domingo, 30 de dezembro de 2007

Regras de auto-ajuda

Navegando por esses mares virtuais, me deparei com uma listinha feita por algum desocupado e não é que cheguei a conclusão que isso é uma merda completa? Veja só a lista e os comentários que eu fiz sobre... e sinceramente, isso é uma lista pra homem seguir?

1º - Você não é completamente inútil... ao menos serve de mau exemplo.

Se o cara serve somente de mau exemplo... ele simplesmente é um inútil.

2º - Se você não é parte da solução é parte do problema.

Nem sempre, existe o lado neutro. Ou você acha que quem não ajuda só atrapalha? Não!

3º - Errar é humano, mas achar em quem colocar a culpa é mais humano ainda.

Isso é bem verdade. Uma pessoa que erra é aceitável, e se puder admitir o erro da forma correta, nem a culpa vai ser jogada em você. Agora, se você acha certo pegar um qualquer pra pagar o pato, aí sim, você é um cuzão completo.

4º - O importante não é saber, mas ter o telefone de quem sabe.

Outra verdade incontestável. O segredo é ter contatos e amizades nas altas rodas. E se você precisar de serviço sujo, tenha amizade nas baixas rodas.

5º - Quem sabe, sabe. Quem não sabe é chefe!

Nem sempre. Um bom chefe tem que saber mais que seus empregados. E muitas vezes o inútil do empregado não sabe porra nenhuma e o chefe tem que fazer seu trabalho. É mole?

6º - É bom deixar a bebida. Só tente se lembrar onde.

Em certos casos, deixe, e tente esquecer.

7º - Existe um mundo melhor, mas é caríssimo.

Claro, padrão de vida alto tem um custo meio fora de mão pros menos beneficiados financeiramente. Então, se você quer morar em um local mais seguro que a favela que você pode morar... Trabalhe pra isso.

8º - Trabalhar nunca matou ninguém, mas... pra que se arriscar ?

Por que quem não arrisca, não petisca. Ou seja, o ato de coçar o saco jamais te levará a local algum.

9º - Há duas palavras que abrem muitas portas: PUXE e EMPURRE.

Meio óbvia essa. Já vi quem usou a palavra "arrombar" pra abrir portas.

10º - Não leve a vida tão a sério, afinal você não sairá vivo dela.

Mas leve a sério a ponto de que essa sua existência seja chamada de vida.

sábado, 29 de dezembro de 2007

Luiz me mete medo...

Caio: Aqui cara... eu tirei uma printscreen de você ouvindo Simple Plan véi...
Luiz: Oh cara, mentira...
Caio: Tirei véio... e oh, vai pro blog...
Luiz: Oh cara, aí não véi, se os cara vê eu to fudido...
Caio: É, você pegou a idéia.

Sem preconceitos galera. Liberdade auditiva aqui. E esse não é um post pra zoar o cara, ele ouve o que quiser, só queria cumprir minha palavra.

Obrigado.

PS: E Luiz, orgulhe do que você ouve.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

O Protetor


Hoje eu resolvi pegar mais leve putada: vou fazer a resenha de um filminho pra vocês. Claro, não espere uma crítica em potencial de uma obra prima cinematográfica, levando em conta as faces e sentimentos vividos por seus personagens. De mim, espere uma zoeira a um dos filmes mais trashs já lançados: O Protetor!

O filme é de pancadaria pura. O roteiro do filme é porrada do começo ao fim, tendo também pontapés, chutes na cabeça, e ora ou outra uma bala sai voando por aí. Se fosse de comédia, venderia mais, devo ser franco...

A trama é a seguinte: um oriental (sei lá se o cara é tailandês, vietnamita ou chinês) tem um elefantinho de estimação. Aí esse elefante cresce e cruza com uma elefanta (que visão do inferno deve ser isso... ainda bem que não mostra a cena.) e gera um elefantinho. Sinceramente, o parto de um elefante deve ser outra visão monstruosa, mas por falta de verba/profissionais competentes pra efetuarem tal cena/falta de tecnologia, não houve exibição da cena.

Pois é, o garoto cresce amigo dos elefantes, até quem vem caçadores maus (caçadores maus é mó "Sessão da Tarde style") e no desenrolar da trama matam a elefanta mãe, e levam o elefante pai e o elefante filho pra longe dele. Aí que começa a merda toda, pois o cara tem que ir salvar e procurar informações de onde está o elefante.

Até que mediante porrada, ele invade uma mansão com uns caras armados até os dentes, bate em todo mundo lá, e consegue a informação de que os elefantes foram levados pra Austrália.

Entããão...

ele embarca num vôo pra terra do canguru, não sabendo falar inglês. O que não é um problema, já que a única linguagem que ele conhece é a porrada.

Depois de algumas cenas idiotas e até mesmo dele trombar no aeroporto com Jackie Chan (táá... saquei a metalinguagem...) ele anda pelas ruas da Austrália enfrentando gangues, até chegar no final e descobrir que o amado elefante que ele tanto ajudou virou foi é osso. Mas tudo bem, ele vai e mata quem tava envolvido nisso, e ainda consegue dar cabo de alguns capoeiristas. A parte ruim é que ele não come a mocinha, mesmo ela sendo uma garota de programa.

O filme é um tanto mentiroso, dado o fato de que uma pessoa normal nunca criaria um elefante. Já imaginou? "Mamãe, mamãe, me dá um elefante de aniversário?"

Claro que devemos considerar o fato de que o cara mora na Tailândia, e se até comer carne de cachorro por lá eles comem, criar elefantes é a coisa mais normal do mundo.

Sinceramente, eu sou mais os filmes do Jackie Chan. Eles são mais engraçados e nem tão violentos quanto esse. Tem cena no "O Protetor" que o cara corre igual louco e pula de joelho na cara do inimigo e ainda pisa na guela enquanto ele está deitado. Só assim eu consegui conhecer a fúria de um oriental de tênis All Star atrás do seu amiguinho de 2 toneladas.

Ah sim, o cara é imune. Não há como derrotá-lo. Ele simplesmente advinha o momento de você atacar e se você juntar sua patota da rua, cada um com uma faca de açougueiro e uma Glock, ele dá um jeito de matar todos vocês. Pelo menos essa é a mensagem que o filme passa.

Como sempre, todo filme tem uma moral. O vilão se dá mal no final, o protagonista sai bem, e todos saem felizes.

Então, moral do filme: não roube nada maior que você. Por que vergonha é roubar e não aguentar carregar.

PS: o ator do filme Tony Jaa, fez outro de pancadaria também, chamado Ong Bak. E nesse, ele quebra o capacete de um motociclista com o joelho. Esse cara não pode andar por aí sozinho.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Matanza



Poucas bandas se destacam tanto no cenário underground quanto o pessoal do Matanza. Desde quando os Raimundos "acabaram", que não se vê música de macho por essas bandas. Só coisa de "fada querida" e "razões e emoções, por favor...

E é aí que entra o toque pessoal da banda. É countrycore, misturando elementos do country como bandolim, viola, chocalho, e gaita com um jeito faroeste e hardcore, com bateria fodona.

As letras, falam de temas voltados pro universo masculino: bebida, putas, mulheres, brigas, morte, duelos no faroeste, e até mesmo uma mini história com eles livrando a cidade de San Miguel de uma tribo de lobisomens.

Espancam hippies em "Maldito Hippie Sujo", matam mais de mil, e ainda usam marcador de gado neles. Enfim, cada música é um estilo diferente pra se ouvir, e uma história nova.

Até aí tudo bem. Eles tem 4 CDs, todos fodões, muito fodões, sendo um só com covers de Johnny Cash.

E qual não foi minha surpresa quando li que eles iriam lançar um DVD!

Surtei. Um DVD do Matanza deve ser foda demaaaais. Pancadaria do começo ao fim, mosh a zói, é o DVD que eu to esperando a anos!

Melhor notícia de fim de ano impossível. Só mesmo um DVD do System Of A Down pra me fazer melhor!

Estou no aguardo... estou no aguardo...

PS: De repente, na turnê do ao vivo, poderiam vir a Ipatinga hein? Compro o ingresso até rindo.

sábado, 22 de dezembro de 2007

Minha banda!


Pessoal, acabo de lembrar que eu esqueci de lembrar de uma coisa (tá, leia de novo, que eu sei que você não entendeu a frase...)

Eu não fiz um post sobre a minha banda!

E como eu poderia deixar de lado essa parcela da minha vida, essa luz que me motiva a viver, e essa merda que só me faz raiva, mas mesmo assim eu continuo a lutar por ela!?

Primeiramente, me deixe esclarecer o nome da banda: RockZero. Ainda bem, a semelhança com NX Zero é uma infeliz coincidência, dado o fato de que NENHUM membro na banda curte esse lixo. Depois, não somos uma banda de hardcore, não somos uma banda de emocore, tampouco de metal, menos de punk ou qualquer outra coisa que nos taxarem. Encaro mais nosso som como alternativo com uma pegada de new-metal. Ah sei lá, deve ser isso. Outra coisa é que cada um na banda tem um perfil musical diferente, mas até que temos gostos em comum. Enfim...

Vamos primeiro saber como surgiu essa patota de atoas que fazem barulho.

Vou contar a história pelo meu ângulo, claro.

Eu fazia parte de uma banda na época que se desfez, e o nome da banda era RockAway. Tinha esse nome por conta de uma música dos Ramones, chamada Rockaway Beach. Se você voltou do espaço ontem, não deve saber o que é Ramones, então eu vou contar em poucas palavras.

Ramones foi uma banda dos anos 70-80-90 que criou o punk rock. Então, todas as bandas punk hoje (e até algumas não-punk) são influenciadas pelos Ramones e sua forma de tocar: músicas fortes, ritmos contagiantes, bateria sempre igual, mandando uma virada ora ou outra e o baixo acompanhando a guitarra.

Enfim, eu fazia parte da RockAway como vocal (não sabia nem pegar numa guitarra na época) e o Thiago de guitarrista. A banda se desfez por decisão da galera toda e eu fiquei sem mexer com banda durante um mês mais ou menos... essa época foi bem chata pra mim, por que uma vez que você tem uma banda, você quer sempre mexer com isso.

Atéééé...

Que o Luiz me manda um scrap. Deixe-me esclarecer. Luiz foi um amigo que eu tive na época da 1ª a 4ª série e eu não vi ele mais depois que mudou. Até o dia que ele me mandou o scrapdizendo que tava com banda e que precisava de vocalista. :-D Aceitei na hora, até na sede pra fazer rock!

A banda se chamava Sincronia Zero e depois do primeiro ensaio que eu tive com ela, a banda se desfez. Sei lá por que, o baterista antigo deles tava com marra pra tocar, e o Luiz, guitarrista e o Rízio, baixista, ficaram sem banda, tal como eu.

Então ficamos assim: eu, um vocalista, Luiz, um guitarrista, Thiago, que a esta altura, já estava na banda como guitarrista, e o Rízio, um baixista... sem baterista.

Procuremos um baterista.

Caçamos muito, procuramos e por fim conseguimos chamar um cara, que tocar mesmo, não tocou, só emprestou a bateria por alguns ensaios...

Pra quem tocar?

Depois de anos de convívio com esse ser chamado Thiago, eu fico sabendo que o mentecapto toca bateria. E não tipo "um guitarrista que toca bateria... e sim um baterista que toca guitarra..."

Já tinhamos o baterista dentro da banda sem saber. E assim continuamos até hoje, com a diferença do Kahê na guitarra também, um outro antigo amigo meu. E assim continuamos até hoje.

Integrante por integrante...

Comecemos pelo baterista o Thiago:

Thiago:

Thiago é o típico caladão perto de quem não conhece. Meio autista, porém, o que ele não faz em palavras, faz em ação. Melhor músico da banda, toca guitarra, baixo, bateria, e sei lá mais o que. Tem uma noção musical apurada pra caramba, e curte todo tipo de metal, embora ele seja eclético. Sempre anda com alguma camisa de banda e boné do Iron Maiden. Ah sim, é o único da banda que tem menos de 1.85 de altura. Fã de Jackass. Dominador das técnicas das profundezas do pedal duplo.

Banda favorita: tenho quase certeza que é Iron Maiden.

Detalhe: ele tem duas bandas, a nossa e a Capital Punishment, que toca sei-lá-o-que-metal. E exige muita bateria, o que me leva a crer que as pernas dele são próteses e ele as troca nos intervalos, caso contrário os pedais duplos não teriam como serem executados...


Luiz:

Meio que o cara mais chato da banda, devo ser sincero. É tipo o gerente, cobra de todo mundo as responsabilidades e a vontade de mandá-lo ir se foder aumenta gradativamente. Em contrapartida, é o que mais trabalha na banda, mais corre atrás das músicas e produção da banda... é bem esforçado, e se preocupa com a nossa moral.

Banda favorita: Rise Against

Detalhe: É um legítimo mulambo. E não corta o cabelo. Fazer a barba então...

Rízio:

Tipo nosso líder aí, diretamente ou indiretamente. Corre atrás de quase tudo, e mostra vontade, mas na hora de tirar música é um problema... agora que começou a namorar então, sobrou menos tempo ainda. Mas é o motor da banda mesmo, é o que mais se esforça no andar da carruagem e é claro, é nele que sempre colocamos a culpa de tudo. Mesmo ele não tendo MERDA nenhuma a ver com o ocorrido.

Banda favorita: Metallica. Mas só conhece 2 músicas.

Detalhe: É baixista e é zoado por isso. Constantemente.

Kahê:

O Kahê é o mais novo da banda, mas já conheço ele a uns 5 ou 6 anos. Pelo pouco tempo de banda, tenho pouco a falar sobre ele. Mas mostra serviço!

Banda favorita: Dream Theater

Detalhe: Consegue ouvir Dream Theater e permanecer acordado. E isso, minha gente, é simplesmente algo fenomenal!

Catito

Pois é né... sou o vocal. Sem muito pra falar de mim...

Banda favorita: Ramones, Green Day, Foo Fighters, Guns N Roses. (sim, não consegui escolher...)

Detalhe: É feio, magro e bobo.

Enfim galera... essa aí é minha banda, minha diversão, minha obrigação, seja o que for, eu tenho uma banda, e me orgulho disso! Apesar dos pesares, de todas as raivas passadas, de todas as vontades de dar um tempo, a minha banda já virou parte da minha vida mesmo, e melhor que isso é saber que meus grandes amigos Rízio, Luiz, Thiago e Kahê estão sempre comigo aqui pra me ajudar a transformar esse sonho em realidade. Valeu a todos que curtem nosso som, mas devo obrigado mesmo aos meus parceiros de banda! Obrigado!

PS: Sim, o quadro ao lado da cabeça do Kahê nos fundos é do Pink Floyd...

Garfield

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

O Brasil

Outro dia estava me auto-perguntando a mim mesmo (redundância ON) por que vivo num país com cultura social totalmente porca.

Sejamos sinceros, vou justificar tudo que eu disse no parágrafo acima, pra você não me chamar de anarquista revoltadinho, ou qualquer outro apelido que você viu na TV e achou legal.

Sim o Brasil tem uma cultura musical porca. Ligo o rádio, tá isso...

"PAU NA BUCETA, BUCETA NO PAU..."
"QUANDO ELA ME VÊ, ELA MEEEEXE..."
"EU DOU PRA QUEM EU QUISER, QUE A PORRA DA BUCETA É MINHA..."
"FAAADAA... FAADA QUERIDAAAA..."
"I LOVE SOGRA, EU GOSTO DA SOGRA..."

E outras merdas a mais que eu não vou citar pro post não ficar grande. Quero dizer com isso que é lamentável o que a mídia brasileira nos impõe pra ouvir, e o pior, o povo brasileiro, que mais parece um bando de cães (sim, ou você acha que outro animal é tão alienado quanto o brasileiro?) simplesmente engole isso com uma boca boa, sabendo que daqui a 3 meses a modinha será outra e ele simplesmente se resume a ouvir o que passa no rádio, se conformando.

Lamentável é o que a mídia nos pões pra ouvir. DEPLORÁVEL é o que o brasileiro aceita ouvir.

E por favor, não me venha com "aaaahh Catito, mas funk tem o batidão, o forró é bom pra dançar, e eu sou uma chata que fica falando no seu ouvido, mas eu sei que se continuar com esse papinho você vai me mandar tomar no cu...".

Sim, a mídia brasileira é porca. Nojenta.

Eu digo por que o funk hoje é um ritmo que conquistou milhares de anais ambulantes.

O funk surgiu da periferia, e o principal tema é o sexo, não se limitando somente a esse, e abrangendo outros assuntos como metedeira, trepadas, começão, boceta, caralho, mulheres de vida fácil, e é claro, a relação sexual.

Tendo o principal tema o sexo, infelizmente chegamos a verdadeira realidade: uma das poucas diversões que o pessoal da periferia tem hoje é o sexo, que é gratuito. Enquanto tem moleque aí filho de papai com brinquedos e computadores, o pessoal da favela não tem acesso a diversão e entretenimento, tampouco a cultura, tal qual os pertencentes à classe média tem. Isso se chama realidade social. Baseado nesse quadro, os autores dos funks compõe sobre o que eles mais costumam fazer.

Então, quando eu criticar o funk falando que é música sem cultura, é por que eu procurei saber sobre isso e não por que eu sou um metaleiro vagabundo de 13 anos com a camisa do Slipknot falando o que me dá na telha sem antes procurar a causa. Mesmo por que eu tenho 18, odeio Slipknot (música de moleque...) e antes de sair alguma opinião da minha boca, tenha certeza que procurei saber sobre o que vou dizer.

Eu odeio funk? Sim. É nojento? Sim. É podre? Sim.

Mas nem por isso eu vou deixar de entender de onde essas pessoas tiram razão pra criar esse movimento. Muito fácil criticar por aí e falar que a favela é um lugar sem cultura. Agora, tente viver em uma, com todos os problemas sociais, violência, e ausência de ações de autoridades.

Tá, aí eu fugi do assunto do post... estava falando sobre a cultura brasileira. Como tudo tem uma origem, a cultura social do Brasil é outra podridão sem fim.

Hoje em dia, quando me encontro com alguma pessoa na rua ocasionalmente, ele já manda o apelido: "Aooou atleticano, beleza?"

Deixe-me afirmar uma coisa. Tem uma coisa que eu abomino. Detesto. Acho tosco. Acho mongolóide. Se chama futebol.

Como, meu Deus, como um jogador ganhar milhões de reais pra disputar um objeto esférico de couro com outros que também ganham milhões de reais?

Eu sinceramente... queria ser um jogador de futebol. Ia me aposentar antes mesmo de começar a trabalhar. Sim, por que o que tem de trabalho nisso? Ele ganha pra fazer o que todos os brasileiros pagam pra ver e fazer também.

Tá... mas cá vai minha opinião acerca disso:

Imagine-se com 70 anos. Sua mulher, nem tesão dá mais. Seus filhos, todos criados. Inclusive os fora do casamento. No bar você não pode ir, pois está devendo. Infelizmente, não tem mais porra nenhuma pra você fazer, já que é um aposentado. A única coisa que lhe resta é ligar na Globo e assistir ao futebol.

Outra cultura que se formou por eliminação. Não tem nada melhor, então vai isso mesmo, tal qual o funk.

E assim se vai tudo, o conformismo tomando conta desse povo otário e que se deixa roubar, se deixa levar, se deixa alienar.

Vamos acordar meu povo... por favor!

Natal!

Ohhh, o natal! Clima de festa, felicidades, companheirismo, reflexão, auto-análise e mais um tanto de sentimentos que todos falam da boca pra fora e não cumpre nenhum.

Ô glória! Existe momento mais glorioso que uma família orando e desejando felicidades nessa data, pra depois se reunir e falar mal do carro que o outro comprou ou comentar o vestido da cunhada?

Ou a cara alegre de um garoto de 7 anos que esperando um carrinho ou uma bola, e ganha uma bosta de um par de meia?

Enfim, natal, natal.

Papai Noel, um barrigudo de barba branca que mora no cu do mundo, cujo único ofício é fazer presentes para moleques do mundo inteiro, deve estar trabalhando duro nessa época do ano… afinal, tem muito pirralho catarrento no mundo, e o único meio de transporte dele é um trenó com motor 1.0 e umas renas malacabadas e mal alimentadas. Ah sim, com IPVA atrasado e motor a àlcool.

Além do que, não citei o fato que o barraco dele no Pólo Norte é escasso e ele não tem acesso a internet. As crianças hoje estão mais espertas… outro dia estava conversando com meu priminho e perguntei:

"E aí Gugu, que pediu pro Papai Noel?"

"Papai Noel não existe!"

"Como não existe? Claro que existe!" - aí eu faço uma cara de tiozão escroto…

"Não existe não! Como as cartinhas são entregues? E também não tem internet lá pra ele receber por e-mail! Nem discada, nem ADSL, nem Wireless! E ele não tem telefone por satélite! E como ele vai fazer presente pra tantas crianças? Ele teria que fazer um mutirão com os duendes, e não teria tempo!"

"emoticon… tio, corta a internet desse moleque por umas duas semanas…"

Ah sim, a ceia, como eu ia me esquecendo? Sempre a mesma coisa: salpicão, tutu, chester, arroz e o escambau a quatro… odeio salpicão, ainda mais quando vem com ameixas, não suporto tutu, chester tem uma puta carne seca e o arroz é a grega.

Claaaro que tem os pontos bons. São umas das ocasiões que encontro pra conversar com meus tios, que são, modéstia a parte, caras muito gente boa! E tem os presentes e o tradicional amigo oculto…

Não menos importante é a reunião com o pessoal da banda que fizemos ano passado. Fizemos uma mini-turnê pelo bairro, lual na casa da vó, na casa do Dário, na casa de uma muié que eu nem lembro o nome e por fim, a gente parou por causa do horário, senão o lual ia ser no Ceresp… e o pessoal de lá, ouvi dizer, não curte Ramones.

Ahh, o natal é legal vai… mas se não tiver um rock com os amigos depois, vira um porre… ¬¬

Internet quando tá de tédio...

Aaahhh, a internet.

Como pode um simples pedaço de fio conectado ao post e algumas configurações de modem e uma módica mensalidade de 90 reais por mês, trazer tanta, mas tanta felicidade?

Pra começar a internet é um mundo que você pode fazer as coisas do seu jeito, e sem sair de casa. Quer ver aquela garota photoshopada no fotolog dela? Fuçar orkut alheio? Baixar jogos, música, softwares piratas? Negociar produtos e pagar 30% a menos? Cara, é a internet!

Além do que, existe ainda o MSN. Com seus 999 contatos (e sim, você não conversa com nem 0.01% disso) a facilidade de conversa com todos os outros aumentaram.

Enfim, enfim. Tudo muito bom, tudo muito bem, mas meu amigo, lembre-se da frase: quando a esmola é demais, …

Mas qual é o ditado mesmo?

Ah, foda-se.

A internet tem seu lado ruim também caros amigos. Hum hum. Tem horas que você fica na internet sem p-o-r-r-a nenhuma pra fazer, o MSN tá lotado de cachorro morto online, o orkut não chega scrap nem por reza, as suas 4521 músicas no Winamp simplesmente já encheram o saco e o pior, é sábado a noite e sua mãe tá na sala vendo Zorra Total.

Tortura. Só pode ser esse o nome.

"Mas Catito, sou um escroto, tenho um olho verde e outro azul, tenho 1.66 de altura e nunca trabalhei na minha vida. Minha faixa etária é 21 anos. Tenho solução?"

Perdão amigo. Não. Ou melhor… até que tem sim.

Quando a internet te encher o raio do saco, quando não ouver luz no fim do túnel… faça como eu, vá no posto Esso e compre um miojo e uma Coca-Cola.

Tá, falando sério agora.

Tem horas que enche o saco de fato. Vai olhar a lista de contato e só tem prego, primos do vizinho, vítimas da inclusão digital (em breve explico o que é isso…), e claro, como não poderia faltar, o contato com o qual você mais conversa…

Tá OFF.

Orkut mesma merda. Recado nenhum.

Eu sinceramente, desligo o PC e vou tocar Ramones no violão, mas Ramones sem distorção é a coisa mais deprimente do mundo. Olho pela janela. Penso que em algum lugar, meus amigos se divertem sem mim, e penso: "filhos da puta, não me chamaram, só por que eu sou feio e bobo. Tá, um pouco chato também…".

Bate uma depressão, claro. emoticon

Repenso sobre todos meus atos. Como fui um garoto mal. Me arrependo mais ainda, pois é clima de natal e Papai Noel não dá presentes aos garotinhos que não se comportaram. Ele vai se esquecer de mim. Mas tudo bem, já deixei avisado: se ele esquecer minha Gibson SG Custom, eu mato aquele cuzão barrigudo com pazadas na cara, esquartejo e faço churrasco daqueles animais toscos que puxam o trenó dele, dos quais não me recordo o nome… emoticon (renas?)

Brincadeira gente. Não tenho instinto violento a esse ponto. Mas há de concordarem que uma Gibson SG Custom vale um ou dois frags…

A questão é a seguinte. A internet é algo tããão dinâmico, mas tããão dinâmico, que ela é auto-explicativa.

Mediante tabela a seguir, compare seus atos e veja o que pode ser feito:

Internet chata -> Ninguém online e você de saco cheio

Internet meia boca -> Hora ou outra um scrapzim mais ou menos e você ocupado…

Internet legal -> O papo tá legal e até que você não tá pensando em sair.

Internet foda -> Todo mundo online, galerão trocando idéia, seu blog escroto tá sendo comentado (ahn? O que é auto-explicação?) e de tão bom que tá o papo, você tá até pensando em deixar de dormir.

Então, automaticamente, você faz o que te der na telha. Uma dica boa que eu estou fazendo é que quando só tem cuzões online eu deixo "Ausente" e vou jogar The Legend Of Zelda: Ocarina Of Time"

Ah sim, quem quiser me dar uma Gibson SG Custom de natal, aceito mediante análise do produto. Afinal, de cavalo dado, sim, se olha os dentes. E é bem capaz do bom velhinho se esquecer de mim…