segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Pequenos comentários.

Whoa!

Faz bastante tempo que não posto aqui. Pra ser exato, a última postagem foi no dia 07-09, o que quer dizer que esse blog passou por um período de abandono.

Há várias explicações para o ocorrido. Primeiro, escola. Realmente, estou estudando bastante esse semestre, já que o último me rendeu uma bela repetência. Se isso foi ruim? Não de todo, mas agora sinto que aqui em casa o clima tá conspirando para que eu saia.

Detalhes.

Queria só deixar um pequeno aviso... me desculpe quando você visitava o blog e via a merda não atualizada. Realmente não quis deixar de lado isso aqui, mas tenho que manter um trampo, uma banda e um estudo, e 24 horas por dia estão sendo insuficientes pra mim. Minha rotina é estar no trampo de 8 às 16, depois, vou às 18:35 para escola e por lá fico até às 22:10. É um pouco desgastante, e cada vez mais.

Quanto à banda, e nosso pequeno hiatus, foi por minha causa, já que preciso estudar para recuperar matérias perdidas. Mas paralelo a isso, eu, Luiz e Kahê estamos trabalhando em músicas novas. Eles na melodia e eu nas letras. Eu mandaria as demos das guitarras prontas, mas não é propriedade minha, foram eles quem as escreveram.

Sim, eu acho que estão ficando boas. Espero que em breve lancemos um CD, coloquemos o pé na estrada, fazer shows para milhares de pessoas, comer muitas groupies, dar autógrafos e mijar na platéia, além das exigências fúteis e insanas que eu faria no camarim, como 56 fardos de Yakult gelados e Danoninho a rodo, mas isso é pra depois.

To brincando. Se eu ver um mosh em um show meu, acreditem, já paga o esforço.

Parcialmente, é claro. Pancadaria não paga minha passagem de volta pra casa, então COMPREM O INGRESSO SEM CHORAR.
Ahhh sim, infelizmente, na blogosfera durante esse período, eu só entrei pra visitar. Aí continuei visitando todos os blogs listados nos favoritos, logo ali ao lado.

So, it is. Não morri... (aaaaaaaahhh, droga!) e ainda respiro. Não abandonei esse blog, só fiquei ausente por poucos dias, em questão de motivos de força maior. E lembre-se, os motivos de força maior sempre cancelam um evento.

domingo, 7 de setembro de 2008

Velho Timbú

Ah, os causos. Contos que envolvem situações que contando, muita gente duvida. As vezes, um causo não precisa nem mesmo ser verdadeiro, basta que seja engraçado, que o torne peculiar e que acima de tudo a pessoa saiba contá-lo.

Um bom contador de causos é a pessoa que sabe contar não se esquecendo de nenhum detalhe, imitando vozes, fazendo uma verdadeira arte cênica em torno do conto. Tudo se torna uma história muito bem contada, uma verdadeira forma de entretenimento.

Perdão, não sou um bom contador de causos. E não se trata de modéstia quando digo isso, se trata mesmo é de fato. Conto um causo aqui e outro acolá, mas no entanto falta-me a essência, aquela forma de contar ricamente um fato.

Tudo isso me faz lembrar do velho Timbú, o maior contador de causo que já ouvi falar.

Velho Timbú, não sei por que lhe deram essa alcunha. O mais próximo que soube é que um chará dele foi pego nas pegadinhas do Mução, mas isso é história pra outro post. O velho Timbú em questão se trata de um andarilho que passa por cidades interioranas a conhecer velhos aposentados frequentadores de bares copo sujo. É bom comunicador, embora não domine muito o português, assassinando o mesmo com erros grotescos. Pudera, poucos imaginam qual seja o seu grau de escolaridade. Se poucos imaginam, menos ainda sabem de fato até que ponto da educação acadêmica velho Timbú alcançou.

Andava sempre sujo, maltrapilho e só tomava um banho por semana. Acreditem, diziam que fedia mais que Satanás no inferno. Seu único bem eram as roupas do corpo e uma velha canastra que levava consigo sempre. Ninguém nunca soube o que havia dentro da tal canastra, e isso causava um certo nível de curiosidade em todos ao redor. Mas não aquela curiosidade torturadora, e sim aquela que desperta mas depois passa. Afinal, que importância teria? A essa altura do campeonato, velho Timbú já era taxado de louco e se ele abrisse aquela canastra e não houvesse nada no interior, muito natural. Não achavam que velho Timbú estaria em seu juízo perfeito.

Não tinha todos os dentes dentro da boca. Pra ser franco, só haviam dois ou três. Dizia ele que a Fada dos dentes foi visitá-lo e fez a proposta de 100 reais por dente que ele arrancasse. Naquele dia, velho Timbú faturara uma boa quantia em dinheiro, mas perdera todos os seus dentes.

- Mas velho Timbú, como ela arrancou os dentes?
- Ela tinha um alicatinho meu fi...
- E ela pagou em dinheiro.
- Não, ela feiz um depósito na minha conta.

E assim ia contando seus causos. Sempre era na mesa de um bar, um queijo provolone fedido e mal cortado sobre a mesa e 4 ou 5 copinhos de cachaça com seus respectivos donos acompanhando cada palavra da prosa do velho Timbú.

Pois então, contava ele que um dia passando por uma dessas cidades do interior aí, que só Deus sabe aonde fica, resolveu parar pra beber água na bica. Morto de sede, encostou a boca na corrente d´agua e está matando sua sede quando de repente chega um capiau mascando um pedacinho de mato na beirada da boca, camisa levantada mostrando o umbigo e parte do cofre pra fora da calça.

- Bom dia.
- Bom dia.
-
responde o velho Timbú. Nessa época, ele ainda tinha a barba bem feita e as pessoas não o confundiam com um mendigo ao vê-lo.
- Bebendo uma agüinha aí né?

Aí velho Timbú parou. Uma coisa era ser gentil na conversa e tolerar arrogância. Burrice já era outra coisa totalmente diferente. O capiau estava querendo falar alguma coisa e estava tentando dar nó em pingo d´agua, enrolando e conversando pelos cantos. Mas velho Timbú foi direto ao ponto:

- É uai. Algum pobrema?
- Pra mim, num tem ninhum não sinhô. O pobrema é o prefei daí.
- Que tem o prefeito home?
- Ele num gosta. Fala que essa água da bica num é pra qualqué um bebê. E eu vô te que leva o sinhô pra falá com ele.
- Vamo simbora intão uai!

Velho Timbú fazia questão de frizar em todos os seus causos que era muito corajoso, que não tinha medo de nada. E todo mundo ia na conversa dele, mesmo sabendo que era mentira, pra não cortar o barato daquele velho louco.

Andaram pelas ruazinhas da cidadezinha. Conta o velho Timbú que todas eram feitas daqueles bloquinhos de paralelepípedos, com casas dos dois lados da rua e fofoqueiras de beirada de janela. Ao fundo, se via a igreja e logo ao lado a prefeitura.

Foram pra lá que eles rumaram. Pelo menos é o que conta o velho Timbú.

Ao chegar na prefeitura, toparam com o guardinha de lá, que se mostrou parcialmente prestativo.

- O seu guarda... vá chamá o prefeito, fazen favô.
- Eu bem que queria, mas num vai dá não Chiquim. - era o nome do capiau.
- Uai, e purcaudiquê que num vai dá pra chamá o prefeito home?
- É que hoje é sábado, e dia de sábado o prefeito num trabaia não.
- Mas assim num dá pra falá com ele dia ninhum, ele num trabaia dia ninhum!
- Isso é bem verdade, mas ele vem cá na prefeitura di sigunda a sexta, home. Dia de sábado ele nem dá as cara qui não.
- Eita diacho!
- Má porcaudiquê que tu qué falá com o prefeito home?
- É esse home aqui. Eu peguei ele tomãnágua da bica ali da entrada da cidade.
- Ahh, Chiquim, vá caçá sirviço, vagabundo! Largue mão de trem atoa. Tu sabe que prefeito num tá nem aí praquela bica, e tu ficaí melando saco do home.
- Óia como tu fala comigo seu safado!
- Vagabundo mesmo, e digo mais! Tu me deve aqueles cinquentinha inté hoje! Tome jeito de me pagar, senão lhe corto os bago fora e tu num bota mais ninguém nessa terra!

Aquilo foi a gota d´agua. Chiquim sacou a peixeira, e os dois se enfrentaram ali no hall da prefeitura. Rolou de tudo, tapa na cara, chute na beirada do ouvido, soco no estômago, ambas as mães foram xingadas 10 ou 12 vezes por parte de cada um e pra terminar, o guarda sacou a arma meteu um tiro no peito de Chiquim.

Não deu outra. Seu Chiquim caiu duro no chão. A essa altura da prosa, velho Timbú já tava chato já. Tanta lorota em cima de uma história só, é o fim. Ninguém mais tava acreditando em uma palavra daquele velho atoa, mas convenhamos: esperar sanidade de uma pessoa que possui menos de 4 dentes na boca é uma exigência muito grande.

Velho Timbú continuou o causo. Todo mundo continuou ouvindo, não por querer saber o desfecho, mas pra ouvir as lorotas daquele velho vagabundo, até aonde ele iria.

Conta velho Timbú que depois que o vigia matou Chiquim, ele começou a se desesperar.

- Calma home, guarde essa arma, antes que eu vá abraçar o capeta também! - gritou velho Timbú. Ele a essa altura já havia se lembrado de que projéteis são totalmente ofensivos ao corpo humano, ainda mais em velocidade alucinante como a de uma bala.
- Ahhhhhhhhh MEU DEUS DO CÉU! Matei um home! Otro! to fudido! To ferraaaaado. Eles vão comê meu cu de novo na cadeia! Pelamordedeus, num me entregue não home!
- Ma eu num vô entregá ocê não home, baixe esse berro aí!
- Aahhhhh me-me-meudeusdocéu! Que que eu faço home? Que eu faço!
- Ih home sei não... baixa o berro que nóis pensa...

Por fim, o vigia resolveu abaixar a arma. Olhando o cadáver do Chiquim, virou e pegou a carteira no bolso do defunto.

- Que tu tá fazeno home? - perguntou o velho Timbú
- To pegando a cartera do home uai! Priciso do dinhêro pra fugi!
- Tu vai fugi?!
- Não, vo me intregá e passar 15 ano em cana porcaus que matei um zé buceta que num vale nada! LÓGICO QUE VO FUGI!
- ...
- Tu tem idéia mió?
- Pior que num tenho não... pensando bem, passô da hora docê caí no mato.

E velho Timbú prometeu continuar a história em outro post.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Não se fazem mais

Não se fazem mais nada como antigamente.

Com certeza você, caro amigo leitor, lembra de como as coisas eram antigamente. Não?

Antigamente, as coisas eram diferentes. Não vou dizer que eram melhores ou que eram piores, apenas diferentes.  É difícil de explicar, estou falando da essência das coisas, da forma como elas tomaram um certo espaço em nossa vida e vão tomando proporções que deveriam ser pra melhores, mas simplesmente não são.

É como se antigamente, as coisas fossem feitas mais com o coração, com um toque mais pessoal, mais bem trabalhado, não sei. Tenho que dar exemplos aqui para firmar fatos e então vocês leitores, entenderam do que falo. Comecemos então a refletir sobre mundo moderno e questões relativas a ele.

- Música

coldplay lyrics Isso é fato. Não se fazem mais música como antigamente, não se fazem mais bandas como antigamente e não se fazem bons álbuns como antigamente. Como posso ser mais claro em relação a isso?

Hoje as bandas que lideram o rock mundial são Coldplay, The Strokes, enfim, várias outras do British Pop. Ruins? Não, jamais. Curto muito Coldplay, todos os seus álbuns são excelentes e, apesar de não conhecer muito os Strokes eles até que são legaizinhos.

Mas... comparemos as bandas atuais com as bandas dos anos 60. Naquele tempo haviam os Beatles (que se tornariam a maior banda de todos os tempos. De todas as semanas.), Creedence, The Kinks, isso pra não citar outras menos conhecidas. Como podemos comparar as bandas de hoje, que são totalmente marketeiras com as bandas de antigamente? Impossível isso, as bandas de hoje não criaram revoluções como os Beatles criaram.

1168182516_f Comparemos agora com a época de 70. Pra citar poucas bandas, fiquemos com Ramones, Sex Pistols e Iron Maiden. Não sei exatamente se Black Sabbath é dos anos 70 (wikipedia neles), mas coloquemos eles aqui. Ramones e Sex Pistols foram uma das bandas que mudaram o que a gente chama de punk aqui nesse mundo. Não preciso nem citar a influência deles sobre o mundo da música. Totalmente revolucionários e inovadores, isso unido a punk rock e muito humor com tosqueira. Iron Maiden, não preciso nem citar, eles de fato são os deuses do metal. Qualquer pessoa que negue que Iron Maiden é a maior banda do mundo hoje, não sabe o que é rock e por favor, se dane com suas bandinhas alternativas aí. O dia que qualquer banda aprender a fazer um show tão inesquecível quanto o do Maiden, voltem a discutir.

metallica Época de 80 foi a glória do metal. Bandas como Slayer, Sepultura, Metallica, sem contar diversas outras, surgiram nessa década. Hoje, temos que nos contentar com Cradle Of Filth. É lamentável, eu sei.

Anos 90 começou a decadência. Ainda nessa época tivemos grandes nomes como Nirvana, Green Day, Red Hot Chilli Peppers (que eu não sei se é de 80 ou 90), Raimundos, Guns N Roses (que estourou no final de 80, mas grande parte de sua glória foi nos 90) e diversas outras bandas que fizeram parte da minha infância rockeira (o pessoal vai gastar por eu ter dito essa frase...).

Agora analisemos... os Beatles escreveram diversos álbuns lendários como o nirvanaálbum branco, Sgt. Pepper Lonely Heart Club Band, Rubber Soul, Abbey Road, enfim, diversos. Creedence, entre muitos clássicos, escreveu "Have You Ever Seen The Rain?", The Kinks, pasmem, já ouvi falar que o guitarrista deles que inventou mediante gambiarras, a distorção na guitarra.

Os Ramones escreveram diversos clássicos como Blitzkrieg Bop, Rock n Roll High School, I Wanna Be Sedated, Sheena Is a Punk Rocker. Sex Pistols escreveu o álbum "Nevermind The Bollocks, Here´s The Sex Pistols", Iron Maiden eu nem vou citar os clássicos da banda, mas ouçam Fear Of The Dark, Run To The Hills, Powerslave, The Trooper, e mais qualquer outra música deles. Se possível, ao vivo. Aí sim, vai entender o que é a maior banda do mundo.

f7 Slayer, Sepultura e Metallica são base das bandas de peso hoje. Discos como Reign In Blood, Roots, Master Of Puppets e ...And Justice For All são os que de fato mudaram a face do metal / trash.

Os anos 90 foram bem proveitosos para o rock. Nevermind do Nirvana, Dookie do Green Day, Californication do RHCP, Use Your Illusion do Guns e muitos outros discos. Analise bem tudo isso.

Toda essa reunião de discos clássicos do rock. DETALHE QUE EU NÃO CITEI BANDAS como Kiss, Led Zeppelin, Rolling Stones, Dire Straits, Pink Floyd, Rush, Janis Joplin, Jimi Hendrix, The Doors, Queen, Aerosmith, Bad Religion, Legião Urbana, Oasis, Pantera, RAUL SEIXAS, Uriah Heep, Van Halen, The Cure, The Smiths, The Police, U2, The Clash, Camisa de Vênus, Rage Against The Machine, Cássia Eller, Renato Russo, Titãs, Paralamas do Sucesso, Pearl Jam, Silverchair, Mamonas Assassinas, David Bowie, Audioslave, e eu não tenho saco de ficar lembrando...

Agora, considere todos esses artistas e o que eles fizeram.

HOJE, tem algum que chegue perto? NÃO. Após o ano 2000 só tem bandas podres por aí, não tem mais som legal, bandas boas, clássicos. Estamos falando de lendas mesmo, músicas que serão pra sempre lembradas como Sweet Child O´Mine do Guns, e não aquela lá do Paramore que semana que vem já não está mais no top 10. Tudo agora é comercial, é imagem e bandas podres. Não se fazem mais bandas como antigamente.

O amor à música antes era maior. Hoje esses caras só querem saber de dinheiro. Tá, todo mundo precisa de dinheiro, mas esses caras não fazem música boa pra merecer. Quer ver? Hoje em dia não há mais bandas ganhando tanto dinheiro como antigamente. O Metallica é podre de rico, por que tem 20 e tantos anos de banda e é uma das maiores do mundo. Iron, nem se comenta. E depois do ano 2000, nada. Nenhuma banda que mereça o pedestal de boa banda. Quando muito o System que eu acho excelente, mas eles foram criados nos anos 90.

Não se faz mais música como antigamente. Música que vira clássico, vira lenda. Que não fique semanas no Top10, mas fica a vida inteira na mente. Por favor, apareça alguma banda que consiga fazer isso.

Não se faz mais músicas como antigamente MESMO.

- Jogos

snes Pra entender, é necessário que voltemos um tempo atrás. Lembra-se do SNES? Cheguei a jogar muito o SNES, e até mesmo um pouco de NES e repito: aquilo que era diversão pura.

Não sei se era o jogo ou por que eu era uma criança, mas aquilo realmente mudou o rumo da minha infância e nada como relembrar velhos tempos. Super Mario World, Super Metroid, Sunset Riders, The Legend Of Zelda: A Link To The Past, Contra, Biker Mice From Mars, Rock n Roll Racing, Donkey Kong 1, 2 e 3, aquele do Mickey que eu não lembro o nome que ele troca de roupinha atrás de uma cortininha e ganha as habilidades da roupa... exemplo, se ele se vestisse de mago, ele poderia lançar magias, bombeiro ele tacava água e enfim...

super-mario-world E tinha aquele outro do Mickey que ele se juntava ao Donald. O Mickey com uma armadura de cavaleiro e o Donald em um barril. Cara, aqueles jogos eram fodas. Somando tudo, joguei milhões de horas no meu SNES.

Depois veio o PS1. Nem preciso citar o quanto as pessoas empolgaram com esse videogame. Muitos jogos excelentes, foi realmente um console que vendeu muito bem, e com jogos muito bem produzidos para eles. Até hoje me arrisco a jogar games do PS1 sem ficar vizando essa putaria de gráfico.

Enfim, entenderam o que eu quis dizer? Videogames sofreram 2 tipos de evolução pra pior e diversos pra melhor!

1 - Hoje os games não dão mais a mesma diversão que dava nos meus tempos de infância. Talvez seja eu que cresci, mas a magia de jogar horas de Super Mario World são incomparáveis. Hoje os games só visam gráfico e engine da física. Não visam diversão, não visam aguçar a vontade do jogador de continuar, de ficar horas. Simplesmente evoluem os gráficos e te exigem a comprar equipamentos cada vez mais caros para manter seu padrão de jogos.

2 - Os videogames estão cada vez mais frágeis também. Um SNES aguentava sem gemer uns 250 tombos no chão, daqueles bem dados pelo priminho que tropeçou no fio da manete e acabou mandando o coitado pro chão sem prévio aviso. O SNES aguentava firme, muitas vezes sem nem mesmo travar o jogo. Era coisa fina, tinham que ver. Agora, experimente tacar um XBOX 360 no chão pra você ver o inferno na terra que arrumam.

As evoluções pra melhor são que os jogos estão cada vez mais interativos, mais bem trabalhados visualmente, muitas coisas a se fazer, etc. etc.

Mas mesmo assim, não superam os games antigos! Cara, é foda jogar Super Mario World. Pra se divertir com jogos no seu PC não precisa gastar nem um centavo com placa de vídeo nem memória, é só fazer download de um emulador de SNES ou GBA e sair por aí caçando roms internet afora. É viciante.

Eu por exemplo no momento, acabei de jogar uma boa dose de Chrono Trigger, um dos melhores RPGs já feitos. Requisitos? Meu filho, emulador de SNES, QUALQUER CARROÇA RODA. Não to zuando, meu primeiro PC (Pentiunzinho, 100mhz, 8Mb RAM) rodava SNES LISINHO.

Fuck you next-gen.

Ops, melhor não... GTA 4 tá lançando e eu tenho que trocar meu PC pra rodar ele! xD

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Motos e hospitais

5 meses 011 Motocicletas são veículos automotores de duas rodas que podem ser definidas como bicicletas com motores. São um meio de transporte que visa muito a economia e fácil manuseio. Gasta pouca gasolina se comparada aos carros e são mais baratas.

Isso é um pequeno resumo do que é uma moto. Agora, o que ninguém sabe é que os acidentes que uma motocicleta causa, costuma doer. Mais na vítima do que na testemunha. É quase certo que 5 minutos após o acidente, haverá no mesmo local um SAMU e muitos curiosos.

"Mas Catito, o que isso tem a ver com o post de hoje?"

Já chego lá.

Terça-feira, 19:30

hl2 Eu estava sentado, em frente ao computador e jogando uma memorável partida de Half-Life 2 (por favor, me apontem um jogo de tiro em primeira pessoa MELHOR que Half-Life 2. Sim, você não encontrará nenhum.) e coçando a beirada da barbicha. Matança daqui, matança dali, tudo muito bom e eis que me toca o interfone.

Tenho uma raiva mortal de interfones. Pra ser franco, os interfones também devem ter uma raiva mortal de mim, considerando que eles só tocam quando não há ninguém em casa e eu estou no banho, cagando ou ocupado jogando Half-Life 2. Mas isso é assunto pra outro post (que por certo só escreverei quando estiver afim).

Interfone toca, lá vou eu me levantando em direção ao fone.

- Sim?
- Caaaaaaaaaaaaiio...

Reconheci a voz na hora. Aquela voz era inconfundível. Irritante, insuportável e com tom de pedição de dinheiro. Entretanto, ela estava com um quê de bichice, como se o interlocutor estivesse com dor de barriga carpa-renal crônica em último estágio. Sim, estava muito gay a voz.

- Rízio, que merda de voz é essa? Resolveu assumir pra todo mundo que é viado?
- Deeesce aaaaéeee véeei...

Daí eu pus o fone no gancho, desci as escadas, atravessei a garagem e vejo uma Belina estacionada na porta da garagem. Cadê o Rízio?

Olho no interior da Belina e só vejo o Seu Geraldo, o lendário pai de nosso amigo Rízio, me chamando pra dar uma olhada por dentro do veículo.

- Que foi, Seu Geraldo... mas QUE PORRA É ESSA?

Vejo o Rízio deitado, TODO ENFAIXADO, com cara de doente em estado terminal, querendo-não querendo chorar, tentando dizer alguma palavra...

- Esse zé-buceta aqui pegou o diabo da moto, deu de cara numa curva com um filho da puta e não deu outra, se fodeu legal. Comeu asfalto igual louco hoje e agora taí tomando no cu.

Olhei pro Rízio e de fato era um estado que dava dó. Ele tava todo fudido, relado pelos lados e a perna dele tava meio enfaixada o que significava que tava bem crítica a situação ali. A cara dele acusava que tava doendo pra desgraçar e que tão cedo a dor não iria cessar. Ruim por ruim, conversamos mais um pouco e Seu Geraldo arranca reto a Belina com Rízio gemendo de dor.

Terça-feira, mesmo dia 20:30

Meu celular toca. Era o Luiz, por certo pra me dar uma notícia que eu já sabia.

- Cara, o Rízio caiu de moto.
- É, to ligado, ele passou aqui na porta de casa.
- Ele é muito burro...
- Isso não é novidade... pior de tudo é que a perna dele tá um cu véio... tu tem que ver.
- Bora subir no barraco dele lá?
- Gogo, já to saindo aqui.

Era uma longa jornada até o barraco do Rìzio. Na subida, falamos de tudo que poderia ter acontecido, chegamos a conclusão de que nosso amigo estava começando a se foder gradativamente e ainda comentei sobre meus avanços no Half-Life 2:

- Não, aí eu peguei a arma anti-gravidade, joguei as cadeiras todas nos soldados, saí metendo bala, explodi o local e depois ainda mandei geral pro inferno com a escopeta.
- Foda.

Ao chegarmos na casa do Rízio subimos as escadas e contemplamos a visão mais tosca.

Rízio estirado na cama de camisa de hippie maconheiro, ciroula que viria até os joelhos, uma faixa enrolada na perna e uma cara de cu que se abriu (a cara, não o cu) ao nos ver. Por certo, queria ouvir palavras doces e aconchegantes dos amigos.

- Burro.
- Anta.
- Pra que tu foi pegar uma desgraça duma moto pra ir ali embaixo no morro?
- É um cavalo mesmo.
- Eu devia era mijar em cima da ferida dessa perna gorda sua.

Ele deitado, ouvia e balançava a cabeça, como que afirmando: "pois é, não devia, vacilei..."

Ruim por ruim, ele tava pelo menos respirando, embora tava na cara que doía demais. Dava dó, mesmo sendo o Rízio.

Sábado - 16:00

Eu e o Luiz dentro de um busão. Desde a terça-feira, havia dado merda geral. Rízio piorou e teve que ir ao hospital, ia dar uma gangrena naquela bicheira da perna dele, e rolou até cirurgia. Mas de boa, no sábado ele já estava legal e em repouso padrão, nada demais.

De dentro do busão eu e Luiz conversávamos.

- Cara, você já visitou alguém em hospital?
- Ah, minha avó uma vez. Mas faz tempo.
- O que ela tinha?
- Sei lá.
- Ah.
- ...
- ...

Descemos do busão e nos vimos em frente ao Hospital Márcio Cunha. O prédio é enorme. Simplesmente colossal, achar o Rízio ia ser uma tarefa árdua. Só então descobri o tipo de serviço que uma recepcionista faz. Nos dirigimos pra lá e ao chegar olhamos pra uma loura gostosa, olhos verdes, seios levemente grandes mas não exagerados, cara de moça que nunca fez nada de errado na vida. Era pra casar mesmo.

- Ahn, oi.
- Boa tarde, em que posso ajudá-los?
- Ehr... ahn...
(naquele tempo eu gaguejava ao conversar com garotas bonitas. Mesmo que eu jamais fosse pegá-las, eu gaguejava) é que viemos visitar um amigo... acidente de moto...
- Pode me dizer o nome dele...?
- R-R-Rízio Pi-Pires. Rízio Pires.
- Ah sim...
- e após um tempo digitando e olhando para o monitor do computador - aqui está.

E me deu um crachá indicando o andar que ele estava, o nº do quarto, me indicando até mesmo como chegar ao elevador. Se ela não estivesse fazendo o trabalho dela, diria que ela gostou de mim.

Não deu outra, seguimos pelo corredor enorme até tentar encontrar o dito elevador. Encontramos duas portas: uma dava pelo elevador, outra pela escada.

- Ahn... Luiz, a gente se encontra no 5º andar então...
- QUE? Vamos de elevador oras!
- Não... eu vou pela escada.
- Você é louco? São 5 andares, seu animal!
- Eu sei...
- eu sempre tive um medo estranho de elevadores. Entrar em uma caixa que tem apenas 97% de chance de não cair e me fazer um defunto não era uma idéia que me agradava. Não é trauma, trata-se simplesmente de evitar um possível (quase impossível, mas possível) acidente.
- Cara, entra logo aqui...
- Eu não, falou.
- e segui pelas escadas.

Não deu outra, o Luiz veio atrás correndo e praguejando. Não sei por que, quando amigos estão juntos, raro eles se separam, exceto para ir ao banheiro. O que daria errado se Luiz pegasse o elevador e me encontrasse bufando de sede ao subir uma série de 5 andares de escada? Mas nãããããão, ele quis vir junto.

OLYMPUS DIGITAL CAMERA         Começamos a subir as escadas, e afirmo uma coisa: ERA ESCADA PRA DESGRAÇAR. Não to zuando, os 5 andares pareciam 250 andares. Parecia não ter fim, e de fato, não chequei se tinha fim mesmo. Depois de subir muuuitas escadas, chegamos à porta do primeiro andar.

- PORRA, PRIMEIRO ANDAR?
- Cara, eu te mato por ter que subir todas as escadas ao invés de usar o elevador.

Subimos mais escadas, morrendo de cansaço. Minutos depois, encontramos a porta que abriria para o destino: o quinto andar!

Giramos a maçaneta e eis que vem à luz! O quinto andar.

Se tratava de um corredor ENORME lotado de portas, porém não é aquele padrão de hospital que você vê em filmes americanos com mães sentadas nos bancos, chorando pela morte ou doença de seus filhos, enfermeiras gostosas indo de um lado para o outro e médicos tentando falar ao telefone. Pelo menos não naquele momento que estávamos ali. Tratava-se de um corredor calmo, com raros momentos em que uma das portas era aberta e saía de lá alguém. Visitas, enfermeiras, médicos, médicas, o escambau a quatro.

- Porra, qual é o quarto do Rízio?
- Cara, 507, tá aqui no crachá...

Aí começamos a procurar. Nunca vi um lugar tão cabuloso igual um hospital. TUDO É MUITO, andares, corredores, portas, enfim. E ao procurarmos, descobrimos o 505!

- Aqui 505, próximo... 506... pilastra... 508... QUE PORRA É ESSA?
- Cadê o 507?
- Sei lá... vai ver é igual Harry Potter, tem que passar por uma pilastra...
- Ahn? Tem isso no Harry Potter?
- Cara, vai ler Harry Potter, e entenderás o que eu te digo.

Eis que me surge a salvação de todos os problemas ou pelo menos boa parte deles no que diz respeito à localização: UM BALCÃO.

Aí a mulher (que desta vez, não era gostosa. Era uma barriguda de bigode.) nos explica aonde fica o quarto 507, que era LONGE do 506 e do 508. Provavelmente era no corredor dos pacientes que já iam dessa pra melhor muito em breve. E nosso amigo estava entre eles.

Seguimos e entramos no quarto 507.

Nunca vou esquecer dessa cena.

Esperávamos entrar em um quarto e encontrar o Rìzio chorando, morto de desesperado por ter tomado aquele acidente e jurando que se saísse dessa vivo, ia tocar White Metal pro resto da vida.

Mas o que vimos foi ele alegrinho na cama, vendo TV, se divertindo e comendo um pedaço de chocolate. O pernão fudido tava levantado por um suporte, e ele tava mais alegre que eu em anos...

- Que pica é essa?
- Aoooo galera! Que bom que vocês vieram!
- Bom o cacete! Tu tem noção do quanto a gente demorou pra encontrar essa porra de quarto?
- Faz parte. Chocolate?
- Enfia no rabo, quero não.

E se seguiu a tarde inteira de trocas de gentilezas como essas. Com TV a cabo no quarto, enfermeiras gostosas dando remedinho na boquinha, e ele de boa naquela cama, que mais ele queria? Se fosse pra topar com uma loira daquelas na recepção, enfermeiras gostosas me visitando e perguntando se eu precisava de algo (sexo oral, por favor...) eu pegava uma CG Titan e me dava de cara no poste naquele dia mesmo. Era uma espécie de oásis de garotas gostosas que fazem aquilo pra não te ver mal (ou pra não perderem o emprego né...).

Deixamos nosso amigo cabeçudo (chulispa) lá, mas é claro, eu fiz questão de me despedir da moça da recepção:

- Tch-tchau mo-moça!
- Tchau.
- e deu tchauzinho. Naquele momento, meu mundo se desabou. Ela era casada! Tinha uma aliança, eu sei que era uma aliança!

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Angú

Cara, contei do angú?

Claro que não contei do angú, se tivesse contado, eu me lembraria.

Já se viram em uma situação que você recebe uma ordem que nunca esperaria receber dessa pessoa? Ou seja, um professor de cargo respeitável sugerindo que faça algum tipo de merda que você a princípio acha que é contra as regras, mas mediante uma ordem superior...

O cenário se passa na Escola Técnica JK, aonde eu estudo até hoje. E claro, até ano que vem, já que repeti de semestre.

O horário é por volta de 09:30 e nosso professor de Eletrônica Digital vem humildemente avisar que não haverá a aula de 12:00, como normal. A comemoração na sala é total e a negada até grita em coro de alegria. Fazem o inferno, gritam feito renas loucas atingidas por flechas cujas pontas estão contaminadas com substâncias venenosas, tendo contagem regressiva de vida e muitas lágrimas a derramar.

O alarde é parcialmente total (?) na sala e após a comemoração, ele avisa também que é por causa disso e daquilo. Desta vez eles não comemoram, por que não interessa o motivo de não haver aula. O que interessa é que não vai ter, pronto e acabou. Se for por luto, foda-se quem é o defunto, se for por motivos de força maior, dane-se a força maior. Sim, era assim que funcionava na minha sala. Aliás, funciona até hoje. Aliás número 2, aposto que é assim em muitas outras salas de aula.

Tudo se resumia a simplesmente não sair mais tarde do turno escolar, e o povo comemorava aquilo como a vitória na Copa do Mundo e melhor, sobre a França. Comemoravam tanto que provavelmente o Zidane quebrou o pescoço e houve genocídio sobre toda a torcida francesa.

Não me entendam mal. Aulas até o meio-dia eram um porre, todos mortos de fome, prontos pra pegarem o rango em casa e o pessoal me vem com aulas após o período normal? Hoje isso é totalmente aceitável, afinal já temos todos idade pra assumir nossos compromissos, mas antigamente as coisas não eram interpretadas assim. Haviam poucos alunos na sala que trabalhavam e os outros se preocupavam em conquistar as mulheres da sala de Enfermagem.

No meio da baderna, nosso professor chama a mim e mais alguns alunos para uma tarefa dixavada.

Tratava-se do seguinte:

- Pessoal, me façam um favor, tá vendo essas vasilhas lotadas de angu velho? Pois é, juntem entre vocês aí, 2 a 2, e joguem esse angu todo lá atrás...

O angu em questão era o da festa junina, que havia sido no sábado anterior. Tava na sala desde então, por que havia sobrado muito.

- Como assim professor? Lá aonde?
- Lá atrás ué...
- Lá atrás onde?
- No estacionamento ali mesmo...

A gente olhou pra ele meio que não entendendo... aí um disse...

- Tem boeiro no estacionamento da escola? Nunca vi!
- Não, não tem. Joguem no meio das plantas lá mesmo que ninguém vai nem notar não...
- AHN?

Ninguém entendeu nada. Eram umas 2 ou 3 panelas lotadas de angu... ia dar uma lambança desgraçada e o pau ia quebrar se alguém visse a gente fazendo aquela merda. Ainda mais, jogar angu no meio das plantinhas, ia ficar um puta cheiro do capeta (o angu ficou sem ser conservado, tava fedendo...)

- Então tá...

Levantamnos uma panela e fomos levando na boa. Aí eu vejo a Tia Penha, a monitora-come-rabo-de-aluno-matador-de-aula no fim do corredor. O corredor lá é bem extenso, ou seja, questão de centenas de metros separam uma pessoa do começo ao final. Logo, natural que ela não estava entendendo o que 2 alunos estavam fazendo com uma panela em pleno horário de aula. Istoé, se ela sequer viu a gente. Na dúvida, quebramos pra primeira sala que a gente viu ao lado, pra evitar possíveis começões de rabo. Por mais que a ordem tenha sido dada pelo professor, era mais ou menos errado o que estávamos fazendo e nem sob ordens estávamos livres...

Acontece que a gente entrou em uma sala de enfermagem, um laboratório pra ser exato. Em aula. Lotada de alunos. Elas estavam em plena experiência com algum sei-lá-o-que, que não parecia ser de verdade. Elas olharam pra panela, aquele angu fedido, e perguntaram que desgraça era aquela...

Não antes de tentarmos voltar e tropeçarmos no vão da porta. No meio do tropeço, a panela fez um impulso pra frente, mas conseguimos manter a estabilidade. No entanto, um pouco de angu voou pra fora, fazendo aquela pequena, mas considerável meleca no corredor.

Veio a faxineira, que como disse em outro post, NINGUÉM NUNCA SABE O NOME e vê aquela merda feita. Foi a deixa pra ela olhar pra nós, os autores e começar a falar no nosso ouvido.

- QUE PORRA É ESSA?
- Não é porra não tia, é angu...
- Que cacete vocês tão fazendo com esse panelão de angu aqui no meio do corredor que eu acabei de limpar?
- É que...
- Cala a boca! Leva esse carai pra longe daqui agora!
- a véia xingava muito.

Saímos de fininho deixando a véia praguejando lá (e como praguejava... só em menos de 15 segundos, ela invocou o demônio umas 8 vezes, deu uns 10 a 12 nomes diferentes ao genital masculino e ainda nos mandou tomar no cu mais umas 15 ou 20 vezes.) e continuamos com o angu em mãos, mas desta vez pingando. Era devido ao nosso tropeço.

Enfim chegamos ao portão do estacionamento. Que claro, estava fechado, era horário de aula. Tentamos chamar pelo detentor da chave, que nada respondeu. Silêncio... o angu tava fedendo, e a peste do portão fechado, o que fazer?

Aí analisamos o terreno. Eis a planta fornecida por um dos engenheiros do projeto da escola:

planta 

Ruim por ruim, poderíamos subir até a janela e tacar o bagulho de lá. Foda-se, ninguém viu, era horário de aula.

Então, subimos a escada com o panelão na mão e tacamos aquela treta de lá de cima, sem ninguém ter visto mesmo. O chão do estacionamento naquele dia se viu um pouco mais amarelo, e o curioso é que haviam ordens superiores para deixá-lo daquela forma.

Sim, claro que analisando hoje, cumprimos as regras de forma totalmente errada, e isso não me deu direito de foder com tudo literalmente. O que eu fiz foi acatar uma ordem dada, mas de forma errada. De qualquer forma, é nessas horas que se encaixa o fator intenção. Posso ter feito merda, mas não tive intenção de fazê-la. Ou se fiz com intenção, ao menos me preocupei em dizer que não tive quando o diretor nos mandou limpar aquilo depois.

Claro que não entregamos o professor. Ele não se manifestou, aquele puto! Mas tudo bem, ele nos deu pontuação suficiente pra passar de ano naquela ocasião.