Antes de eu começar a ser o que eu sou hoje, passei por uma série de fases, momentos e toda a porra louca a mais, para me tornar esse molde de personalidade que hoje eu sou. Isso foi aos poucos, mas basicamente, passei por essas fases da vida.
Fã de Linkin Park

Ah qualé mermão, se você tiver hoje na faixa de 18-20 anos (até mais, se for o caso), você foi pego pela febre Linkin Park, vai dizer que não? Linkin Park em seus tempos de glória (lê-se Hybryd Theory) foi uma das maiores bandas do mundo. Era hit atrás de hit, parecia máquina de fazer dinheiro. Eu, é claro, não ficava pra trás.
Eu e minha patota do Colégio Adventista, éramos fãzinhos dos caras. Levávamos CDs com microsystems pra ouvir na sala, aí na hora do recreio, era o canal a gente ligar aquela porra na tomada e curtir aquele som. Nem aí se o colégio não permitia a audição de sons do inimigo dentro das dependências do prédio. O negócio ali era ouvir LP, pronto e acabou.
E por incrível que pareça, TODO MUNDO ERA FÃ também. In The End, Points Of Authority, With You, Papercut, One Step Closer, e tinha uma leeera de música que geral ouvia, sem ninguém torcer a cara e dizer: "ah não, essa é paia..."
Claro, tinham os mais metaleiros de merda, que convencidos de que os black-metal deles de lesados eram mais legais, torciam a cara:
"Mimimi, isso é paia, é vendido, e eu sou um metaleiro vagabundo."
Tsc tsc, e eles realmente ficavam putos, coitados, por que por todo lugar se ouvia Linkin Park, até em boate que ia quando moleque, tocava...
Esperei ansioso também o Meteora. Cara, era tanto fanatismo, que meus nicks na internet eram relacionados ao Linkin Park: Meteora, Faint, Texas, Bennington, Shinoda. Essa parte é a mais vergonhosa, eu tava parecendo aqueles fãzinhos de MTV.
Quando o Meteora lançou, foi outra explosão e maaais fãs queriam ouvir Linkin Park. Considero o Meteora um Hybryd Theory 2. As músicas são realmente iguais, depois pegue pra ouvir os dois CDs e por favor, me digam a diferença de musicalidade entre os dois? Nenhuma. A sensação de ouvir Easier to Run ou From The Inside, era a mesma de ouvir Crawling. Don´t Stay praticamente me fez lembrar de One Step Closer. E quanto à Somewhere I Belong? Se aquilo não te lembrar In The End, por favor, apure seu ouvido.
Aí veio o Reanimation. Cocozããããão de CD, me dei ao trabalho de baixar o álbum na época, mas sinceramente, foi um dos que eu mais odiei. Aqui começou a minha fase de decepção com os caras que um dia pensei serem os heróis da música. Enfim, nem tudo que eles soltam no mercado é bom, mas pelo menos haviam as músicas antigas, que por alguma razão fora desse mundo, eu ainda não havia enjoado. Até minha mãe já tava cantando junto de tanto que eu ouvia.
Logo em seguida, lançou Live In Texas. Advinha qual foi o primeiro DVD que eu comprei?
E nem valeu tanto a pena, pra falar a verdade. Nem Making Of tem no negócio, é o show e pronto. Nada além, nada a mais.
Depois de uma certa esperas, os caras lançam o Collision Course, que é um disco cujo encarte não serve nem pra limpar a bunda, pelo fato de que eles se juntaram com nosso amiguinho tosco do hip-hop, Jay-Z. Ele pode ser tosco, mas come a Beyoncé. Ponto pra ele.
E assim se foi. Os caras tiraram merecidas férias de 4 anos seguidos sem lançar merda nenhuma, e com isso, fui perdendo gosto, não sei... simplesmente parei de ouvir um pouco...
Pra se ter uma idéia, nem procurei saber muito sobre os caras nesse tempo. Caiu por acidente no meu ouvido que o nome do CD novo deles seria o Minutes to Midnight, e ao ouvir a QWERTY, eu até que gostei. Ao ouvir a What I´ve Done, também... Mas sinceramente, não tem mais nada de bom, de Linkin Park mesmo no álbum. Isso tá parecendo aqueles álbuns de rock britânico, pra moleque metido a entendedor de música.
E hoje é essa coisa aí. Ás vezes pego pra ouvir, mas nada demais não. A empolgação de pentelho que eu tinha se foi. Quanto ao último CD, ele vai ocupando 60mb inúteis no meu HD, mas tenho pra ter.
Pior que eu tinha esperança de gostar, por que o Minutes to Midnight foi produzido pela lenda, Rick Rubin. Mas tudo bem, é um disco muito bem produzido, só não é Linkin Park. É outra banda, com os mesmos integrantes e o mesmo nome.
E hoje meu gosto musical tá diferente também. Estou ouvindo mais rock de raiz, e graças a Deus, os Ramones fizeram o legado deles. Taí os punks que não me deixam mentir.
Piolho de Counter-Strike

Lembro-me a primeira vez que frequentei uma merda de Lan House (que pra mim, hoje só não é mais inútil que uma casa de fumo, uma loja onde o único produto a ser vendido é o cigarro. Agora, ampliando o atendimento ao cliente, eles também têm vendido outras variedades de produtos: isqueiros e cachimbos.).
Tratava-se da Evolution Lan House, que foi aberta na esquina da minha rua, onde hoje é o QG do Beer Fest. Lembro-me das matanças em meio ao jogo, puro sangue voando e terroristas e contra-terrorista trocando bala em meio à favela do Rio de Janeiro.
Nunca fiz parte de clan, nem essas viadagens. Sempre me considerei um matador solitário, espreitando à beirada de algum beco mal iluminado, pronto pra cortar a carne do primeiro inimigo que aparecesse, usando a faca como arma e logo após, contemplar seu cadáver e levantar da cadeira gritando: "TRAMONTINAAAA".
Era uma zoeira sem tamanho dentro da Lan House. Imaginem um bando de fedelhos fedidos enjoados, gritando "olha a bomba", "ele tá ali...", "camper!"... era da dessa putada que eu fazia parte.
Então...
Na Evolution Lan House, foi a única fase que eu realmente via graça no CS. É por que eu só jogava com quem eu conhecia, era coisa mais natural, sei lá. A matança era mais bem encarada e não haviam nicks desconhecidos no servidor. Em suma, era bom mesmo a época que não era modinha.
Daí, depois de tudo, o ramo de Lan Houses em Ipatinga foi se ampliando, e hoje temos aí leras de noobs e o CS está totalmente defasado. Tsc tsc... o que a moda não faz.
Nerd

Essa, inclusive, é uma das categorias que me encaixo até hoje. E é a que eu entrei primeiro. Explico: desde garoto tive um gosto por computadores, videogames, jogos, cultura nerd em geral, e isso foi aumentando. Meus amigos no colégio também eram os nerds. Eu raramente andava com os "boleiros" (que por sinal, são a pior raça dentro da sociedade), então meus assuntos no colégio se resumiam a GTA, Metal Gear Solid, MMORPG, softwares em geral, e tudo mais.
Antigamente, esse meu lado era mais forte. Gastava considerável quantia de dinheiro em videogame, e nada pra mim era melhor que ficar em casa curtindo um jogo novo que eu comprei. Me lembro que na época que comprei Resident Evil 4, e GTA San Andreas, minha vida social foi pra 0. Era trampo -escola - videogame, seguidamente, sem descanso. Acabou virando uma rotina.
Minha mãe era quem sempre me enchia o saco com essa jogatina adoidada.
"Aaaaaaaah Caio, você vai dá um trem no olho, não demora!"
Mas quem disse que eu dava idéia? Era viciante, não parava de jogar em momento livre algum. Metal Gear Solid 3 se tornou uma verdadeira história digna de Oscar.
Hoje, posso dizer que meu lado nerd está dormindo. Meu PC tem uma configuração bem razoável e eu nem me importo muito com jogos de PC. Agora, no momento em que for lançada uma versão de GTA 4 pra PC, lá vou eu tirar dinheiro do bolso para bancar uma troca de PC, já que um lançamento desse nível exige isso de mim. Tem outros jogos lançando também, mas foi mal, GTA 4 é o maior lançamento da história da indústria de entretenimento.
Hoje meu lado nerd é tão pequeno que não tenho nenhum gadget de geek (iPod, iPod Touch, PSP, Nintendo DS, essas coisas), meu PC é basicão, e quando muito, tem o PS2 do meu irmão comendo poeira na sala, que só ligo pra jogar Guitar Hero 3. De resto, nada demais. E mesmo se tivesse dinheiro para bancar esses aparelhos, gastaria com outras coisas.
Leitor

Esse aqui é uma categoria que entrei e nunca mais saí. Já fui psicopata devorador de livros, já li um livro de 1000 páginas em 4 dias, o que me rendeu dores de cabeça, mas com um enredo daquele...
Li toda a saga do Harry Potter, li toda a saga do Senhor dos Anéis, Agatha Christe já quase li todos dela. Mas faz tanto tempo, que nem me lembro de alguns livros.
Não me lembro de qual foi o primeiro livro que eu li, mas lembro-me perfeitamente do primeiro que eu comprei. Foi "Assassinato no Expresso do Oriente" da Agatha Christie. Tinha ouvido boas recomendações sobre Agatha Christie, e me indicaram esse livro para ler. Vou ser franco, eu esperava que ela fosse um boa escritora, mas me surpreendi quando eu vi que ela simplesmente era a melhor. Bota no chinelo esses enredos fracos de detetives clichês, a lá Sherlock Holmes. Pelo contrário: a história é totalmente centrada no mistério, mas com surpresas muito bem elaboradas.
Explico: um mistério no ar é quase sempre o tema do livro, mas é de se admirar a forma com que a autora conduz as investigações, interligando fatos e você, tenta descobrir, e quase nunca (isso se você não for um psicopata, ou não tiver lido o livro antes...) descobre.
A saga Harry Potter dispensa comentários... apesar de ser pop, modinha, é uma das séries mais inteligentes que eu já li na minha vida. Lamento muito o fato de que não vou ler uma continuação da série, já que o último livro eu li a pouco tempo. Posso afirmar, JK Rowling realmente foi muito boa em suas imaginações e pensamentos ao escrever a trama.
Hoje eu leio na média de 2 a 3 livros por mês. Pra falar a verdade, é uma média baixíssima, e só mantenho por gostar mesmo da leitura.
E enfim, quando eu lembrar de mais fases eu posto aqui.
Ouvindo Unwritten Law - The Celebration Song
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