domingo, 31 de agosto de 2008

Blog Day 2008

                       BlogDay-2008

Oh que treta... Hoje levantei, cocei o saco, vi um filminho de leve e resolvi usar a internet (fazendo nada né...). Eis que me vejo no blog do Ghedin que hoje é 31 de agosto. Ou seja, Blog Day!

Trata-se de uma data comemorativa e o demente que criou essa data comemorativa pra esse dia (31/08) só o escolheu por ler "3|0g" nele. Falta de couro é foda.

Mais trouxa sou eu de participar de tamanha mongolóidice, mas acredite, é natural de minha parte. Portanto, seguindo o protocolo universal do Blog Day 2008, vou listar aqui 5 blogs que são respectivamente os meus preferidos. Atenção, valem uma visita com certeza.

Hoje é Um Bom Dia - Blog muito famoso, conteúdo humorístico excelente, tudo criado pelo próprio autor do blog (que é meio estrelinha...) que é um imigrante brasileiro que foi ao Canadá. Conta causos do dia-a-dia, resenhas nerds e outras coisitas mas. Excelente blog, exceto pelo publicozinho baba-ovo. Qualquer um que ele criticar em suas páginas, os leitores compram a briga pra si também. É o melhor exemplo de mela-saco virtual que eu já vi. E não tiro o mérito do cara: é um excelente escritor de causos e tem um bando de tapados o seguindo meesmo. Eu entro no blog do cara e não sei se rio dos contos ou do público jamais discordando de suas palavras. E o melhor: ele sabe disso e usa isso muito bem. =)

Rodrigo Ghedin - Blog com conteúdo mais inteligente, voltado para assuntos diversos também. Porém, aqui é usado uma linguagem mais bem trabalhada e tem um pouco de conteúdo de Direito também, que é a faculdade que o autor cursa. Excelente blog, vale DE FATO  uma visita. E foi de lá que soube do Blog Day.

Malvados - Quando eu estou afim de cagar de rir, eu vou nesse blog. Não sei se é exatamente um blog, mas as tiras publicadas lá são de humor-negro matador, escrachado e foda. É pra cagar de rir MESMO.

Piratas da Web - Melhor blog de downloads. Foda, dispensa comentários. Visite e saia baixando tudo o que ver.

WinAjuda - Assuntos Windows diversos, já me tirou muitas dúvidas. Um dos melhores sites de informática do Brasil, devo dizer.

No mais, somente esses mesmo... tenho mais blogs a listar, mas a regra pro BlogDay é somente 5. Até.

Só pra constar: o link do Technorati - http://technorati.com/tag/blogday2008

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Metallica - Death Magnetic

Depois de quase 7 anos sem lançar nada (e considerando que o último lançamento foi uma merda na opinião dos fãs) e com um histórico não muito agradável de discos lançados ultimamente, o Metallica finalmente finalizou seu mais novo disco, Death Magnetic.

metallica-death-magnetic-369Uma curiosidade que me chamou a atenção é que o Metallica tem um histórico de descaso com os fãs imenso. CDs deploráveis, fases não menos porcas e há quem diga que depois do Black Album, o Metallica não fez mais merda nenhuma além de pura merda. Pra ser franco, depois da treta de Lars Ulrich, o baterista do Metallica, com o Napster, eu fiquei surpreso ao saber que Death Magnetic estará disponível no Napster (que agora é pago).

Não é segredo para os fãs de que o que os caras querem mesmo é dinheiro. Não tiro a culpa deles, eu também quero. Mas faço questão que você, caro amigo internauta, veja o clipe de One, analise o tipo de banda que o Metallica era e veja hoje o tipo de banda que eles se tornaram. Pior? Melhor? Sei lá.

O que eu sei é que a banda mudou de estilo TOTALMENTE. Os mais trus se revoltaram leras. Pudera, eu imagino uma tropa de metaleiros fedidos e revoltados ao saberem que seus ídolos se tornaram uns mauricinhos vendidos. Oh, é o fim do mundo.

Acredite, não digo muito isso do Metallica por que o disco que mais acompanhei deles foi o Master Of Puppets e o S & M que é o orquestrado. Ambos excelentes álbuns, que me valeu a compra.

Então, ao produzir Death Magnetic, Metallica tinha a missão de reaver o respeito dos antigos fãs, já que dinheiro eles tem até pra limpar o cu. Pra isso, colocaram Rick Rubin na produção pra garantir que não sairia merda dessa vez. Entre artistas produzidos por Rick Rubin estão Red Hot Chilli Peppers (Blood, Sugar, Sex, Magik, Californication e Stadium Arcadium. Além de By The Way e One Hot Minute também.), Slayer, System Of A Down, Beastie Boys, Slipknot, Linkin Park e agora o do Metallica. Ou seja, tudo que o cara toca vira ouro, ele definitivamente foi o cara escolhido para salvar a moral do Metallica.

Ok, eis que é solto na rede, o novo single deles, The Day That Never Comes. Após fazer o download, não esperei nada muito bom, já que o Metallica poderia cagar tudo de novo.

Fico feliz por estar enganado. The Day That Never Comes é uma das melhores músicas lançadas pelo Metallica nos últimos tempos, segundo fãs. Nasceu um clássico, e a expectativa que eu tenho com o novo álbum é grande. Voltaram aos velhos tempos e eu estou aguardando, por que definitivamente Death Magnetic é a ressurreição do Metallica. Gogo Hetfield!

E Dave Mustaine, chupa essa.

[ Update: eu não compro o disco original pooorr nada. Eu compraria, mas se o Metallica tá tão preocupado com sua fortuna perdida via downloads no Napster, eu vou é fazer download dessa merda mesmo. Eles vão ter é meu apoio de fã, não meu dinheiro. =) ]

[ Update 2: saiu mais uma música pra download: My Apocalypse. Até agora são 2 músicas e vários trechos. Eu quero o CD inteiro porra! ]

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Excursões, escolas e castigos

Cara, excursão com a escola é foda. Sempre foi e acredite, uma das melhores partes de uma escola são as excursões que a mesma promove. Quando pivete, eu participava de todas, era um piolho de excursão mesmo. E claro, por alguma razão eu sempre era acusado de roubar o pão na casa do João.

onibus Sempre era obrigatório o bilhete assinado pelos pais, o lanche e o uniforme devidademente providenciado, de acordo com o que dizia no bilhete. Era, de fato, um ritual a ser seguido sempre, e no dia seguinte uma coisa era certa: alunos mongolóides com pais ausentes esqueceriam os bilhetes, chorando feito reféns em um banco tomado por terroristas. Seus prantos por não poderem entrar no busão e seguir caminho para o destino da excursão.

Não adianta chorar, espernear, pedir pufavorzinho. Tia Rosana (não era esse o nome da coordenadora, eu só estou usando nome fictício, por que ela é amiga de mamãe.) era implacável em suas ordens. Quem não tivesse bilhete, que fosse pra sala de aula berrar a vontade. Que se dane. Ninguém mandou ser dudu e esquecer a assinatura da mãe.

- Mas eu não tenho mãããããããããe, tia! - era a resposta a ser dada para tentar escapar.

Lembro-me de uma vez de um tal de Rodrigo que estudava na minha sala em meados da 3ª ou 4ª série. iríamos fazer uma excursão, veja bem, ao Aterro Sanitário de Ipatinga. Não sei que diabos a escola nos mandaria para um lugar aonde se concentra toneladas de lixo ipatinguense e região. Um dia antes à excursão, tia Rosana entrou na sala e fez aquele lendário discurso de funcionário efetivado (que não pode ser demitido, a menos por razão MUITO boa. Matar um aluno por exemplo.) que dizia:

SALA DE AULA DCNAT - Olá classe.
- Ooooi tiiiiia ROSAAAANAA!
- respondiam. Eu não, eu sempre deixava os trouxas gritando para economizar voz. Hoje tenho uma enorme quantia de economia de voz. Se voz fosse moeda corrente nesse país, eu estaria milionário. Ou não, já que sou vocalista. E vocalista ruim ainda, por que gasto mais voz que o normal. Um bom vocalista gasta pouca voz.
- Classe, quem aqui tá querendo ir ao Aterro Sanitário?
- EEEEEUUUUUU TIIIAAAA ROOOOSAAAAAANA!!
- mais uma vez todos respondem. Eu é claro, não iria responder uma pergunta como aquela. Por que eu iria conhecer uma merda de um lugar que deposita lixo? Quero ficar em casa jogando Donkey Kong!
- Classe, prestem atenção aqui em mim! Estão vendo essa folhinha? Estão? Aí atrás, todos estão vendo? CAIO, TIRA O DEDO DO NARIZ A-GO-RA! - e assim, eu tiro o dedo do nariz, que estava com respeitável catota impregnada no interior. - Pronto. Esse papel, vejam bem é uma au-to-ri-za-ção. Vocês não podem ir para o passeio sem a autorização, estamos entendidos?

E fez aquela explicação de qual a importância da autorização, já que se der merda com algum aluno lá (cair dentro de um compactador de lixo por exemplo ou ser atropelado por um trator.), a autorização impede que o cu a ser comido seja o dela. Ou seja, o objetivo não é prevenir o acidente e sim tirar o seu da reta. Ou algo assim.

Deixando claro pra todos na sala ficarem bem entendidos que sem autorização NINGUÉM VAI, Tia Rosana dá meia-volta e sai da sala, olhando é claro, pra mim e dizendo:

- Caio, você. Na minha sala. Agora.

E geral ficou rindo de mim. Me senti muito mal naquele momento. Chamando-me para uma conversa em particular na minha sala, Tia Rosana fez com que todos os meus coleguinhas na classe rissem de mim, chamando-me de boboca, bobão, e outros apelidos extremamente ofensivos que mais tarde fariam com que minha personalidade infantil entrasse em colapso com um provável complexo unifilar de alto teor ofensivo. Simplificando, ela queria era meter pressão.

Percorri o longo corredor da escola e no caminho, me lembro bem, avistei a tia da faxina (que assuma, ninguém NUNCA SABE O NOME) e ela olhou pra mim com cara de "passa logo moleque, eu tenho que varrer esse chão". Viramos à esquerda, subimos um pequeno lance de escadas, seguimos reto e chegamos em fim à sala.

Ela entrou, fechou a porta e me mandou sentar.

- Sabe por que você tá aqui?
- Por que eu saí de onde eu estava e vim pra cá, oras.
- meu senso de sarcasmo era grande quando moleque. Mais tarde isso me daria uma série de problemas, mas isso é assunto pra outro post.
- Caio, você me entendeu. A professora me disse que não precisava ter essa conversa com você, mas eu penso diferente.
- Mas por que professora? EU SÓ TAVA LIMPANDO CATOTA DO NARIZ!
- Você sabe do que eu estou falando.
- Do que?
- Você bateu no Rodrigo com um caderno e um relógio de pulso ontem?
- QUE?

PUTAQUEOPARIU, o filho da puta me caguetou pra direção! Gordo mentiroso, eu não tinha feito nada disso! Eu só pedi o meu caderno de volta e o zé ruela não me devolveu. Aí eu peguei a força e como eu usava um GumWatch na época acabou arranhando ele e machucando (sorry, não encontrei imagens desse relógio na net. Mas eu nem procurei direito também...). Mas não foi por querer!

- Bateu ou não?
- Tia, eu não fiz isso!
- aí expliquei a situação pra ela. Mal-comida que ela era, não deixou por baixo e resolveu usar a excursão pra me castigar, não deixando eu ir.
- Infelizmente Caio, você não vai ao Aterro.

Na hora eu fiquei puto. Não por não ir ao aterro, é mais por ter que assumir um erro que não foi meu. E não aquela raiva que você deixa transparecer, falo daquela raiva que começa a espetar por dentro e você não demonstra, guardando apenas pra você. Naquela hora, eu não respondi nada.

- Tá.
- Tá?
- É, tá. Ué, se você me proíbe de ir, eu não vou. Mas eu já expliquei, tia, não foi por querer.

Ali eu vi o valor de se manter com a opinião a qualquer custo. Ela olhou pra mim e só falou:

- Tá Caio, pode ir pra sala.

Eu só levantei, saí da sala, olhei pros lados e vi que o recreio tinha começado. Todo mundo correndo de um lado pro outro, daí eu vi um cara da minha sala e perguntei na hora:

- Hey, hey. Viu o Rodrigo cara?
- Vi não véio... ele tava aqui agora a pouco, eu acho.

Daí eu resolvi procurar na sala de aula. Nada. Ninguém tinha visto ele. Cheguei a perguntar pra Aline, uma amiga minha e ela não soube também. Na mesma hora, lembrei que tinha que mijar e tomar água, por que no meio da aula era difícil da professora deixar isso.

Rumei para o banheiro e entrei em um dos box. Comecei a mijar e ouço coisas que não eram normais. Como por exemplo, uns "snifs" de choro do outro lado do banheiro. Daí eu saio e começo a olhar por baixo de cada porta. Nada. Nada, nada. Quando eu chego no último box, está um par de tênis, umas pernas gordas e o som de alguém assoando o nariz depois de ter chorado.

Bati e uma voz respondeu chorosa.

- Vai embora!

Reconheci a voz na hora!

- RODRIGO??!?! Seu gordo escroto! Me dedou sem motivo! Você sabe que eu não te bati por querer!
- Vai embora!
- Não vou, você me deve explicação, seu merda!
- e com meu instinto assassino, comecei a bater na porta com o pé até ele abrir e aparecer com a cara inchada de tanto chorar.
- Cara, não foi por querer que eu te dedei!
- Como assim, "não foi por querer"? Tá me dizendo que alguém te obrigou a ir lá me dedurar?
- Não! É que a tia viu a marca do relógio no meu braço e perguntou quem foi... CARA, EU FALEI QUE FOI SEM QUERER, MAS MESMO ASSIM ELA NÃO ACREDITOU! Aí eu falei seu nome! Desculpa cara, desculpa mesmo.

Aí eu analisei a situação. Bem que poderia ser verdade o que ele estava me dizendo. Não cheguei a pensar nisso naquele dia, mas hoje eu penso e bem que a Tia Rosana pode ter visto a marca, colocado o pequeno bolo fofo contra a parede, e fazer ele dizer o que ela queria ouvir. Manipular uma criança de 10 anos pra falar o que você quer que seja a verdade é a coisa mais fácil do mundo.

- De boa cara. Tem nada não. - respondi. A culpa não era dele. Pelo menos ele não teve a intenção. - Mas por que você tá chorando aí no banheiro?
- Por conta disso cara. Agora você tá de castigo né?
- Estou. Não vou na excursão pro Aterro. Mas que se dane.
- Cara, desculpa mesmo.
- Deixa pra lá.

E voltei pra sala. Pelo menos PRA MIM, a inocência tava provada. Não tinha idéia da seriedade da situação naquele tempo, mas acredite, hoje eu analiso e é muito fácil saber qual era a verdadeira intenção de Tia Rosana: mostrar serviço. Pegou um pra Cristo e pronto.

Nem pensei muito naquilo durante a aula naquele dia. Nem vi direito o Rodrigo também. Pra falar a verdade, eu nem pensei naquilo durante um tempo, até que me entra a Tia Rosana e me chama pra conversar com ela. DE NOVO, pensei eu...

Segui o mesmo caminho até a sala dela, vi a mesma tia da faxina no mesmo lugar (o que me leva a crer que ela era ruim de serviço) e entrei na sala.

Seguindo o ritual padrão, ela me mandou assentar.

- Caio, sabe por que está aqui? - Ela sempre tinha que fazer a mesma merda de pergunta. Eu também daria a mesma resposta.
- Por que eu saí de onde eu estava e vim pra cá, oras.
- Caio, o que acontece é o seguinte. Você me explicou a situação e o Rodrigo veio cá me contar o que aconteceu. Você tá fora do castigo.
- Ah. Tá.
- Tá?
- É, tá.
-... pode ir pra sala.
- Tia...
- Oi? - e ela olhou pra mim.
E lá estava eu, limpando catota do nariz.

E assim terminou. De qualquer forma, minha mãe coruja olhou o bilhete e me obrigou a ir pra excursão, o que renderia mais assunto pra esse post, mas eu tenho que economizar posts, estou perdendo criatividade, e se meus texto já são chatos, a tendência é piorar daqui pra frente. xD

Rodrigo? Bom, não era esse o nome do garoto, e pra ser sincero, o nome do garoto era um nome que só ele no mundo tinha. Ele se magoaria muito, pois já tinha uma queda pra ser gay, e todo muno na sala abusava dela em relação ao seu modo feminino / gordura exagerada, de modo que eu tive uma certa dó dele e deixei toda aquela história pra lá, mesmo por que ele não teve a culpa. Por favor galera, era só um gordinho que não tinha modos de menino.

 

 

 

 

 

 

 

Nota final: cá pra nós, eu não era tão inocente assim. O que aconteceu foi que eu estava quieto e o Rodrigo pegou meu caderno sem me avisar, só de sacanagem. Eu peguei o caderno de volta e ainda dei uns sopapos naquele leitão pra ele ficar esperto, esperando que ele fosse ao chão pra bicudá-lo mais e mais. Fiquei com pena e deixei isso pra lá. Claro que minha versão prevaleceu. Pela lógica, ele que era gordo, deveria me encher de porrada, que sempre fui magro. Mas parece que ele era mocinha demais, sei lá.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Novos horizontes

gritoct5

Galera, só pra dar um aviso rapidinho:

O Grito de Alerta, comunidade cristã da qual eu faço parte, inaugurou um blog e agora também estarei postando textos lá. Textos avacalhados e escrotos serão lidos aqui, e temas sobre sociedade, responsabilidade social e cristã, além de alguns outros temas ligados ao assunto principal (cristianismo e seus conceitos) serão lidos LÁ.

Blog Grito de Alerta // Comunidade no orkut Grito de Alerta

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Cordeirinhos pernetas

Cara, nada como uma boa injeção de ânimo e um feriado definitivamente numa sexta-feira. Seria melhor se fosse na quinta, pois ái emendaríamos a sexta e ficaria de boa uns 4 dias seguidos.

Mas não é sobre isso que eu, escritor do blog venho lhes escrever no dia de hoje. Hoje eu simplesmente me lembrei de um tema, que apesar de não ter prometido no blog (o que não significa MERDA NENHUMA, já que eu não iria cumprir MERDA NENHUMA mesmo) é falar de um assunto um tanto peculiar a todo ser humano pisante nessa terra maldita. Falo dos 3 elementos observadores de todas as pessoas no mundo. Otimismo, realismo e pessimismo.

Só pra constar, antes de começar: eu não sei o que significa "peculiar".

Um bom exemplo do que é isso, com a famosa história do copo e seu conteúdo. Há um copo sobre uma mesa é há água nele até a metade, correto? Ótimo. Copo. Água. Metade.

CopoDeAgua Pra um otimista, o copo está meio cheio. Já para um pessimista, o copo está meio vazio. Para o realista, o copo tem água dentro e pronto. Se não der pra matar a sede, ele vai pegar mais.

Não pense você que o otimista sempre está certo. De forma alguma. Já vi casos de otimismo que teriam melhores resultados se fossem chamados de "ridicularização", "idiotice", "tosqueira", ou qualquer algo do tipo. Já vi casos de otimismo que chegam a ser escrotos o tanto que esse tipo de pessoa espera que a solução caia dos céus, um milagre ou qualquer outra forma que não seja o auto-esforço. Fé é uma coisa. Burrice é outra.

Um bom exemplo é o caso dos cordeirinhos pernetas, já ouviram falar, caros amigos? Então senta, que lá vem a história!

"Havia em uma fazenda uma criação de cordeirinhos e um deles era, coitado, perneta. Sempre era o mais excluído da galera, e as cordeirinhas nunca quiseram sair com ele. Era, de fato, a "ovelha negra".
O dono da fazenda tinha três filhos. O mais velho era pessimista, o do meio era realista e o mais novo era otimista.

Eis que surge o mais velho e diz:
- Esse cordeirinho não vale muito dinheiro. É perneta coitado, não é bom de mercado. É um inútil.
Mas pouco tempo depois, o do meio disse para o pai.
- Pai, sei que pensa em vender o cordeirinho perneta, mas infelizmente, devo-lhe dizer que será difícil, embora não impossível, conseguir um bom dinheiro nele. Apesar de perneta, ele tem o pelo bom e é de raça. Seria bom tentar, mas não vá com esperança.
Aí o mais novo, que quase sempre é o mais felizinho, diz no exato momento para o pai:
- Papai, o senhor vai vender o cordeirinho? É um excelente cordeirinho, vai conseguir um bom dinheiro nele! Aposto que juntará diversos compradores em torno do senhor e lhe darão o maior valor possível.
Eis que o pai ouviu os 3 e rumou para a cidade para vender o cordeiro. Passam-se dois dias e eis que surge o velho em meio ao horizonte, sem o cordeiro, mas com um largo sorriso. Aí o pessimista pergunta:
- Pai, como foi, conseguiu vender aquele cordeiro inútil? Aposto que lhe pagaram uma mixaria nele.
O realista:
- Pai, o senhor demorou, conseguiu vendê-lo? Espero que sim, a procura não deve ter sido em vão?
E o otimista.
- Papai, papai (o que me leva a pensar que esse era o filho gay do fazendeiro), vendeu o cordeirinho? Aposto que lhe pagaram milhares de contos de réis nele (essa história é do século XVII ou XVIII, quiçá alguma outra época que use como moeda os contos de réis).
O pai olha pra todos os filhos e diz, em alto e bom som:
- Não consegui vender.
- Por que, ninguém quis?
- Não, no meio da estrada me deu fome e como não havia local para parar e comer, matei e fiz uma churrascada dele. Eis que vinham passando três camponeses e se juntaram pra comer comigo.
- Que bom papai. O senhor fez caridade!
- Bom uma ova! Eram 3, e cada um comeu uma coxa! Fiquei com o pescoço!
- E ainda cuspiu no chão dizendo: - CARNE RUIM DOS INFERNOS!

É uma história que não tem o menor embasamento para se ter aqui, mas convenhamos caros amigos, que pelo menos uma lição podemos tirar: só compre cordeiros se tiver as 4 patas. E outra lição, o otimista tem fama de viadinho quando fala "Papai, papai".

Reza o fato que se, por um lado, o otimista nem sempre tem razão, o pessimista também não é lá o senhor da verdade. Parece uma língua maldita. Tudo que sai da boca de um pessimista, parece que é agourando maldições para, mesmo que não seja proposital, tacar areia em planos alheios.

titan-2002-1 Como exemplo o funcionário da usina que acaba de receber a PL (Inveja! Se eu tenho a noite de sono, eles tem a PL periodicamente! Hora boa pra dar entrada em um Uninho 1.0! Se ao menos aceitassem noites de sono como entrada pra parcelar em 36x tardes de domingos depois da macarronada...), um amigo chega perto da sua CGzinha Titan 2004 com alguns milhares de km rodados e fala com a boca cheia:

- Sei não hein? Essa moto, dizem que é péssima qualidade. E rodada ainda...

Esse é o tipo de pessoa mais deprimente possível em uma sociedade. E geralmente, esse tipo de pessoa é das duas, uma:

1 - Não tem nada.
2 - Tudo que ele tem, não foi conquista dele.

A pessoa simplesmente tem que agourar o que é do outro. Isso já deixou de ser pessimismo pra ser inveja. Eu conheço uma diversidade enorme de pessoas assim.

Então, o pessimismo sozinho não é exatamente um defeito grave. O problema é que o pessimismo é igual sacoleiro voltando das terras do Paraguai, NUNCA VEM SOZINHO. Ou seja, a pessoa pessimista é também invejosa, agourenta, ruim de conversa, chata, e pessoas assim tem fortes tendências a serem a exclusão mórbida da sociedade, juntamente com os ciganos e os hare-krishna, se é assim que se escreve, eu sei lá. Falando nisso, em breve terá posts sobre os ciganos e suas manias. Isso se eu conseguir me embrenhar em uma comunidade cigana até o dia do post.

Por fim, mas não menos importante, o realista.

O realista cresceu num mundo na cabeça escrota dele, e esse mundo é todo padronizado. Isso vai sair dessa forma, pronto e acabou. Sempre foi assim, e sempre será. Ou seja, pra ele, não existem circunstâncias adversas. O que ele olha é o princípio, meio e fim, e não os desvios que essa merda pode dar no "meio".

O problema é que no mundo padronizado na cabeça escrota do realista, tudo é premeditado. As merdas que podem acontecer são automaticamente fáceis de serem identificadas e são em quantidade limitadas. Raras ocasiões são as que o realista pensa em tudo que pode acontecer, calcula prováveis ocorridos, planeja soluções e saídas para os mais diversos problemas e ainda dá tempo de contar vantagem por ter feito isso.

"Catito, quer dizer que o realista é limitado?"

Eu não disse isso, caro idiota. O que eu disse foi que o SPSPDM (Sensor de Percepção de Situações que Podem Dar Merda) só calcula o que pode acontecer em uma situação criada em um ambiente na mente dele. Ou seja, não se trata de limitação e sim de um costume adquirido por usar como fonte de informação somente a mente dele.

Ou seja, o realista, calcula somente o que ele considera REALISMO. Ele não pensa se algo pode dar errado ou se algo pode dar certo. O que ele pensa é que algo pode dar algum resultado, seja ele bom, seja ele ruim.

"Ah Catito, mas o realista só pensa no realismo por que não existe fantasia."

207211941_7f41fd1e76 Exatamente, caro idiota. Não existe fantasia. Mas existem perfeitamente condições que como dizem, "Até Deus duvida". Isso, perdão, um realista vai dificilmente considerar na hora da merda. Não é uma coisa muito simples de explicar, mas vou tentar. Veja bem, o realista viu que o copo simplesmente tem água e, se precisar ele vai pegar mais, correto? E se o copo estiver na cidade de Carapitininga do Oeste, a 250 km de outra cidade cujo nome não me lembro, que por sua vez é a 293 km de Salvador? Quer dizer, Carapitininga do Oeste é a cidade, suponhamos, mais desgraçada pela seca no Brasil. Lá é tão seco que a vaca dá leite em pó. Tão seco que lá eles apagam incêndio com o mijo. Tão seco, que até a terra sente sede e você tem que viver igual um camelo naquele calor que nem o tinhoso de rabo suporta. Ou seja, se o copo estiver aí e você for um realista, você se fodeu. Não se preocupe, você se foderia de qualquer jeito, por que o otimista pediria chuva e o pessimista sentaria num banquinho na varanda, pegaria um matinho, colocaria na beirada da boca, coçaria o saco e dizia depois de 2 minutos e 34 segundos:

- Ééééééééééééééééé Jão... Acho que vai chuvê não.

Vou conceituar essa merda toda em 3 conceitos que farão você ficar puto de raiva de ter lido todo esse texto pra no final ter um resumo totalmente explicativo. Mas não fique bravo, OK? Pelo menos você não vai comprar cordeirinhos pernetas. Nem viajar pra Carapitininga do Oeste.

- O otimista pensa que tudo vai dar certo. Não interessa, embora não seja 100% dos casos, ele quase sempre espera que o bom resultado caia do céu. Ou que no mínimo, o seu trabalho escroto e mal feito renda algum fruto.

- O pessimista acha que tudo vai dar errado. E também não interessa se a situação está às mil maravilhas, com anjos tocando harpas e bosques de goiabeiras ao horizonte com um pôr-do-sol alaranjado e sua amada 3ª esposa do seu lado. Pra ele, vai começar a chover, os anjos se tornarão demônios, as harpas se tornarão guitarras Tonante afinadas em D#, as goiabeiras secarão (isso se ele gostar de goiaba...) e ele descobrirá que sua 3ª amada fez cirurgia pra trocar de sexo. E pra piorar, a 2ª o traiu com 4 encanadores e a 1ª virou lésbica.

- O realista não pensa em nada além do que realmente pode acontecer. Não considera reações TOTALMENTE externas. Quando eu digo TOTALMENTE externas, digo situações que realmente só ocorrem uma vez na vida e outra vez na morte, como acertar uma cesta do outro lado da quadra de olhos fechados com um chute usando a perna esquerda. Se você fez isso uma vez, pode ter a certeza praticamente absoluta que jamais fará de novo.

miami Ok, ok, ok, mas pra você não ir pra casa chorando e contar pra mamãe que eu ando ensinando coisas erradas pra você aqui na escolinha virtual do tio Catito (cara, eu só tenho 18 anos, eu não posso ser chamado de tio), vou tentar listar alguns elementos de exceção á regra. Veja bem, o cara pode estar muito bem otimista por que montou à duras penas seu Sex Shop em Miami, que é um local aonde o sexo, boate e cocaína são coisas mais consumidas que picolé na praia. Portanto, se ele economizou, fez sacrifícios, pesquisou o terreno antes de montar barraca e ainda por cima fez um logotipo legal com um nome criativo, nada mais óbvio que ser otimista, já que tudo que ele fez tudo poderia ter feito para o negócio dar certo e não há nada mais a dizer a não ser esperar os psicopatas. Isso é um otimismo com fundamento.

Ok, e quanto ao pessimista? Sim, ele também pode ter pessimismo fundamentado. Em outras palavras, é totalmente compreensível quando tudo vai à merda na sua vida, seu trampo (isso quando você tem um trampo) tá um lixo, patrão escroto, e algum pela-égua, fiduma ronquifuça vira pra você e com os dentes amarelados diz na maior panguanight: "Dãããããã, vica azim não.". É de se revoltar ou não? Nada mais justo que pensar que a merda pode piorar, por mais que você lute pra mudar, aquilo vai continuar fedendo.

E quanto ao realismo fundamentado? Teoricamente, todo REALISMO é FUNDAMENTADO, por que você pensou na teoria de que aquilo chegou áquele resultado se baseando no que REALMENTE pode acontecer. Mas a palavra FUNDAMENTADO pode ser aplicada com outro sentido, que podemos pegar como exemplo, MOTIVO. O MOTIVO de uma pessoa ser realista?

Bom, cá pra nós, a menos que você seja católico, você não venera taaanto assim Maria, mãe de Jesus Cristo. Quer dizer, a majestade dela é incontestável pro Cristianismo. Pudera. Não deve ter sido fácil criar Jesus, mas considerando que ele foi um menino bonzinho, Maria teve menos trabalho que minha mãe. Claro, considerando APENAS o comportamento de Jesus. Fatores externos como ver o filho morrer na cruz pra salvar uma humanidade que não vale nada não foram colocados em pauta na avaliação.

Pensando nisso, não daria outra, Jesus Cristo era o próprio filho de Deus, claro que ele seria um grande homem. E foi o maior deles. E não adianta chiarem seu black-metal de merda. Isso é realismo. Esperar não mais do que o óbvio, não menos do que o óbvio.

O realista, por si é parcialmente previsível. Nem lá nem cá, ele só espera o que pode acontecer, e tem a tendência pro pessimismo, mas sem agourar.

O correto, caro amigo escroto, é "saber dosar". Se for pra ser otimista, pelo menos faça tudo o que puder pra que dê certo. Cruzar os dedos, segundo pesquisas, adianta o equivalente à "porra nenhuma" em relação ao plano dar ou não dar certo. E se for pessimista, tente avaliar se é a vida que tá te castigando ou se é você que tá se martirizando e pagando de emo por aí pra simplesmente as mocinhas chegarem fazendo carinho e dizendo "Ai tadjeeeenho...". Por isso que emo pega muié: se faz de coitadinho, finge de excluído da sociedade, mas na prática não é porra nenhuma. Quanto ao realista... ah cara, na boa, o realista tem mesmo é que se fuder. Nunca vi ser chato desse jeito.

E lembre-se: cordeirinhos, só com 4 patas. Nunca em Carapitininga.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

BuddyPoke!

A internet, óh, a internet. Quão útil você pode ser, e quão inútil também? É impressionante cada novidade que o orkut nos traz, e mais impressionante é que são cada vez mais inúteis. Mas o que REALMENTE é impressionante, é que usufruímos delas religiosamente.

Recentemente, a Google abriu espaço para programadores em flash e Java publicarem seus aplicativos dentro do orkut para todos os usuários. Então, surgiram um milhão de coisas pra se fazer dentro do orkut, além dos famosos scraps. Mas o que mais vem sendo usado, pelo menos na minha impressão é o BuddyPoke.

É o seguinte, você instala o aplicativo, monta o bonequinho, e todos os seus amigos que fizeram os bonequinhos deles podem interagir com você e você com eles. Dá pra mandar beijo, tocar guitarra, bater na bunda, dar rosas, o carai a quatro...

Vejam só, esse é meu bonequinho:

eu Procurei fazer ele bem fiel à minha pessoa, sabe qual é? Não havia tênis All-Star entre as opções do BuddyPoke, mas esse tênis aí é o que mais chega perto do meu, e acredite: não tem nada a ver.

Quanto à calça, essa aí foi escolhida por pura falta de opção. Calças azuis cor-de-jeans não são azuis cor de jeans. Ficam parecendo uniforme de colégio. Então fica difícil.

A camisa também foi a mais pura aleatoriedade, mas o que me preocupei foi a camisa branquinha por debaixo, cobrindo os braços.

O rosto, é lógico que o bodão foi de propósito. Meu bodão, minha marca pessoal, e meu cabelo bagunçado, não tem muito a ver, mas fazer o que?

Por fim, ficou assim. Poderia ter ficado mais parecido, e mais opções de guitarra. Cadê a SG, e a Les Paul?

A tela de opções é essa aí óh:

customizar

Dispensa qualquer tipo de explicação, né seu filho de uma égua? Só um idiota pra não saber mexer em um aplicativo aonde tudo é assistensiado por opções gráficas e não comandos em php.

Note que existe em cima uma barra escrota com as opções a se fazer. Tem a "mudar humor", que sinceramente, ela sim é inútil. Os programadores acharam que isso serviria como válvula de escape para nerds mostrarem ao mundo sua fúria. Depois de ser assaltado, a namorada pôr um chifre, nota baixa na escola, dever ao banco, acusado de estupro mesmo sendo inocente, e coisas afim, o nerd chegaria e mudaria o humor para "triste". Pronto, problema resolvido. Agora o problema é no mundo real.

"Customizar Aparência" é essa aí que a estamos vendo à nossa esquerda. Tem muitas opções, mas tem cara que não adianta, não tem como fazer uma cópia digital dele, a fisionomia não permite, não fica lembrando ele. Eu por exemplo, não fiquei parecendo muito.

Ok, depois de vários retoques, ajustes, tá na hora da xavecada nerd. Você que nunca nem beijou alguém, vai mudar sua história agora. E olha, o BuddyPoke não permite o fora. Ou seja, se você beijar, 150% de chance que vai sim garrar ela. Maravilha né? Pois é, mas só no aplicativo.

Ok, fui xavecar e tirar uma onda com meus amigos, veja bem:

euemonique

Contei da Monique? Não? Ah, que se dane, depois eu falo dela. O Poke dela é esse aí do lado. Dei um beijinho apaixonado nela, mesmo sabendo que nesse momento ela se encontra a centenas de quilômetros da minha pessoa. Well, fuck it.

 

 

 

 

eueluizEu e Luiz lutando com espadas, veja bem. Aquela barba por fazer não engana ninguém. Faz parte, faz parte. Não sei quem ganhou a briga, mas se ele me decaptou, não deve ter doído.

 

 

 

 

 

eueamaraEu mandando um beijinho pra Amara. Ela merece, afinal, depois de ter pisado no pé dela, eu teria que pedir desculpas, não é mesmo?

 

 

 

 

euebabu

Hohoho, eu e Babu mandando um som. Ele no solo e eu na base. E atenção, ele sabe tocar, eu só se fingir que sei. Entenderam? Só tem Stratocaster no Buddypoke. =(

 

 

 

 

thayseeu

A Thays me dando uma rosa. *-* O foda é a cara de viado que meu Poke fez, mas isso aí faz parte, afinal, são só bits e bytes. Valeu Thays. u.u

 

 

 

 

tapanabunda

 

Eu passando a mão legal na garupa da Monique. Sim, eu sou safadão, fraga a cara do meu Poke, hein hein? Sempre depois que eu levo a mão ali, ela me dá um tapa na cara, meu poke já deveria estar com a cara inchada. Mas tudo bem, tudo bem.

 

 

 

 

tamillys

Não finja que gostou de minha rosa Tamillys. Você a queimará assim que eu for embora, e com as cinzas vai escrever meu nome e varrer. Y.Y

Tooo brincando! Uma flor para uma flor, toma!

 

 

 

 

karla

Abraço de urso na Karla, daqueles fortões! Bem quentinhos, aconchegantes e gostosos. Afinal, é a única amiga Twitteira que eu eu tenho. xD

 

 

 

 

 

 

Bom, só esclarecendo:

Quando eu mandar um beijo pra uma mina, eu to chamando pra sair. =) ueaeauhauaeuae Zoeira.

Ouvindo System Of A Down - Toxicity inteiro.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Roça

Oh férias.

“Mar é igual campo. Com a desvantagem que afunda.” (Analista de Bagé)

castelo_ra_tim_bum Deixe-me contar uma história caros amigos, de umas férias passadas minhas em meus tempos de pirralho, quando eu tinha como ídolos o Melocoton, o Nino do Castelo Rá-Tim-Bum e o Ash do Pokémon.

Eu tenho um amigo de infância, que até hoje eu continuo tendo contato com ele, é o Beba (lê-se Béba).

Não sei como eu conheci o Beba, pra ser franco. Amigos muito antigos, a gente não lembra a data que conheceu, você simplesmente se conhecem e pronto. Não tem o que questionar.

O nome do Beba é Júlio César. É impressionante, mas o Beba é EXATAMENTE o contrário de mim. E quando eu digo isso, é a mais pura verdade. Enquanto eu sou zoador, falo alto e converso com todo mundo, ele é o típico "na dele", só diz o necessário, não fala quase nada com ninguém, e seu grupo de amigos é muito limitado. O que me leva a crer que é impressionante que sejamos amigos a muito tempo. Provavelmente ele deve me odiar por todos esses anos, por alguma razão desconhecida, e guardado esse ódio pra se manifestar no momento certo. Beba, segure sua fúria.

Pois bem. Enquanto moleques, estudamos juntos da 1ª a 5ª série. Assumo, eu era um moleque detestável, mas por alguma razão, todas as minhas professoras gostavam de mim, faziam questão de ir até minha casa falar bem de mim pra mamãe, e minha mãe manteve amizade com todas as minhas professoras. O fato se confirmou ainda mais, quando nos mudamos para uma casa ao lado da escola em que eu estudava.

Mas isso não vem ao caso.

Beba e eu dividíamos a merenda no recreio e jogávamos videogame o tempo todo. Sunset Riders forever, e até o Luiz também jogava conosco, ou nós jogávamos com ele... não interessa.

Houve umas férias em que o Beba ia pra Alvinópolis, terra da família dele, e a mãe dele me fez o convite para ir com eles. Porra nenhuma pra fazer, peguei minha mala e rumei no carro com eles.

Alvinópolis não é tão longe de Ipatinga, e a viagem foi tranquila, até certo ponto.

...

dramin Acontece que é o seguinte. Quando criança, eu enjoava muito dentro do carro, e até hoje, vomito em viagem, sinto enxaqueca e toda essa merda junto. Sempre minha mãe me entopia de Dramin, antes de mesmo de começarmos a viagem, e até bife minha avó mandava a gente comer. (bife... é cada uma...)

Pois bem, qual não foi minha vergonha, quando dentro do carro, eu jogo a janta fora bem no ato ali. Fernanda, a irmã mais velha do Beba, ficou com aquela cara de nojo, mas eu nem aí, moleque tem que fazer essas coisas mesmo. Cuspi todo o rango ali mesmo, sem dó nem piedade, e já tava novo. Vomitar é um santo remédio, acredite. Exceto em casos de bulimia, mas esse não é o meu, embora pareça.

Foi meio que um pandemônio dentro do carro, e bem no meio da estrada, tudo na confusão. As estradas estavam até tranquilas, nada demais não. O problema era todo mundo gritando "Ahhh, o Caio vomitando, que-eu-não-sei-o-que, batata, tomate e pão".

Aí o sr. João, pai do Beba parou o carro e analisamos a situação. Eu fiquei morrendo de vergonha, achando que todo mundo ia colar o bazé (colar o bazé... meu Deus, a quanto tempo não ouço isso...) e então... simplesmente todo mundo começou a rir e achar graça, exceto a Nanda, coitada, tava era com cara de nojo sem fim.

O pessoal começou a rir dentro do carro sem parar.

- HAhahAHAHhahAHHahahAHhaHHAhah, o Caio vomitou, meu Deeeus!

Eu não sabia se ria ou escondia a cara de vergonha. Comecei a rir também e daí eu saí do carro, peguei uma garrafa d´agua que tinha ali e me limpei um pouco. Foi a deixa pra chegar em Alvinópolis de bom humor. Nas curvas, o pai do Beba ainda jogava aquela:

- Cuidado hein Caio, lá vem uma curva, olha pra frente e respira fundo.

Eu tinha que rir. xD

Ao chegarmos em Alvinópolis, e logo após fazermos algumas visitas, rumamos para a roça do sr. Tatá, o avô do meu querido amigo Beba.

Uma breve descrição da personalidade de Sr. Tatá: é o avô que todo mundo tinha que ter, é o mais comédia, o mais brincalhão, o mais sem noção que se pode imaginar. Ele tem uma tara inexplicável por morenas.

- Você é amigo do Beba?

- Sou sim, sr. Tatá.

- Estuda com ele?

- Estudo sim, sr. Tatá.

- E na sua sala tem muuuita morena gostosa?

- Ahn... não muitas.

- Então muda de escola meu filho...

O sítio era frio como o coração do diabo. (Max Payne)

E acredite, era frio mesmo. Quando anoitecia lá, parecia que o céu ia cair, tu num via nada além de escuridão a dois palmos da sua frente, e quando amanhecia, tudo que se via era uma nuvem de neblina grossa e densa que não dava pra ver merda nenhuma também. Parecia uma boca-de-fumo em local aberto. O único momento que a visibilidade era totalmente tranqüila era depois das 10h até às 18h.

Era um sítio, não dava pra se ver muita coisa a ser feita. Exceto acordar às 05:30 da matina com o som de Sr. Tatá tocando os bois para o pasto num frio congelante e vestindo nada além de camiseta, jeans e botas. Botas essas que tinham a idade dele, aposto.

- Cara, seu avô é psicopata.

- Eu sei.

Contei das laranjas?

É o seguinte, lá tinha um pomar lotado de laranjas. De tudo quanto é tipo, e pra mim esse negócio de classificar laranjas por nomes de serra d´agua e afins é pura viadagem. É laranja e pronto.

Eis que me surge às duas da tarde o Sr. João com um balaio maior que eu lotado de laranjas. Ele virou pra mim e pro Beba e disse:

- Podem começar. Até amanhã, tudo isso aí tem que ser consumido. Só vocês dois.

laranja Aí eu e o Beba começamos a chupar laranja. Chupa aqui, chupa ali (chulispa...), e por aí vai, eis que a gente começa a pedir arrego. Porra, tava chupando laranja a mais de 3 horas, eu não podia mais ver laranja na minha frente!

E ainda o Sr. Tatá botando lenha na fogueira:

- Vaaaaamo gente. Chupa essa laranja.

- Vô num quero maaais!

- Qué sim, é só pensar que é perereca de muié que tu chupa isso aí tudinho em dois tempos!

Resultado foi que às oito da noite nós entramos pra tomar banho, e na hora que eu caguei, só via pedaço de bosta e bagaço de laranja consumido pela metade. O espírito de catinga da laranja ficou na minha mão, com aquele odor ácido e sabonete nenhum nesse mundo tirava.

E na janta:

- Ô pai, tem suco?

- Tem.

- De que?

- Laranja.

Vendo nosso desânimo, o Sr. Tatá se apiedou e chegou com uma outra jarra.

- Fiz outro suco pra vocês.

- OBAA! De que, vô?

- Mexerica.

Até hoje, eu tenho cá minhas dúvidas que Sr. Tatá tava era zoando com a gente quando fez o suco. Mas que seja...

Mas o caso da pimenta eu não posso esquecer.

Seguinte, todo dia na hora da janta tinha uma série de pequenos temperos a disposição do pessoal, pra simplesmente almoçarem com o gosto que quiserem da comida. Tinha sal, pimenta, e o caraiaquatro. Até que um dia me chega o Sr. Tatá com um potão de pimenta:

- Aqui Jão, essa aqui é do mal, mata até porco. Queima tanto que depois que mata já deixa até o churrasco pronto.

E todo mundo olhou.

Sr. Tatá virou pra mim e disse:

- Prova aí meu filho...

Quando eu ia pegar a pimenta pra comer um pouquinho, vem a mãe do Beba, Dona Marília:

20050129-pimenta_dedo_edit - Você tá louco pai? Se esse menino provar pimenta, vai passar mal.

- Vai nada, ele é homem já.

- Pai, pai, ele não tá acostumado.

- Marília, eu cortava bago de porco com 6 anos. Se esse menino não comer pimenta com 10, ele tá morto.

- Pai, ele vai passar mal.

- Vai naaada.

- Vai!

- Vai não.

- VAAAAAI

- VAAAI NÃO, TOMA LOGO ESSA PIMENTA.

E eu peguei e dei uma mordidinha bem de levinho. Aí eu falei, “ah, é levinha”. 2 segundos.. 5... 6... aí começou a arder a ponta da boca. Comecei a sentir uma queimação estranha se alastrando pela boca inteira, beirada da língua, como se realmente tivesse algo pegando fogo. Começou a ficar tudo seco na minha garganta e botei a língua pra fora. Quando eu olhei, eu tava suando feito louco.

Só consegui gritar:

- ÁGUA! ÁGUA PELAMORDEDEUS!

Tava queimando muito, e eu saí correndo pra cozinha. Olhando tudo, peguei o primeiro copo que eu vi na minha frente, abri a geladeira, pus a jarra de cabeça pra baixo, e despejei tudo em cima da minha boca. Nem assim a queimação passou.

Aí não passava mesmo. Nada. Aí Sr. Tatá falou:

- É fácil de tirar essa queimação... toma um pouco de leite.

- Tem leite aí?

- Tem. Mas tem que ir no curral pegar da vaca.

- ¬¬’

Aí eu mão num balde, saio correndo em direção ao curral. Mas eu não sabia diferenciar vaca de boi (só pra constar... lá não tinha vacas malhadinhas preta e branca. Só vaca marronzinha, tipo boi...), exceto pelas tetas. Aí eu chego lá e começo a olhar o genital dos bichos.

- Boi... boi... boi... boi... boi... boi... caramba, SÓ TEM BOI AQUI!

Eis que eu avisto no meio umas 2 ou 3 vacas reunidas. Reconheci pelas tetas. Aí eu chego com jeitinho, faço um carinho e digo:

- Oi Mimosa, tudo bem?

- Moooooooon.

- Posso pegar um pouco de leite? Minha língua tá ardendo um tanto...

- Moooooooooooooooooooooon.

- Posso?

- Moooooooooooooooooooooon.

- Hum... isso é sim?

- Moooooooon

- Então tá. Valeu!

Aí eu, que era criança e até então nunca tinha pego nem em teta de mulher, coloquei o balde, arrumei o banquinho e falei:

- Não deve ser muito difícil.

E aí me abaixo, pego uma tetinha e aperto não com muita força pra não deixar a vaquinha sentir dor. Sai um fiozinho de leite, mas eu não tinha prática, logo logo parou de sair leite.

- Merda... qualé Mimosa, vai negar leite pra um necessitado? – a queimação na língua tava incomodando já...

- Moooooooooooooon.

Aí eu levanto, passo a mão na testa suada e olho pra trás. Sr. Tatá vindo em minha direção com o Beba.

Ao chegar, ele foi direto:

- Tentando tirar leite da vaca?

- To tentando, Sr. Tatá...

- E só conseguiu tirar esse pouquinho?

- É...

- Tsc tsc, dá licença, deixa eu te ensinar a fazer isso.

E ele se abaixou, deu um tapa daqueles de dar dó na Mimosa, pegou as tetas dela com força e começou a espremer com uma intensidade que se fosse alguma pessoa, ia tremer de dor, tadinha. Mas saía uns jatos de leite violentos, daqueles que uma só enchia 2 ou 3 copos.

Ai ele puxa um caneco que sempre levava com ele, enche no balde, vira pra mim e diz:

- Bebe. Tudinho.

Eis que eu tomo uma caneca e voilá, a dor na boca sumiu.

Aí ele vira pra mim, levanta um dedo e diz com uma pose de sábio ancião da montanha:

- Meu filho, deixa eu te ensinar uma coisa: mulher e vaca é tudo igual. Tem que tratar com desdém, senão elas fazem você de otário.

- Ahn... entendi.

Ouvindo Metallica – The Memory Remains (S & M)

terça-feira, 12 de agosto de 2008

É o amor

imagem

A diferença na inclusão digital está exatamente aí. Eu acreditaria, marcaria um encontro com uma mina que me manda não um e-mail, mas um Lixo Eletrônico. Maaaaas...

imagem2

A extensão *.exe destruiu qualquer amor que eu tinha por ela!

E antes que perguntem, era Metallica - Battery.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Babando ovo da Agatha Christie

Quando eu não estou no trampo, na escola, ou em qualquer outro lugar que eu tenha minha atenção voltada para a razão pela qual eu fui, eu estou trabalhando a minha mente. Segundo estudos médicos, meu QI se compara a de uma porta. Giratória.

Li em algum lugar, que garanto, não é parachoque de caminhão, que ler é um bom alimento para a mente. A minha estava de dieta, mas agora eu vou começar uma engorda intensiva e minha mente vai pesar mais que americano comidor compulsivo de McDonalds criado em apartamento.

agatha_christie E é claro, já comecei essa dieta a um tempo atrás. Ando lendo livros da Agatha Christie, que apesar de ter cara de velha reumática com 4 pontes de safena, escreve bem pra caramba. Nunca pensei que fosse virar fã de uma aposentada, mas se ela escreve livros tão bons daqueles, garanto, as circunstâncias mudam.

A parada é a seguinte, li tantos livros da sujeita que não me lembro como é o enredo de alguns... no "Assassinato no Expresso do Oriente", um sujeito é assassinado a facadas dentro do vagão de um trem. No "Morte nas Nuvens", a mulé lá bate biela dentro de um avião, e por aí vai. Recentemente li um chamado "O Caso dos Dez Negrinhos".

Eu garanto, o livro é mó soturno. Dez pessoas vão para uma ilha (dãã), e lá, na casa que dentro da ilha existe, foi afixado o seguinte poema no quarto de cada hóspede:

"Dez negrinhos vão jantar enquanto não chove; Um deles se engasgou e, então ficaram nove.

Nove negrinhos sem dormir: não é biscoito! Um deles cai no sono, e, então ficaram oito.

Oito negrinhos vão a Devon em charrete; Um não quis mais voltar, e então ficaram sete.

Sete negrinhos vão rachar lenha, mas eis Que um deles se corta, e então ficaram seis.

Seis negrinhos de uma colméia fazem brinco; A um pica uma abelha, e então ficaram cinco.

Cinco negrinhos no foro, a tomar os ares; Um ali foi julgado, e então ficaram dois pares.

Quatro negrinhos no mar; a um tragou de vez o arenque defumado, e então ficaram três.

Três negrinhos passeando no Zoo. E depois? O urso abraçou um, e então ficaram dois.

Dois negrinhos brincando ao sol, sem medo algum; Um deles se queimou, e então ficou só um.

Um negrinho aqui está a sós, apenas um; Ele então se enforcou, e então sobrou nenhum

10ngPois é véio... tudo muito tranquilo, até que fode legal quando o primeiro cara, bem no meio de uma reunião, bebe um gole de conhaque e "pum", cai morto no chão. Depois uma lá desmaia, e no outro dia não acorda. Morta também. Outro cara fica fora da casa um tempão, e quando um sai à procura dele, volta informando que ele foi encontrado morto. O outro logo de manhã é encontrado morto com uma machadada na cabeça. Outra hora uma véia morre de picada de abelha. Aí um caboco morre lá de uma forma que sinceramente, juro que eu não sei como...

Ah é, tiro na área da testa, só que ele tava vestido feito um juiz de tribunal, sabe coé? Tipo aquelas peruquinhas toscas e aquela toga de babador que faz a única parte ruim de ser juiz. Cara, você ganha pra pôr vagabundo na cadeia e mandar os outros calarem a boca. Putz, deve ser ótimo. Mas que seja. Aí outro morre afogado, outro de tiro e o último se enforca.

O livro é sinistro é soturno. A cada página você fica julgando falso testemunho: "Ha-há, é ele, aposto!". Aí o cara vai ebiblioteca_1 aparece morto. "Fidumaégua, então é ele!", e o cara aparece morto. Não tem como, se você não tiver um instinto detetivesco dentro do seu sangue a ponto de olhar pra um personagem e desconfiar da moral humana dele, você não descobre quem é. Vale até fazer bolão consigo mesmo pra ver quem é o assassino, aí as chances de ganhar são maiores.

O livro foge um pouco do padrão da Agatha Christie, por que o normal da muié é o seguinte: um assassinato, supostas testemunhas, um detetive e o desenrolar da história. Esse foi diferente, as potenciais vítimas eram os próprios detetives, e um deles era o próprio matador-psicopata-com-sede-de-sangue-e-sofrimento-alheio.

Acontece. Enfim, é um livro que eu recomendo a leitura, simplesmente pelo fato de ser diferente, o tipo de livro que você pega pra ler e lê até o final.

Eu indico também QUALQUER livro dela. É simplesmente o tipo de história que prende sua atenção e só solta no final. Foda demais. E o melhor de tudo é que em qualquer biblioteca pública se encontra um numeroso acervo de livros dela à disposição. Não hesite em ler todos se você puder.

Agora, se não gostou, vai se ferrar. u.u

domingo, 10 de agosto de 2008

Vacina é foda...

Em pleno sábado, o dia da semana que é parcialmente abençoado, já que até 12:00 há quem tenha que ralar feito um burro de carga aos mandos de um patrão FILHO DE UMA PUTA e chegando no final do mês com uma porra de um salário. Mas tudo bem, tudo bem...

Lá fui eu tomar vacina...

(13:59) Malu Magalhães: vc vai tomar vacina hj ?

(13:59) Catito: Hum... tem que tomar?

(14:00) Malu Magalhães: o luiz tava falando que sim

(14:00) Catito: Luiz sabe nem quando tá com fome... Você tomou?

(14:00) Malu Magalhães: não

(14:00) Malu Magalhães: mas vamos tomar vacina ?

(14:00) Malu Magalhães: eu vc e ele

(14:01) Catito: Vão lá tomá vacina então. Pra que merda é essa vacina, rubéola?

(14:01) Malu Magalhães: seilá. bora

(14:02) Malu Magalhães: que horas ?

(14:02) Catito: Tem que ver...
Mas a gente tem que ir lá no posto de saúde... e tem que levar cartão de vacina.

ze-gotinha Na verdade, eu tenho obrigação de ser franco, eu tava pouco me importando com a vacina. Na verdade eu estava querendo mesmo era tirar foto com um dos maiores ídolos de minha infância, alguém que eu sempre admirei por sua intensa participação em causas social em prol da melhoria da saúde, um dos personagens mais bonzinhos dos quais eu conheci.

O ZÉ GOTINHA!

Qual não foi minha profunda tristeza ao chegar ao posto de saúde, e procurar por todo o canto... cadê o Zé Gotinha? Cheguei a perguntar numa forma totalmente infantil para o vigia de lá, mas ele não soube me informar. O que fazer?

Eis que eu vejo. Um cara mal encarado, com a fisionomia de quem voltou da guerra e gostou muito, muito pouco do que viu. Parecia estar com uma idéia de que queria matar todo mundo. Só que o impressionante é que ele vinha vestindo uma espécie de macacão de pelos brancos, como se fosse participar de alguma competição infantil de interpretação do Ursinho Bilu.

E segurando, como se fosse um capacete de motociclista... NÃO!

NÃO!

NÃO!

A máscara do Zé Gotinha! O ZÉ GOTINHA era um cara com cara de poucos amigos. Ele debaixo da máscara era aquele sujeito que saiu da prisão de Alcatraz a nado, chegou na praia, trocou tiros com os federais, e ainda tomou um tiro no joelho, tendo que fugir feito um Saci em meio urbano.

Ele ainda cuspiu no chão e disse:

"AE MARCÃO, ACELERA QUE A GENTE TEM QUE IR PRO POSTO DO BOM JARDIM AINDA."

Destruir com meus sonhos infantis de conhecer pessoalmente o Zé Gotinha não foi o bastante pra acabar com meu dia. O que eu pude fazer logo após isso foi pegar a fila e ao chegar, descobrir que a Malu esteve tirando fotos de nossas vacinas.

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A verdade, Somente a Verdade

O texto seguinte se trata de uma fábula cuja autoria pertence ao mestre Millôr Fernandes, um astro do humor literário. Se não o conhece, favor ir ao inferno. Não que ele esteja lá...

A verdade, somente a verdade (à maneira dos Dinamarqueses)

MillorRapaz pobre e triste (pobre já diria tudo. Triste é consequente.), sereno e tímido, amava a trêfega e requestada filha de um grande Milionário (filha de um grande milionário já diria tudo. Trêfega e requestada é consequente.). Que fazer? Faltava-lhe coragem para o ato de exprimir-se, dizendo a ela o tanto que a amava. Assim, foi consultar um amigo. Explicou-lhe todo o seu problema, os anseios de sua alma, as necessidades de seu coração. "Amo-a como não se ama o próprio Sol, quero-a mais do que a mim próprio, sinto que a minha vida palpita com a vida dela. Não creio que possa viver sem ela, longe dos seus dias, meus dias serão noites, ela é o ponto de fusão sentimental para que foi condicionada minha alma. Não tenho coragem de me declarar. Mas tudo que ela quiser farei, farei tudo que você me aconselhar.

O amigo que era um refinado (refinado, não renomado!) advogado, pôs o dedo no queixo em atitude de pensar (para o leitor ter uma idéia melhor dessa pose, consulte um álbum de reproduções de Rodin e veja aquela famosa figura em que ele fixou um cavalheiro pensando na mulher de seu melhor amigo.). E juntando a ação à ação, pensou. Funda e demoradamente. E disse: "Por acaso dos acasos, filho, tenho hoje um jantar com, justamente, o pai da jovem que você ama. Proporei o seu casamento com a moça. E ela aceitará, pode estar certo". - "Ela aceitará? Ela aceitará? E se ela aceitar, o pai deixará, deixará, deixará?" - perguntou o apaixonado. "Deixe isso comigo que eu resolvo" - disse o advogado. - "Responda-me apenas uma coisa: se eu lhe desse nesse momento 10 mil contos pelos seus dois braços, você aceitaria?" (experimente fazer essa proposta em certas regiões pobres do Brasil: haverá oferta de dúzias de bbraços por metade do preço.) - "Mas que loucura! De modo algum! Nem é coisa de se pensar! Eu..." "Está bem, está bem" - interrompeu-o o advogado - "Era só para saber".

E na hora combinada, foi jantar com o milionário. E no momento propício, falou à moça sobre o rapaz. E de tal forma falou à moça que a moça ficou inclinada a aceitar a mão do rapaz. Ele, hábil, aproveitou o momento em que ela estava inclinada, deu-lhe um pequeno empurrão e ela caiu de admiração pelo desconhecido jovem. Veio então a vez do pai. O advogado aproveitou também um hiato na conversa do velho com dezessete outros milionários e "introduziu" o rapaz na conversação. Fê-lo inteligente, fê-lo belo, fê-lo bom, fê-lo vivaz, divertido e carinhoso. O velho porém, experiente de vida e temeroso de entregar a filha a um papanatas, tonitroou grosseiramente: "Está bem que ele seja tudo isso, mas dinheiro, tem?" - "Bem" - titubeou (quem titubeia fala tibuteia) o advogado - "isso eu não posso informar ao certo, mas sei que hoje mesmo ele recusou 10.000 contos por duas propriedades dele".

E um mês depois o rapaz casava com a moça e foram todos muito felizes tendo o advogado cobrado um lindo honorário pelos seus serviços profissionais. (posteriormente a moça veio a perceber que tinha admiração mesmo era pelo próprio advogado, que o marido não tinha personalidade. Mas isso já está no Cirano de Bergerac.)

Moral: Dizem as más línguas que George Washington cortou a macieira só para ter a oportunidade de não mentir ao pai e passar à história como um exemplo de honestidade.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Aviso

Ah sim, só pra lembrar: as postagens do layout antigo estão desconfiguradas. Ou seja, as fontes não-configuradas, imagens fora do ângulo normal, essas coisas.

Portanto, só isso.

Rapidinhas

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- Terminei de ler o livro Anjos e Demônios de Dan Brown. Tá, você pode me dizer que o livro é antigo e que eu tinha que ter lido ele a literalmente anos atrás... mas é que por algum acaso do destino eu só fui ler ele esses dias. Posso afirmar, um dos melhores livros pra se debater a luta religião X ciência. E tem um pouquinho de 24 horas nele também. Enfim... excelente livro, o melhor que eu já li do Dan Brown.

- Layout novo, notaram? Se não notou, você é cego, retardado ou é a primeira vez que entra no meu blog. Enfim, foi uma transição normalzinha, mas tive que recolocar alguns widgets que não se mostraram compatíveis durante a conversão do template. Nada que me dê dor de cabeça, só me tomou um pouquinho de tempo. E é bom que eu estudo um pouco de HTML/CSS também.

- A parada é o seguinte. Usarei esse espaço para mendigar um pouco da atenção dos senhores. Ao ler um texto meu, por favor, me dê feedback. Um comentariozinho de nada, nem que seja pra falar que odiou. Um retornozinho, me add no MSN, orkut, ou o caralho a quatro que for. =)

Sawdust - Isso é uma ordem: ouça The Killers. Já deveria ter dado essa ordem a tempos atrás, já que curto desde o primeiro CD, Hot Fuss. Depois dele veio o Sam´s Town e depois um de b-sides, o Sawdust. Se eu recomendo? Com certeza. Os caras são fodas na criação de músicas. Se tu curte um som anos 80, aí que eu recomendo mesmo.

- Recomendo The Killers, mas a banda que eu mais recomendo hoje é o Avenged Sevenfold. Sem mais palavras sobre isso.

- Sala nova na escola, o pessoal até que é gente boa. Eu acho que eles me acham louco. Eu como não conheço ninguém, chego calado, não falo nada e por incrível que pareça, faço todas as atividades, não mato aula, não chego atrasado, respeito o professor, e pasme, até ajudo os coleguinhas quando eles pedem ajuda. Como eu sou um garotinho bonzinho, exijo um lugar no céu com vista pro mar. Se no céu tiver mar, claro.

- Coçando saco sem tamanho no trampo. Dá em nada, hora ou outra vem uma turma aqui... preciso de um emprego novo, que me mantenha ocupado, e melhor: seja de carteira assinada. Se pagar bem, eu não vou achar ruim.

- Dia desse aí eu levei um capote na escada da escola que nem eu acredito que eu esteja vivo aqui passando essa informação pra vocês. Acontece que na hora em que eu estava descendo a escada não notei o piso escorregadio e fui esperançoso que o acaso ia causar um átrio entre a sola do meu tênis e o chão. Não deu outra, eu comecei a escorregar igual pingüim no gelo, e fui rolando escada abaixo. A cada degrau, me lembro que eu sentia a quina do mesmo batendo nas minhas costas e deixando uma marca consideravelmente feia. Sem contar que eu ainda xinguei uma seqüência de palavrões a cada capote:

- Ai! P*rra! C*r*lh*! D*sgr*ç*! M*rda! *nf*rn*!

E não deu outra, quando eu aterrissei eu olhei zonzo e não havia ninguém pra me socorrer. Eu poderia ser otimista e pensar: “pelo menos não tem ninguém pra me zoar”, mas a dor foi chatinha. Lentamente me levantei, cheguei na cozinha pra ver se tinha alguma coisa pra passar no meu braço ralado (vinagre, sei lá...) e uma das cozinheiras estava lendo o resumo da novela das oito, quando ela olhou abismada pra mim e disse:

- Será que é a Flora a assassina?

- Falando em Flora, boa idéia essa da Globo de manipular os personagens fazendo eles parecerem bonzinhos, pra depois chegar e créu na bunda de geral. No final, aposto que a Flora vai chegar com uma AK47 em no meio da galera, Donatela refém e vai exigir um dinheirão pra libertar a vagabunda. Claro, com uma contagem de meia hora, caso contrário, “eu estouro os miolos dela”. Talvez eu esteja viajando, e você me chame de lunático. Mas se isso tomar rumo de filme de ação, eu quero ver aonde essa merda vai dar... xD

xbox360_gta4 - GTA IV confirmado pra PC em Novembro. O que isso quer dizer? Economizar uns mil e duzentos mangos pra comprar um PC novo (por baixo... pra rodar um jogo desses, eles vão aleijar a configuração do PC...). Aliás, esse é o único jogo que vale um upgrade pra ele. Só falta ele só rodar no Windows Vista...

- Procurando um cara animado a ir até o Paraguai comprar um PC a preço de banana. Monitor LCD 17” a R$300? Se tu achar um mais barato em outro lugar, é roubado.

- No mais é só isso. Tenho mais merda nenhuma pra falar não e de boa, se alguém quiser comunicar-se com minha pessoa, estou à inteira disposição, basta procurar-me no mesmo local e no mesmo horário. Só não venha me pedir dinheiro emprestado, EU que estou precisando pra comprar meu PC novo!

 

PS: não se enganem, como diria Millôr Fernandes: psicanalista é o louco que fica do outro lado do guichê.

Ouvindo The Killers – Read My Mind

(cara, eu não demoro a enjoar dessa música de tanto que eu já ouvi ela ano passado...)

domingo, 3 de agosto de 2008

Desorganizeichon

O maior mal do ser-humano, entre outros é a falta de organização. Eu é claro, sofro desse mal. Devo ser franco, quando eu for morar sozinho em minha quitenete de um cômodo mais banheiro, eu estou ferrado. Não fosse mamãe aqui em casa pra botar ordem no chiqueiro que é meu quarto, acredite, eu não sei o que seria.

Eu estou falando sério.

Como nerd, tenho uma pequena coleção de CDs, DVDs, livros e revistas variadas, mas não tenho a menor organização com isso. Ora ou outra, eu me dou conta de que eu não sei aonde está determinado jogo, e acabo por perdendo o dito cujo no fundo de alguma gaveta esquecida e só vou me lembrar dele durante uma inspeção em tal gaveta à procura de palhetas pra tocar violão.

Meu quarto então, é uma completa zona enquanto eu estou nele. Aos fins de semana, ele se encontra inabitável. Por alguma magia, quando eu chego do trampo na segunda feira, ele está totalmente arrumado. É magia, não tem nada a ver com mamãe ter ido lá e retirado as meias de baixo da cama e as cuecas do ventilador de teto.

E vai se expandindo para a sala de “estudos”, que minha mãe carinhosamente apelidou com esse nome em relação ao fato de que lá tem uma estante com os livros, a mesa e outros badulaques que ela insiste em manter sem dizer a ninguém o motivo. Acho que é pelo fato de não ter motivo. Simples “manter pra manter”.

Peguemos um ótimo exemplo aqui, fazendo um pequeno tour na minha casa.

1) Meu quarto

Apesar de eu dormir aqui, eu não faço mais nada dentro desse cômodo além de dormir, trocar de roupa, e ler. Não me preocupa muito manter esse cômodo arrumado, mas minha mãe, ao menor sinal de visita sai vistoriando qualquer vestígio de bagunça pela casa e o primeiro local é meu quarto. Isso por que segundo ela, a bagunça lá é alerta vermelho.

Quanto ao edredom no chão, violão em cima da cama, portas do guarda-roupa abertas, janela fechada em plenas 15:26 da tarde, acredite, não é efeito de cenário. É assim boa parte do tempo.

Note em cima de minha cômoda alguns ítens como papelada do trampo, cofrinho com moedas de R$1,00 e R$0,50 (que no final das contas não passam de R$20,00, uma mixaria que não vale a economia de um mês inteiro…), uma cestinha com badulaques que até eu mesmo desconheço o que são. Aliás, aquela cestinha foi um presente de amigo choco da Jéssica. Na ocasião, ela me deu lotada de chocolate. Foi a pior caganeira que passei, mas valeu a pena.

2) Sala de estudos

Se trata do que eu disse anteriormente. Mamãe tem mania de deixar um jarro com flores artificiais em cima da mesa pra dar um tom mais… mais… sei lá que tom é esse. Só sei que não precisa ficar regando aquela merda o tempo todo, o que já é uma ótima economia de trabalho. Mas tem dois ítens aqui que devo sinceramente ser franco ao citar: o baú.

Me chamem de mentiroso, mas eu NUNCA vi o fundo desse baú. Sempre minha mãe guardou panos e mais panos dentro dele, e eu sei lá pra que. Panos de prato, toalhas de mesa, toalha pra isso, toalha praquilo, e eu nunca vi mais profundamente que uma ou duas camadas de pano abaixo. O fundo mesmo eu desconheço. E todos os dias eu passo por esse baú no momento de tomar banho, se tem um cadáver ou uma arca dentro dele (uma arca dentro de um baú, hum hum.) eu provavelmente passei meus 18 anos de vida sem saber.

Eu não sei a origem daquele baú, não sei quem deu aquele baú pra minha mãe, não sei se ela comprou ou sei lá de onde aquilo veio. O que eu sei é que tenho medo dele.

E o outro ítem é a estante de livros. Tem poucos livros, e nem visito mais essa estante. Já li todos, exceto os de Direito que meu irmão usa pra consulta, estudo, análise e qualquer outra coisa mais que envolva estudo.

Essa sala não passa de uma simples conexão meu quarto – banheiro. O problema é que em certos momentos eu bato o dedinho na quina do baú. Aí é hora de xingar todos os nomes que eu conheço.

3) Quarto de bagunça

Organizadinho e bonitinho.

Mas na verdade, isso que tem dentro desse armário:

Tem todo tipo de tralha aí. Livro escolar que minha mãe usa (ela é professora), revista antiga, livro que eu nem lembrava que tinha mais… é o maior pandemônio. Dias atrás, uns ratos resolveram montar civilização ali… depois de umas doses de veneno, minha mãe contabilizou uns 3 grandões e uns pequenininhos… Advinha quem teve que pegá-los? Acontece…

Arrumamos recentemente tudo que tinha aí e encontrei, meu livro da Série Vagalume, A Grande Fuga!

Enfim, isso aí. Eu, se fosse fazer uma varredura gavetas afora na minha casa, ia achar tralha pra mais de metro e recuperaria muuuito ítem perdido. Mas quer saber? To com preguiça.



Ouvindo No Leaf Clover – Metallica (só Metallica esses dias…)

sábado, 2 de agosto de 2008

Esqueci o que eu ia dizer...

Amigos, sejamos francos.

Ouçam esse barulho… estão ouvindo? S i l ê n c i o o o . . .

E agora? Podem ouvir? É o barulho da sorte. Da pura cagada mesmo. Do acaso conspirando a meu favor.

Tá, pra explicar melhor eu comprei o DVD duplo do Metallica orquestrado (S & M), por uma bagatela de R$20 mangos. Eu nunca fiz uma compra tão boa.

Tudo bonitinho e novo! Encarte, os dois discos rodando perfeitamente, no fucking travamentos. E afins.

Mas é lógico que eu não atualizei essa merda só pra falar do DVD.

Tá, eu assumo, foi só pra falar do DVD. Mas eu sei que tem algo de mais importante pra falar.

Não sei ao certo o que pode ser, por que sinceramente, me deu um branco na mente agora. Algo que me impede de lembrar, como se fosse uma constante barreira pra que eu me lembre do que eu preciso dizer. Como uma pré-amnésia, eu esqueço de determinados 5 minutos cruciais em meu dia que fariam a diferença.

Aliás, amnésia deve ser uma coisa louca né? Imagine acordar numa cama, um bando de condenado jurando que são seus amigos e família e que você era isso ou aquilo, e ao tentar se lembrar, nada vem à sua mente? Cabulosasso.

Já que eu não lembro mesmo do que falar, vou falar de amnésia pra vocês. Cala a boca, para de reclamar e leia:

Segundo a Wikipedia, amnésia é:

“a perda de memória (total ou parcial), na maioria dos casos é temporária e pode ser causada por diversas razões.”

E essas razões podem ser consequências de algumas doenças degenerativas (que eu sei lá que porra é essa…),

OU infecções que atingem o tecido cerebral (cabuloso… e eu achava que pereba, bicheira e cafubira só dava em pé, perna ou pele.),

OU traumas físicos como pancadas na cabeça (a mais conhecida… bater com um cacetete na jaca de um meliante é a forma mais fácil de fazer ele esquecer que você deve dinheiro a ele.)

OU, veja bem, o alcoolismo ou uso de drogas. Então aquele cachaceiro do buteco do Bigode na esquina tem possivelmente, fortes indícios de esquecer das coisas. Taí o motivo dele raramente pagar a conta.

Como merda pouca é bobagem, a amnésia quando vem, vem fudendo com a memória do sujeito até não poder mais. Em outras palavras, tem duas formas da doença (segundo a Wikipedia, é claro…).

A anterógrada, que o cara se lembra perfeitamente de quem é, nome, CPF, nome da mãe, aonde mora e principalmente, o que ele fez no verão passado. Ou seja, o cara se lembra do que ocorreu ANTES do trauma cerebral. Agora, o que ocorreu depois, como ele saiu dessa, do que ele passou depois de uma pancada, ou de uma overdose cujos resultados afetou a memória, ele simplesmente não lembra. Não adianta, o cara não lembra do que ele possivelmente fez 5 minutos após o baque.

E tem a retrógrada, que é exatamente o oposto. O cara não se lembra de nada que ocorreu antes do baque, ele não deve ter idéia de quem seja, tampouco quem sua família seja. Ele possivelmente só lembra do que aconteceu depois do trauma em si. Merda por merda, ele esqueceu da vida e recomeça agora. xD

Lembra quando eu disse que merda pouca é bobagem? Como não lembra, 3 parágrafos acima seu merda! Se você esqueceu, se consulte, tu tá com amnésia ou com sono. Pois é, continuando, merda pouca é bobagem. Além de ter essas duas formas, tem ainda mais 4 tipos. Esses aqui eu vou listar de boa resumidadinho e mastigadinho, pra você, leitor filho da puta, não esquecer de nada do que ler, tá me entendendo?

Anota aí seu merda:

a) Amnésia Global Transitória – essa aqui é a seguinte, ataca principalmente os idosos. Você leitor, sabe que para nosso cérebro trabalhar, ele necessita, entre outras coisas, de sangue, correto? Se você não sabia disso, saiba agora. E esse sangue é levado por uma artéria até o cérebro. Ok, ok. Esse tipo de amnésia ocorre quando uma veia tem seu fluxo de sangue interrompido até o cérebro, e com isso a pessoa perde certas noções naturais, entre eles a memória. Não total, só parcial. Ela pode fazer as coisas que fazia normalmente, só que o que fode é que o cara fica sem noção do que ele fez a 5 ou 10 minutos atrás. Como minha fonte de informações era a Wikipedia, eu não sei se isso e mal de Alzheimer é a mesma coisa. Não se preocupe, se você usa um blog escroto igual esse como referência de informação, o problema é com você.

b) Amnésia Psicogênica – Essa aqui é confusa. O cara, por algum dos motivos já citados, perde pequenos trechos de lembrança que tem. Pode ser de 5 minutos atrás, ou de acontecimentos e anos atrás na sua vida. Ele se lembra de muitas coisas, mas de outras não. Isso é raro de acontecer, mas há registros sim de caras que não se lembram, por exemplo do dia do próprio casamento. E não tem nada a ver com a feiúra da esposa.

c) Síndrome de Korsakoff – A vida me ensinou uma regra. Se uma doença tem nome de alemão ou russo, pode ter certeza: ela desgraça a vida do sujeito. E por algum motivo que eu não sei qual (sarcasmo mode=1), essa é um tipo grave de amnésia. E a principal causa? Alcoolismo. Cachaça, bebedeira, pé-de-canismo. O que ela faz? Antes do trauma, ela já sabia fazer várias coisas, (beber e cair por exemplo…) mas depois ela não consegue aprender merda nenhuma, por que o cérebro regado a álcool não consegue assimilar informação nenhuma além de cachaça, cachaça e cachaça. Ora ou outra tem também o termo “cana”, mas nada que saia do contexto.

d) Apagão Alcóolico – Simples e direto. O cara bebe demais, fica chapado, e acorda no outro dia com um travesti na cama, num quarto de hotel que ele nunca viu e com uma aliança no dedo. Sim, ele bebeu demais e não se lembra do momento em que esteve bêbado. Corriqueiríssimo (essa palavra existe pra começo de conversa?) isso, acontece sempre.

Mas Catito, a amnésia tem cura ou tratamento?

Veja bem, antes de eu expressar qualquer opinião sobre o assunto: eu não sou doutor. Meus conhecimentos médicos não são suficientes para que eu receite nem Novalgina pra você. O que eu entendo de medicina é o mesmo tanto que o incrível Hulk entende de ser sutil e delicado.

Mas bom, segundo minhas pesquisas, sim, tem prevenção. Evite impactos com sua cabeça, não beba até morrer (se possível, não beba) e cuide de sua saúde mental.

Caso você seja um anormal que só toma vergonha na cara depois que acontece com você, o melhor é procurar um médico mesmo cara. Diga a ele que tu num lembra nem do que fez a 5 minutos atrás… ele se for esperto vai te mandar pagar adiantado. Heehehe.