domingo, 21 de dezembro de 2008

Festival de Hardcore

Hasta Cuando, Os Capiau, Halé e Ataque Periférico, e dia 21 em Coronel Fabriciano com Os Capiau, Ataque Periférico, Halé, E Scoring The Game.

Só uma palavra pra definir os eventos. Foda.

Eu já conheço a tempos Os Capiau e Hasta Cuando, e já sabia que poderia esperar um show bom. Como sempre, mais um show que eu compareci e vi que eles agitam pra caramba.

Cheguei cedo no sábado, às 14:00 em ponto, e uma curiosidade: o evento era gratuito e a organização pediu pra levar um brinquedo para doação. Levei uma peteca, e inclusive, comprei uma pra mim também. Sabe como é né, ter pra ter.

A banda que abriu foi The-Mary-Go-Round. Conheço os caras, são do Grito de Alerta, que eu frequento a algum tempo. Com alguns covers, e mais algumas próprias, gostei do show, mesmo por que já me familiarizei com as músicas, já fui conferir ensaio dos caras.

Logo depois, Hasta Cuando. Entrefuegooooo. Como sempre, o mosh comeu solto. E o povo já estava chegando a tempo do começo do show, que já estava pra começar. Em seguida, Os Capiau. Foda, foda, e ainda filei Dia-a-dia da nação e Blitzkrieg Bop. É foda. Só pra deixar claro, eu NUNCA subi no palco sem o Nilmar me chamar. NUNCA! Valeu Nilmar!

Halé e Ataque Periférico são F-O-D-A-S. Cara, nunca que eu esperava um show doido igual o dos caras. Saíram lá do Rio de Janeiro e vieram mandar ver aqui, uma puta presença, músicas engraçadas e quebra-pau sem dó.

Halé é foda. No domingo, ainda ganhei CD dos caras. Lendo sobre os caras, eu soube que o baixista ficou pelado num show no Hangar 110. Que treta cara! Eles tem uma música do Professor Girafales! xD

E ainda teve Ataque Periférico, que pasmem: OS CARAS TOCARAM NA ALEMANHA. Aliás, Europa toda. Que seja, o pau quebra, até samba-hardcore eles mandaram. Foda, quero ver show dos caras de novo.

Enfim, Festival muito bom.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Férias e vômito à beira-mar

Pois bem, entrei de férias da escola e essa é a minha última semana no trampo. Cá pra nós, férias é bom, mas um pouco oscilante. Eu fico sem fazer nada, tédio total, uma falta de animação sem fim. Eu já tentei de tudo, mas parece que tem algo dentro de mim que me obriga a ir pro trampo todo santo dia, senão fico sem sentido.

Não condeno as férias também. Nessas horas, eu agradeço por estar de férias também, por que posso atualizar minha lista de filmes vistos e livros lidos. Posso também, visitar velhos amigos dos quais o trabalho me obrigou a afastar um pouco, filar um café, e com sorte uma partidinha de Guitar Hero. É realmente divertido ver os derrotados jogando no Medium, enquanto eu no Expert consigo uma performance consideravelmente maior.

O melhor é poder acordar às 09:00 sem culpa ou pressa por ter perdido o horário. É, realmente, as coisas vão bem nas férias. Dá também mais tempo pra escrever aqui, o que me falta é sobre o que falar. Nada me vem à mente em alguns momentos, e na boa, nem sei se isso é chatice minha ou algo do tipo.

Essa minha resistência às férias se dá ao fato de que muitas vezes, eu me fodo consideravelmente nelas. Nada demais, nada a ser levado em conta por uma outra pessoa, mas é algo que me deixa puto certas horas.

Pois bem, nas últimas férias que fui à praia, aconteceu algo bem peculiar comigo. É aquelas merdas que só acontecem comigo MESMO. O cenário era a praia de Guarapari no Espírito Santo, o horário era algo em torno das 18:00 e começava a anoitecer. Desci do apartamento com minha irmã pra dar uma volta pela praia e comprar alguma coisa pra comer, só pra falar que tava comendo alguma coisa.

Vou andando pela orla da praia, olho ao lado e vejo uma quitanda com goiabas que a meu ver, pareciam excelentes. Não deu outra, comprei 3 goiabões. Goiaba é foda, melhor fruta do mundo. Se eu for pro céu, quero goiabas. Enfim, 3 goiabões, mandei tudo pra dentro logo ali na orla da praia. Terminando, arrotei um sonoro BUUUURP de satisfação com as frutas e acabado, voltei pro apartamento que estávamos.

Liguei o Guitar Hero e comecei a jogar, eis que começa a me dar uma tonteira, uma vertigem, os olhos ardendo, suando frio e respiração cansada. Logo me deu a ânsia de vômito, corri pro banheiro e o Juca foi chamado ali mesmo no vaso, liberando os goiabões, só que em pedacinhos.

O vômito, como muitos sabem, é uma excelente forma de se livrar daquela carga extra, e recuperar o bem-estar. Quando se sentir mal, vomite. Você vai se sentir mais leve, melhor, mais disposto e com o bem-estar em alta novamente. Portadores de bulimia, pulem essa parte.

Pois bem, eis que volto pro meu Guitar Hero, e a ânsia de vômito voltou. Merda, lá vou eu pro vaso chamar o Juca de novo. Aí não teve jeito, juntou o povo todo da casa e começaram a dizer:

- É insolação, leva esse menino pra farmácia.
- É febre!
- Isso é encosto! É ENCOSTO!

Eis, que meio grogue, meu irmão me puxa e me põe dentro do carro juntamente com a sogra dele (dona Diva, essa merece um post!) e minha irmã, rumo a farmácia. Eu já estava sem noção de nada e estava começando a ficar tonto novamente. Pelo sim, pelo não eu tentei manter a cabeça ereta, a fim de evitar qualquer problema com minha respiração. Se eu ficasse deitado, eu não conseguiria respirar.

Olha como são as coisas: quando fico tonto, perco a noção do ridículo e da vergonha. Se eu ficasse tonto 24 horas por dia, seria 10 vezes mais cara de pau. A ocasião foi a seguinte: a farmácia ficava na orla da praia, com muita gente passando e voltando. O relógio contava 18:30 / 19:00, então a calçada estava lotada. Já cheguei zonzo e perguntei pro balconista, que na ocasião tinha 18 anos, cara cheia de espinha e cravos e cá pra nós, forte sinal de que o tio dele era o dono da farmácia:

- B-Boa N-Noite... tem algum remédio pra... en... enxaqueca?
- Hum... eu temo em dizer que seu caso é insolação...
- Me-meu ami-amigo, eu sei lá o-o o que eu-eu tenho. Eu sei que nuuuumm to-to bem não.
- Eu acho que é insolação ou desidratação... seu cocô está saindo mole?
- Que cocô? Eu num caguei ainda, saiu tudo pela boca de cima mesmo.
- Hum, OK. Bom, eu tenho um remédio aqui testado na Bélgica, que você pode tomar de 6 em 6 horas, fervido em água, com...
- Amigo, manda uma injeção da parada mais violenta pra melhorar que você tiver.
- Olha, me desculpe, mas não podemos dar injeção...
- Ahn... obrigado.

E saí, com meu irmão e dona Diva no balcão, conversando com o balconista sobre qual a melhor solução.

E é exatamente aí que eu perdi a noção do ridículo. Eu estava fraco, não estava parando em pé, sentei na pequena escadinha da entrada da farmácia e tinha um grupo de 5 garotas logo ao lado, na esquina. Qualquer coisa que eu fizesse, elas notariam na hora. Eu sento, quietinho e uma delas diz, baixinho, achando que eu não ouviria:

- Olha, aquele garoto ali tá passando mal!
- Deve ter bebido demais! Cachaceiro é foda.
- Pior que é mesmo.

Em respeito às garotas, e pra evitar minha vergonha, tentei segurar o Juca que já estava voltando. E pelo jeito, o Raul tava junto. Não deu outra, eu juro que eu tentei ao meu máximo, mas vômito quando vem, é implacável. Não tem como parar ou impedir, a solução é botar pra fora mesmo, e foi o que eu fiz. Cada gota do plasma vomital saiu com velocidade alucinante, molhando nojentamente cada centímetro daquela calçada que havia sido limpa a pouco tempo pelos garis. Junto, as batatas fritas, o resto dos goiabões, carne, o que eu tiver comido, foi embora naquele momento. Terminei, com uma pequena babinha balançando no ar, pendurada na minha boca.

Uma das garotas, disse em um tom anormalmente alto:

- CREDO, QUE NOJO!

E quer saber, eu não estava nem fodendo pro que aquela patricinha ia pensar. Já tinha feito mal juízo de mim, achando que eu havia bebido! Minha irmã, que tava vendo a cena, gritou:

- Felipe, o Caio tá vomitando de novo!

E mais uma vez, meu irmão me segura pelo braço, me põe no carro e vamos rumo ao pronto-socorro. Quer dizer, eu sei lá se era um pronto socorro, ou um hospital, ou um posto de saúde. Só sei que chegamos em cinco minutos.

Desci do carro e eu já estava um pouco melhor, embora cansado, e um pouco zonzo. Cheguei na sala de espera e olhei ao redor. Não sei se foi a situação, ou qualquer outra coisa, mas me partiu o coração ver aquela cena. Ao meu lado havia uma mãe chorando, possivelmente pelo filho, não sei. Olhei pro outro, um senhor comentou que o filho estava esperando pra ser atendido já havia 3 horas, e nada até o momento. Até mesmo doente eu tive uma leve reflexão do que é aguardar em um hospital por atendimento demorado.

Eis que feito o cadastro, esperei mais uns 15 minutos, até que uma moça de rabo-de-cavalo, abre a porta e diz:

- Caio Andrade.

Levantei e fui andando em direção à ela. Me acompanhando foi o meu irmão.

- Desculpe, só pode entrar um acompanhante.

Aí a dona Diva se ofereceu e entramos.

Era um corredor grande, com bancos, bebedouros e outras coisas mais. Fui andando e olhando ao meu redor. Houve uma ocasião que passei frente a um quarto com a porta aberta e olhei. Uma criança com a mãe dormindo, o braço todo enfaixado. Possivelmente ele deve ter tomado um tombo com a bicicleta ou ter caído no jogo de futebol. O que eu vi era que a faixa estava meio avermelhada de sangue, como se o coágulo houvesse se rompido e parte do sangue vazou. Uma enfermeira viu aquilo e já estava providenciando a troca.

Entrei num consultório e o doutor só me perguntou a quanto tempo eu estava com aquilo, mediu minha temperatura, analisou minha expressão facial e rabiscou qualquer coisa num pedaço de papel.

- Entregue pra enfermeira, e tome o medicamento. Espere 15 minutos e você estará liberado.

Ufa! Não iria ter que ficar a noite inteira lá. Já era uma excelente notícia. Saí do corredor e tentei avistar a enfermeira com quem eu teria que falar. Mas nem precisei procurar muito, uma moça de uns 24 anos me abordou e perguntou:

- É você que é o Caio?
- Sim, sou eu.
- Prazer, eu sou a enfermeira que vai te medicar. Por aqui..
- Moça, eu preferia te conhecer numa situação melhor.

E ela era bem humorada ainda.

- Comendo goiaba em excesso hein?
- Pois é, moça, vi na feira e não resisti.

E fomos conversando, enquanto ela preparava minha injeção. Ela continuou:

- Você é mineiro, Caio?
- Sou, de Ipatinga...
- Aqui vem muita gente de Ipatinga mesmo. Pensei que em Minas tinha muita goiaba.
- Tem muita. Mas não sei se tem mais do que nos outros lugares.
- Deve ter. Aqui não tem muito.
- Pois é. Por isso que são enormes, tudo de fora.
- Boa teoria. Caio, pare o braço, vai doer um pouquinho.
- Manda ver, antes que eu vomite na sua roupa.

Ela aplicou a injeção e continuamos a conversar, ainda contei o vômito na frente das patricinhas. Ela riu muito, cheguei a ficar com vergonha.

- Mas isso não é nada. Eu lembro que chegou uma criança aqui e eu tive que atender, ela não parava de vomitar. Minha roupa ficou toda suja.
- Putz, sério? E o que ela tinha?
- Insolação, desidratação, não sei. Possivelmente, você também tá com os mesmo sintomas. Seu cocô tá saindo mole?
- Eu não caguei, moça. Saiu tudo pela boca de cima.

Ela não aguentou e riu na hora.

- Você tem bom humor, Caio!
- Só um pouquinho. Tem hora que eu sou ranzinza.
- Todo mineiro é bem humorado? -
ela falava como se mineiro fosse um ser de outro planeta.
- É uai! - o "uai" foi pura ironia. Mas soou verdadeiro.
- Tá de férias aqui?
- Estou. Que coisa né? E agora estou aqui recebendo injeção.
- Ah, isso acontece direto. Teve uma vez que veio um gaúcho com uma ferida grande aqui, só gritando "tá doendo tchê!".
- Que coisa nojenta. Você tem estômago!
- Ah, acostuma. Depois de um tempo fica tudo muito normal.
- Já mexeu em cadáveres?
- Só na faculdade. Tem que ser legista pra examinar.
- Ah...

Depois de 15 minutos, eu ainda estava bem indisposto, mas fui liberado. Me despedi da moça, as enfermeiras tinham que ser gentis assim.

Que pena, eu não peguei o MSN dela. E pra ser franco, nem o nome dela eu perguntei. É que eu tava escrito no crachá, mas eu não tava disposto pra ler nada.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Formatura alheia

Sempre tive a plena convicção (e morrerei com ela) de que as pessoas mudam seu comportamento, e pra isso, pode-se usar o ambiente como escape. Explico: num baile de formatura as pessoas perdem a plena noção das coisas ao redor e tudo se torna simplesmente comum dentro do momento e ocasião.

Era por volta das 22:30 quando cheguei ao baile de formatura. Vocês deviam ter me visto de terno. Cara, eu fiquei muito bonito. Fomos adentrando ao recinto eu, Rízio e o Negão, já que o Tosa foi buscar companhia feminina. Notei ao entrar que o salão de festas era muito bonito e muito luxuoso, muito organizado e garçons prontos para serví-lo, mesmo você enfiando na frente das pessoas que ele está servindo para pegar um copinho de cerveja.

Pois bem, sentamos à mesa e não deu 15 minutos, o Mike e o Pumba chegaram, seguido de Cuca. Conversando fiado, falando mal dos outros, eis que abre-se as cortinas do palco e a banda se revela, cantando uma música latina by Ricky Martin com um vocalista de passos dançarinos duvidosos e um refrão contagiante "HARÊ, HARÊ, HARÊ!"

Olhei aquela cena, e no momento, o salão do palco estava totalmente vazio. Todos estavam sentados assistindo àquela cena grotesca. Eis que tive uma idéia para abusar da boa vontade do Rízio, já que ele estava bêbado:

- Ei Rízio. Te pago 10 reais pra ir lá e fazer uma estrelinha na frente do palco.
- Eu não estou tão bêbado assim. Garçom!

E sai andando.

Continuei a andar e descobri que é memorável ver professores que você tinha tanto respeito e admiração, dançando o Créu velocidade 5, como se fosse uma coisa assim... rotineira.

Então começamos a analizar as garotas que conosco estudavam e usavam suas bundas para entretenimento visual de nossa parte.

- Ela dá pra encarar hoje hein?
- Ela eu encaro até depois de acordar.
- Dois.
- Três.
- Nunca tinha reparado nos peitos dela.
- Nem eu. Vai ver é enchimento.
- Pra que um salto daquele tamanho?
- Quero mais cerveja.
- Quero mais cerveja também.
- É. Eu quero mais cerveja.

A organização da festa estava até que competente, entretanto pouco se importou com os comes e bebes. Era aqueles salgadinhos de viado feito barguetes, canapés e outras putarias de sobra, mas coxinha, empada, quibe e esfirrinha que é bom, tinha muito pouco. Passei a noite comendo coisas cujo nome eu desconhecia. Povo inventa cada merda, sem contar que colocam algumas coisa doce no salgadinho (ameixa, uva passa, essas merdas) e fica aquela bosta de gosto salgado com doce. Revolta. Salgadinho bom é aqueles que não passa de 20 conto o cento, procedência duvidosa, carne de segunda, gordura até a tampa, e garçom mal educado.

O jantar foi assaz gostoso com estrogonofe, arroz da vovó e mais uma pá de treta lá. Gostoso, porém desnecessário e exageradamente pouco econômico. Mais eficaz seria se baixasse a churrasqueira com um boi no rolete, feijão tropeiro com ovo, torresmo, vinagrete e arroz de papa. O pessoal fica se preocupando com luxo e glamour, servindo essas brocas de bicha e rango que é bom mesmo, só conversa. Que servissem um frango com quiabo mesmo e angu de ontem.

Outra coisa a se reclamar foi a hora em que a festa terminou. Pouco após às 04:30 os garçons já começaram a virar as cadeiras em cima das mesas discretamente, sem dizer nada, tipo... "Aí, não estamos mandando ninguém embora, só adiantando o serviço". Mas nem precisou também, pois o segurança (que claro, tinha menos que minha altura, mas três vezes minha largura), educadamente fez o favor de dizer que a festa já havia acabado e que não, não iriam servir whisky. Tsc tsc. Mais uma festa sem whisky.

Outro tópico a se levantar foi o número de mulheres feias no evento. Garanto, foram poucas, e as realmente feias, se maquiaram e dixavaram. Colocaram um salto aqui, uma maquiagem ali, levantaram os seios e oh: no grau. A presença de gays foi pequena também, a menos que eles tenham se segurado durante / dentro do local da festa. Em suma, povo muito agradável, e eu ainda conhecia parcialmente o pessoal da festa.

É óbvio que não poderia passar batido depois de tudo. Explico: me formaria agora, mas devido à repetência que eu tomei no meio do ano, infelizmente só formo daqui a 6 meses. Não olhe assim pra mim, tem cara aí dando tristeza muito maior que essa pro pai e pra mãe. E mesmo assim, a expectativa que minha mãe tem em mim é nula. Portanto, só lamento o tempo perdido mesmo. Enfim: no momento do brinde aos formandos, todos os formandos deveriam subir ao palco com uma taça de champanhe e tirar foto posando pra câmera. Muito esperto, foi o que eu fiz. Mesmo não formando esse ano.

Dêem-me um desconto. Passei os últimos três anos da minha vida olhando pra cara dos meus amigos no meio da aula. Eu no mínimo deveria ter feito isso mesmo. Além do que, no momento da foto eu fiquei bem no cantinho, ninguém me notaria.

E até o professor Henderson filou do meu champanhe e aprovou meu ato no momento. Claro, ele só foi saber e se dar conta depois, mas isso é detalhe.

Ah sim, a banda!

A banda que lá tocou foi a mesma que fez a abertura com "harê, harê, harê". Era uma banda de estilo muito bem definido, tocavam música tropical / sertanejo / pop rock / r&b / hip hop / axé / funk / dance. Contavam com uma respeitável banda de um baterista, oito ou nove percusssionista, um saxofonista, tecladista, baixista e tocador de violão, fora o guitarrista que tinha uma Fender. Vocalistas eram 5 ou 6. Era uma daquelas bandas de tocar em baile mesmo. Mas o que de melhor haviam eram as dançarinas. Era o tipo de mulher que você olha, olha de novo, olha de novo e diz: “PUTA QUE PARIU. QUE BUNDA”. E invadi uma vez ou duas o palco para pegar o telefone de uma delas, mas o roadie (que também era segurança da banda) me impediu. Notei que pra trabalhar com festas, o cara tem que ser multitarefa, bom de serviço e paciente. Não sirvo pra ser roadie.

Tocaram umas 4 horas seguidas, sem exagero. Trocavam de roupa com a mesma freqüência com que trocavam de roupa (?).

Ah sim, tocaram Mamonas. Foda. .o/

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Einstein

Mais avisos:

- Não, seus merdas, não larguei o blog de lado. O problema é que ultimamente senti uma atração inexplicável por uma tal de “vida pessoal” que, associada ao fator preguiça, não me deixa atualizar isso aqui. Isso é uma péssima notícia para os 12 visitantes diários que o Google Analytics computa todo dia no meu contador de visitas.

- Gostaria de agradecer pelos clicks em meu AdSense. O Google, que sempre foi muito generoso, me deve US$0,02 centavos. Iu-hu, estou milionário.

- Você fede. Sim, é você mesmo.

Pois bem, vamos ao post. Como hoje não tenho cacete nenhum de assunto para escrever sobre, vou simplesmente refletir sobre cientistas cuja vida pessoal se resumia a usar ópio e bater em uma das esposas. Pois bem.

Pois bem, conhecem o Einstein? É claaaro que conhecem o Einstein, ele é o cientista mais pop-star de todos os tempos. Se Einstein montasse uma banda ia chover de gravadora em cima dele, com muitas gatinhas dando moral (e não só moral...) nos camarins.

Você, por certo, conhece a teoria dele, não? A teoria da relatividade? Pois é. Poderia explicá-la pra mim?

Não, você não pode. Sabe por que? Por que você só conhece por nome, você não entende porra nenhuma do que aquele cientista louco quis dizer ao afirmar que E = mc². Em outras palavras, Einstein não era louco. Era apenas inteligente demais para que possamos compreendê-lo. Há quem diga que apenas uma dúzia de pessoas em todo o mundo compreende o que ele quis dizer. Assumo, não sou um dos doze. Mas vamos aos fatos da vida desse brilhante rapaz.

Einstein, primeiramente, era judeu e nasceu na Alemanha, em 1879, ou seja... mais desgraçado que isso, só se você nascer sem genitália. A cidade de Württemberg foi escolhida para o parto, embora eu tenha a plena convicção que ele nasceu em Brauninha, ou no Prata, durante o carnaval. Whatever, quem sou eu pra contestar os historiadores?

Aos 5 anos de idade, o pai de Einstein o mostrou uma bússola de bolso e Einstein deu pala quando viu que a agulha sempre ficava apontada pro Norte, se é que um garoto de 5 anos possa saber o que é norte. Talvez um garoto qualquer não, mas o garoto Einstein sabia. A partir daquele dia, ele descobriu pra si e tomou a plena convicção de que tudo na vida tem uma explicação e ele descobriria de onde nascera, pois a história do repolho e da cegonha estava muito mal contada.

Einstein não era playboyzinho ou filhinho de papai, estudando nas escolas públicas de Munique, na Alemanha e em Aarau na Suíça. Tenho pra mim que o ensino das escolas públicas da Suíça seja mais bem elaborado que qualquer colégio particular brasileiro. Aliás, a única coisa mais bem elaborada no Brasil do que em qualquer outro lugar do mundo é o sucesso do crime organizado e a cultura podre. Mas isso é papo pra outra história, voltemos à Einstein.

Em 1900, após concluir um curso de Matemática e Física no Instituto Politécnico Suíço (algo como Instituto Universal Brasileiro, mas sem o “aprenda em casa”), foi trabalhar de perito no Departamento de Patentes de Berna, sei lá onde é isso. Fato é que ele tinha muito tempo livre pra morcegar, podendo assim elaborar experimentos científicos no horários vagos. Boa desculpa pra dar pra minha chefe.

Em 1905 que Einstein iria impor uma nova base para a Física moderna. Em outras palavras, ele criou vários conceitos que mudariam pra sempre o rumo dos estudos e pesquisas nessa área. Cientistas já haviam descoberto que um feixe luminoso brilhante sobre um metal levava-o a emitir elétrons e por fim, transformar-se numa corrente elétrica. O problema é que os cientistas não conseguiam explicar o fenômeno, dando-lhe o nome de efeito fotelétrico. Einstein simplesmente chegou, deu tapa na cabeça de todo mundo, dizendo:

“BURROS! Quando feixes de luzes brilhantes atingem metais, eles forçam os metais a desprenderem e emitirem elétrons! E eu vou explicar por que! JEGUES!”

Einstein elaborou então a teoria quântica, e deu sentido àquilo que ninguém conseguia explicar.

No mesmo ano, Einstein tava com o ego em alta e é claro, tinha que mostrar serviço. Para tanto, elaborou outra teoria, e desta vez, foi a da relatividade restrita. Devido a isso, Einstein ficou conhecido no mundo inteiro como uma mente brilhante, e em 1944, bem mais tarde, seu famoso manuscrito sobre eletrodinâmica serviria de base para um investimento de 6,5 milhões de dólares em bônus de guerras.

Em 1915, Einstein criou a Teoria da Relatividade Generalizada. A proposta era apresentar e expressar todas as leis e fórmulas da física da mesma forma que se fazem as matemáticas. Em outras palavras, ele quis apresentar a física ao mundo de uma forma mais simples. Com isso, o resultado foi a teoria da física que conhecemos hoje.

Quem olha assim, lendo todas essas informações acha que Einstein era louco. Mas até que não, ele era uma pessoa mais ou menos normal, tinha uma vida pacata e seu cotidiano era tranqüilo e de boa. Tocava violino e tinha uma compaixão por problemas humanos, tendo simpatia por pessoas oprimidas política ou economicamente, o que me leva a crer que ele era um super herói daqueles fodidos, que não salvam ninguém.

Sempre defendia vítimas de injustiça e perseguições, fazia barraco e chutava tudo se preciso, no melhor estilo “a hora Amy Winehouse”. Tanta coragem chegou a ser recompensada, com magnatas oferecendo-lhe o posto de presidente do Estado de Israel, mas ele foi mais esperto e não aceitou. Uma cabeça de paca igual Israel deve dar um trabalho da porra pra governar.

Até 1930 (que é quando surgiu o nazismo), Einstein era pacifista leras. Entretanto, durante a Segunda Guerra Mundial, ele trabalhou junto ao governo norte-americano e escreveu uma carta ao presidente Roosevelt com os dizeres:

“Hitler tem acesso à tecnologia atômica, comofas/ rsrsrsrsrs témais bjs fui”

Os EUA, entretanto, não se deixaram abater e sabe o que fizeram? A solução. Se a Alemanha tem uma bomba atômica, ou pelo menos acesso para tê-la, vamos fazer uma maior, estilo “Kiko vendo Chaves com um brinquedo e correndo pra buscar um maior e mais bonito”.

Einstein não participou do projeto (ironiamode = 1), mas não deixou de contribuir com a marinha em um projeto sobre explosivos, como consultor. Esse já foi mais estilo “quero ajudar, mas não quero por o meu na reta”.

Após a Guerra, Einstein tomou como sonho de vida a paz mundial (faz a merda, depois tem que limpar o cu com ajuda dos outros) e fez um discurso:

- SOU UM ADEPTO RESOLUTO DO GOVERNO MUNDIAL! A PAZ ENTRE AS NAÇÕES SÓ PODERÁ SER CONSEGUIDA SE TODOS OS HOMENS SE REUNIREM SOB A ÉGIDE DE UM SISTEMA DE LEI UNIVERSAL! E TENHO DITO!

- Cala a boca Albert, eu quero dormir.

Einstein não era lá muito malado, mas nunca lhe faltou breu. Empresas de editoriais, publicações, e essa porra louca, ofereceram milhões por sua autobiografia, e ele só no cu doce. Entretanto, Einstein um belo dia escreveu o que viria a ter o título “Notas Autobiográficas”, e ainda deu uma explicação: escrevera por que era uma boa coisa a se mostrar, aos que estavam desenvolvendo esforços ao seu lado, como uma pessoa que olha pra trás e vê resultado em suas pesquisas. Essas notas foram o único documento escrito por Einstein, conhecido, que possa ser uma possível autobiografia. Ou seja, se ele não contou algo ali, morreu com ele.

O curioso é que ele as escreveu para uma publicação universitária, rejeitando qualquer tipo de pagamento em chicletes, cigarros, putas, balas de morango, ou quem sabe, dinheiro.

Não era bobo, casara-se duas vezes. A primeira vez, logo após sua chegada em Berlim, na ocasião de que foi chegando na cidade e procurando sua fêmea, já que tinha convicção que entendia mesmo era de física. Afazeres domésticos, prazeres sexuais, e filhos eram coisas que só uma esposa poderia dar. Hoje em dia, nem isso tem muito mais.

Num ataque de incesto, casou-se com sua prima irmã, chamada Elsa, durante a Primeira Guerra Mundial. Ela morreria em Princeton (lugar aonde fica a faculdade que o Tio Phil do “Um Maluco no Pedaço” estudou), em 1936. No primeiro casamento, Einstein teve 2 filhos, e no segundo, duas enteadas. Pra que mexer em time que tá ganhando?

Por fim, Einstein foi eleito pela revista Time, a maior personalidade do século XX. Não tiro o mérito dele, mas com quem ele competiria? Pelé? Faz-me rir. Que ele fez além de jogar bola? Hebe? Faça-me o favor, e ainda pedem Playboy daquilo. Um bom páreo pra ele na minha opinião seria John Lennon ou o Gandhi, mas isso é assunto pra eles.

Curioso: Em maio de 2002, foram divulgadas cerca de 1500 páginas do arquivo do FBI sobre o cientista. O que permitiu o acesso a esse material foi uma medida judicial movida pela jornalista Fred Jerome, (sim, o nome DELA era Fred) que tendo essas informações, escreveu o livro “O Arquivo de Einstein: A Guerra Secreta de J. Edgar Hoover Contra o Cientista Mais Famoso do Mundo”.

Segundo o material que constava nos arquivos do FBI, Einstein foi investigado durante todo o tempo que viveu nos EUA. J. Edgar Hoover era o nome do diretor do FBI na época e ele acreditava que Einstein atuava como espião difundindo ideais comunistas e enviando segredos militares para a U.R.S.S. (União Soviética). No entanto, durante mais de 20 anos de investigação, nada foi provado contra Einstein, o que prova que ele não era só inteligente, era esperto também. Ou ele tinha culpa no cartório e nunca descobriram ou então os militares que eram ruins de serviço.

Einstein é foda. Até ergueram uma estátua pra ele em Washington, olha só:

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Quando alguém fizer uma pra mim, peço que tenha cuidado ao retocar o nariz. E não me faça muito gordo. Eu não sou gordo.