Oh, a adolescência.
Período em que a pessoa deixa de ser criança (pelo menos fisicamente) e passa a se preparar para a vida adulta. A puberdade chega, 90% dos garotos viram homenzinhos, e os 10% que restam acabam... ehr, história pra outra hora.
Me lembro de como foi minha adolescência. Descobri que odiava futebol, que os seios das garotas da minha sala aumentavam de acordo com a idade, que eu tinha que tomar um rumo na minha vida, e descobri outras coisas também.
Minha adolescência em si, foi normal. Tive amigos, saí, essas coisas que todo pentelho de 13-14-15 faz. Ah sim, Linkin Park foi minha banda favorita. E não vem me zuar, hoje em dia o povo ta curtindo Fresno, Fall Out Boy, e Simple Plan. Agradeço a Deus por pertencer à geração passada.
Dizem que a melhor fatia da vida é a adolescência. Poscos são os donos dessas palavras. É uma merda total, você é um alienadinho, se acha o “cool” da galera, e os caras maiores que você (hoje sou um deles), só fazem é ver o quanto você é um bostinha sem personalidade.
A melhor fase da vida é a fase adulta. É a mais difícil também, saca? Tipo nível Hard no videogame. É mais difícil, mas é mais emocionante também. Época que você aproveita a vida sempre, que apesar de ter que lutar por dinheiro, sabe que ele é seu e só seu. Você é responsável pelos próprios atos, e é aí que você se fode ah-ah.
Voltando à adolescência, deixe-me contar alguns causos da minha.
Eu estudei da 6ª a 8ª série num colégio Adventista. Adventista, pra você que é demente e não sabe, é uma religião cristã que tem seus ideais voltados pra preparação da volta de Jesus Cristo. É mais ou menos isso aí. Louvável isso, sou cristão também e acredito que Jesus vai voltar sim.
Ok, continuemos. Tinha uma aula chamada Capela, que, porra, era a mais zuada. Iríamos pra uma imensa sala no topo do prédio e lá aprendíamos lições de moral com nosso amado pasto! O pastor era um cara jovem de óculos, magrelo como eu, mas com um senso de humor que faz Jackass parecer um velório. Em outras palavras, ele zoava tudo, zoava todos, zoava toda a hora.
Um belo dia chegamos à capela de nosso amado pastor com os dizeres no quadro negro: “Educação Sexual”.
Sabia que lá vinha bomba. E dito e feito, ele mandou todos se assentarem e começou seu discurso.
“Gostaria que nessa fileira de cadeiras se sentassem os homens e nessa daqui, as mulheres.”
E assim foi feito. E perguntou aos homens:
“Alguém aí sabe o que é fornicar?”
Ninguém sabia.
“Cruzar?”
Ninguém.
“Relacionar-se sexualmente?”
Ninguém.
“TREPAR, PORRA!”
“aaaaaahh, tááááá”
E perguntou as mulheres:
“Quem aí já viu um pênis?”
Imagine fazer essa pergunta a garotas de 13 – 14 anos?
“Ninguém?”, e vendo que nenhuma nunca tinha visto mesmo, “Boommm, continuem assim.”
“Deixe-me explicar uma coisa a vocês, caros garotos. Meter é bom. Meter é bom demais. Mas vocês só devem colocar o bilauzinho de vocês nas xaninhas de suas esposas, ok? Nada de botar essa linguicinha aí em qualquer buraco de mulher da vida não. Isso é pecado, é imoral, é feio, é sujo, é podre, É DO INIMIGO!”
”E vocês garotas, aprendam uma coisa. Essa rachadinha aí só pode ser penetrada pela cobra do seu marido, estamos entendidos? Nada de sair dando isso pra qualquer um, como se fosse distribuição de cesta básica. Casem virgens, estamos entendidos?”
“O sexo, quando praticado com um parceiro que não seja sua esposa ou seu marido, é feio, coisa do demônio, é uma artimanha do tinhoso pra rançar nossas almas desse mundo e dilacerar cada pedaço de espírito bom que temos, jogando-nos nas profundezas do vale das sombras do inferno.”
Aí um engraçadinho perguntou:
“Mas pastor, e se o tesão vir?”
“Aí meu filho, você já sabe o que fazer.”
“O que?”
“Você já faz a 2 ou 3 anos já. Para de fingir de bobo.”
Nisso o galerão começou a rir desembolado e o pastor de boa. Aí ele falou mais sério.
“Agora é sério pessoal, sexo deve ser feito com responsabilidade, com consciência, com o parceiro ou parceira certa, na hora certa, da forma certa e de acordo com a lei de Deus.”
Aí um aluno:
“Se não, vamos arder no inferno?”
“Não, mas ficarão mais próximos dele.”
“E quanto às pornografias na Internet?”
“Isso polui a alma e suja o espírito! Fiquem longe delas!”
“E as atrizes pornôs, vão arder no inferno?”
“Não necessariamente. Não sou eu quem decido.”
“E nossas mães, transam também?” (essa foi a pergunta mais ridícula)
“Não, você foi gerado pelo ventre sagrado e livre de qualquer pecado. LÓGICO QUE SUA MÃE TRANSA, SUA AVÓ, SUAS TIAS, SUAS BISAVÓS. Todo mundo transa.”
“E o orgasmo professor, é pecado?”
“Ahn... não sei. Se for, eu estou no inferno já.”
“E sexo oral professor?”
“Não faça! Isso é feio, é sujo, é imoral, É DO INIMIGO!”
E nisso foi se seguindo uma série de perguntas de garotos de 14 anos fingindo que nunca viram uma mulher nua nem na capa de uma revista. Uma pergunta mais idiota que a outra.
A questão é a seguinte: imagina uma pessoa de mente fraca assistindo a uma aula dessa? Sai de lá pensando que sexo é pecado, que é feio e tudo o mais.
Não é bem assim que a coisa funciona. Tudo bem, sexo antes do casamento não é correto, mas ficar alienando garotos é foda. Que postura tosca a dessa escola.
Tudo bem, hoje eu estudo numa escola que funciona assim:
Eu, o Rízio e o Luiz nos juntamos no recreio e se uma garota passar a gente chuta:
“Virgem”, “Rodada”, “Duvido muito”, “Não ponho a mão no fogo”, “Sinceramente não sei”, “Nenhum homem teria coragem”, “Eu vou hein???”.
E por aí vai.
Que mundo. Tenho medo do que os meus filhos vão ver no futuro. Ah-Ah não terei filhos.
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