmos?
- Me aguarde aí, estou chegando nesse horário.

Foi o tempo de engolir a broca e rumar para o local. Conversamos e em 30 minutos, eu era o novo professor.

De início eu até fiquei animado, e ainda estou. Sei lá, geralmente o povo acharia isso uma PUTA desvantagem, mas eu moro em Ipatinga e a cidade em que eu leciono é Santana do Paraíso, 20-30 minutos da minha cidade, Ipatinga.

Mas eu até que gosto da viagem de busão, e de acordar um pouquinho mais cedo pra pegar o ôins. Quando eu acordo, tá uma neblina da porra, que não se vê mais merda nenhuma à minha frente. Mas com o tempo, a coisa muda, o sol aparece, o sono some e o busão chega ao destino. Chega a ser uma terapia o momento que eu viajo.

Da janela da minha sala, é até uma roça, ou parece uma. Sei lá, é um terreno grande com muito mato, árvores e uma cerca. Como se chama isso? Hora ou outra, ouço uma vaca mugir aqui perto, eu só espero que ela não invente de entrar na minha sala pela janela. Riscos, sacomé.

Isso tá me parecendo um seriado, que troca de temporada, aí aparece novos personagens, cenários, locais e histórias. Tá, talvez to viajando, mas mesmo assim parece.

Espero manter essa merda atualizada constantemente daqui pra frente. Em breve eu vou rumar pra um endereço .com e mandar pro WordPress tudo isso aqui. Thanks to Godela.