domingo, 21 de dezembro de 2008

Festival de Hardcore

Hasta Cuando, Os Capiau, Halé e Ataque Periférico, e dia 21 em Coronel Fabriciano com Os Capiau, Ataque Periférico, Halé, E Scoring The Game.

Só uma palavra pra definir os eventos. Foda.

Eu já conheço a tempos Os Capiau e Hasta Cuando, e já sabia que poderia esperar um show bom. Como sempre, mais um show que eu compareci e vi que eles agitam pra caramba.

Cheguei cedo no sábado, às 14:00 em ponto, e uma curiosidade: o evento era gratuito e a organização pediu pra levar um brinquedo para doação. Levei uma peteca, e inclusive, comprei uma pra mim também. Sabe como é né, ter pra ter.

A banda que abriu foi The-Mary-Go-Round. Conheço os caras, são do Grito de Alerta, que eu frequento a algum tempo. Com alguns covers, e mais algumas próprias, gostei do show, mesmo por que já me familiarizei com as músicas, já fui conferir ensaio dos caras.

Logo depois, Hasta Cuando. Entrefuegooooo. Como sempre, o mosh comeu solto. E o povo já estava chegando a tempo do começo do show, que já estava pra começar. Em seguida, Os Capiau. Foda, foda, e ainda filei Dia-a-dia da nação e Blitzkrieg Bop. É foda. Só pra deixar claro, eu NUNCA subi no palco sem o Nilmar me chamar. NUNCA! Valeu Nilmar!

Halé e Ataque Periférico são F-O-D-A-S. Cara, nunca que eu esperava um show doido igual o dos caras. Saíram lá do Rio de Janeiro e vieram mandar ver aqui, uma puta presença, músicas engraçadas e quebra-pau sem dó.

Halé é foda. No domingo, ainda ganhei CD dos caras. Lendo sobre os caras, eu soube que o baixista ficou pelado num show no Hangar 110. Que treta cara! Eles tem uma música do Professor Girafales! xD

E ainda teve Ataque Periférico, que pasmem: OS CARAS TOCARAM NA ALEMANHA. Aliás, Europa toda. Que seja, o pau quebra, até samba-hardcore eles mandaram. Foda, quero ver show dos caras de novo.

Enfim, Festival muito bom.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Férias e vômito à beira-mar

Pois bem, entrei de férias da escola e essa é a minha última semana no trampo. Cá pra nós, férias é bom, mas um pouco oscilante. Eu fico sem fazer nada, tédio total, uma falta de animação sem fim. Eu já tentei de tudo, mas parece que tem algo dentro de mim que me obriga a ir pro trampo todo santo dia, senão fico sem sentido.

Não condeno as férias também. Nessas horas, eu agradeço por estar de férias também, por que posso atualizar minha lista de filmes vistos e livros lidos. Posso também, visitar velhos amigos dos quais o trabalho me obrigou a afastar um pouco, filar um café, e com sorte uma partidinha de Guitar Hero. É realmente divertido ver os derrotados jogando no Medium, enquanto eu no Expert consigo uma performance consideravelmente maior.

O melhor é poder acordar às 09:00 sem culpa ou pressa por ter perdido o horário. É, realmente, as coisas vão bem nas férias. Dá também mais tempo pra escrever aqui, o que me falta é sobre o que falar. Nada me vem à mente em alguns momentos, e na boa, nem sei se isso é chatice minha ou algo do tipo.

Essa minha resistência às férias se dá ao fato de que muitas vezes, eu me fodo consideravelmente nelas. Nada demais, nada a ser levado em conta por uma outra pessoa, mas é algo que me deixa puto certas horas.

Pois bem, nas últimas férias que fui à praia, aconteceu algo bem peculiar comigo. É aquelas merdas que só acontecem comigo MESMO. O cenário era a praia de Guarapari no Espírito Santo, o horário era algo em torno das 18:00 e começava a anoitecer. Desci do apartamento com minha irmã pra dar uma volta pela praia e comprar alguma coisa pra comer, só pra falar que tava comendo alguma coisa.

Vou andando pela orla da praia, olho ao lado e vejo uma quitanda com goiabas que a meu ver, pareciam excelentes. Não deu outra, comprei 3 goiabões. Goiaba é foda, melhor fruta do mundo. Se eu for pro céu, quero goiabas. Enfim, 3 goiabões, mandei tudo pra dentro logo ali na orla da praia. Terminando, arrotei um sonoro BUUUURP de satisfação com as frutas e acabado, voltei pro apartamento que estávamos.

Liguei o Guitar Hero e comecei a jogar, eis que começa a me dar uma tonteira, uma vertigem, os olhos ardendo, suando frio e respiração cansada. Logo me deu a ânsia de vômito, corri pro banheiro e o Juca foi chamado ali mesmo no vaso, liberando os goiabões, só que em pedacinhos.

O vômito, como muitos sabem, é uma excelente forma de se livrar daquela carga extra, e recuperar o bem-estar. Quando se sentir mal, vomite. Você vai se sentir mais leve, melhor, mais disposto e com o bem-estar em alta novamente. Portadores de bulimia, pulem essa parte.

Pois bem, eis que volto pro meu Guitar Hero, e a ânsia de vômito voltou. Merda, lá vou eu pro vaso chamar o Juca de novo. Aí não teve jeito, juntou o povo todo da casa e começaram a dizer:

- É insolação, leva esse menino pra farmácia.
- É febre!
- Isso é encosto! É ENCOSTO!

Eis, que meio grogue, meu irmão me puxa e me põe dentro do carro juntamente com a sogra dele (dona Diva, essa merece um post!) e minha irmã, rumo a farmácia. Eu já estava sem noção de nada e estava começando a ficar tonto novamente. Pelo sim, pelo não eu tentei manter a cabeça ereta, a fim de evitar qualquer problema com minha respiração. Se eu ficasse deitado, eu não conseguiria respirar.

Olha como são as coisas: quando fico tonto, perco a noção do ridículo e da vergonha. Se eu ficasse tonto 24 horas por dia, seria 10 vezes mais cara de pau. A ocasião foi a seguinte: a farmácia ficava na orla da praia, com muita gente passando e voltando. O relógio contava 18:30 / 19:00, então a calçada estava lotada. Já cheguei zonzo e perguntei pro balconista, que na ocasião tinha 18 anos, cara cheia de espinha e cravos e cá pra nós, forte sinal de que o tio dele era o dono da farmácia:

- B-Boa N-Noite... tem algum remédio pra... en... enxaqueca?
- Hum... eu temo em dizer que seu caso é insolação...
- Me-meu ami-amigo, eu sei lá o-o o que eu-eu tenho. Eu sei que nuuuumm to-to bem não.
- Eu acho que é insolação ou desidratação... seu cocô está saindo mole?
- Que cocô? Eu num caguei ainda, saiu tudo pela boca de cima mesmo.
- Hum, OK. Bom, eu tenho um remédio aqui testado na Bélgica, que você pode tomar de 6 em 6 horas, fervido em água, com...
- Amigo, manda uma injeção da parada mais violenta pra melhorar que você tiver.
- Olha, me desculpe, mas não podemos dar injeção...
- Ahn... obrigado.

E saí, com meu irmão e dona Diva no balcão, conversando com o balconista sobre qual a melhor solução.

E é exatamente aí que eu perdi a noção do ridículo. Eu estava fraco, não estava parando em pé, sentei na pequena escadinha da entrada da farmácia e tinha um grupo de 5 garotas logo ao lado, na esquina. Qualquer coisa que eu fizesse, elas notariam na hora. Eu sento, quietinho e uma delas diz, baixinho, achando que eu não ouviria:

- Olha, aquele garoto ali tá passando mal!
- Deve ter bebido demais! Cachaceiro é foda.
- Pior que é mesmo.

Em respeito às garotas, e pra evitar minha vergonha, tentei segurar o Juca que já estava voltando. E pelo jeito, o Raul tava junto. Não deu outra, eu juro que eu tentei ao meu máximo, mas vômito quando vem, é implacável. Não tem como parar ou impedir, a solução é botar pra fora mesmo, e foi o que eu fiz. Cada gota do plasma vomital saiu com velocidade alucinante, molhando nojentamente cada centímetro daquela calçada que havia sido limpa a pouco tempo pelos garis. Junto, as batatas fritas, o resto dos goiabões, carne, o que eu tiver comido, foi embora naquele momento. Terminei, com uma pequena babinha balançando no ar, pendurada na minha boca.

Uma das garotas, disse em um tom anormalmente alto:

- CREDO, QUE NOJO!

E quer saber, eu não estava nem fodendo pro que aquela patricinha ia pensar. Já tinha feito mal juízo de mim, achando que eu havia bebido! Minha irmã, que tava vendo a cena, gritou:

- Felipe, o Caio tá vomitando de novo!

E mais uma vez, meu irmão me segura pelo braço, me põe no carro e vamos rumo ao pronto-socorro. Quer dizer, eu sei lá se era um pronto socorro, ou um hospital, ou um posto de saúde. Só sei que chegamos em cinco minutos.

Desci do carro e eu já estava um pouco melhor, embora cansado, e um pouco zonzo. Cheguei na sala de espera e olhei ao redor. Não sei se foi a situação, ou qualquer outra coisa, mas me partiu o coração ver aquela cena. Ao meu lado havia uma mãe chorando, possivelmente pelo filho, não sei. Olhei pro outro, um senhor comentou que o filho estava esperando pra ser atendido já havia 3 horas, e nada até o momento. Até mesmo doente eu tive uma leve reflexão do que é aguardar em um hospital por atendimento demorado.

Eis que feito o cadastro, esperei mais uns 15 minutos, até que uma moça de rabo-de-cavalo, abre a porta e diz:

- Caio Andrade.

Levantei e fui andando em direção à ela. Me acompanhando foi o meu irmão.

- Desculpe, só pode entrar um acompanhante.

Aí a dona Diva se ofereceu e entramos.

Era um corredor grande, com bancos, bebedouros e outras coisas mais. Fui andando e olhando ao meu redor. Houve uma ocasião que passei frente a um quarto com a porta aberta e olhei. Uma criança com a mãe dormindo, o braço todo enfaixado. Possivelmente ele deve ter tomado um tombo com a bicicleta ou ter caído no jogo de futebol. O que eu vi era que a faixa estava meio avermelhada de sangue, como se o coágulo houvesse se rompido e parte do sangue vazou. Uma enfermeira viu aquilo e já estava providenciando a troca.

Entrei num consultório e o doutor só me perguntou a quanto tempo eu estava com aquilo, mediu minha temperatura, analisou minha expressão facial e rabiscou qualquer coisa num pedaço de papel.

- Entregue pra enfermeira, e tome o medicamento. Espere 15 minutos e você estará liberado.

Ufa! Não iria ter que ficar a noite inteira lá. Já era uma excelente notícia. Saí do corredor e tentei avistar a enfermeira com quem eu teria que falar. Mas nem precisei procurar muito, uma moça de uns 24 anos me abordou e perguntou:

- É você que é o Caio?
- Sim, sou eu.
- Prazer, eu sou a enfermeira que vai te medicar. Por aqui..
- Moça, eu preferia te conhecer numa situação melhor.

E ela era bem humorada ainda.

- Comendo goiaba em excesso hein?
- Pois é, moça, vi na feira e não resisti.

E fomos conversando, enquanto ela preparava minha injeção. Ela continuou:

- Você é mineiro, Caio?
- Sou, de Ipatinga...
- Aqui vem muita gente de Ipatinga mesmo. Pensei que em Minas tinha muita goiaba.
- Tem muita. Mas não sei se tem mais do que nos outros lugares.
- Deve ter. Aqui não tem muito.
- Pois é. Por isso que são enormes, tudo de fora.
- Boa teoria. Caio, pare o braço, vai doer um pouquinho.
- Manda ver, antes que eu vomite na sua roupa.

Ela aplicou a injeção e continuamos a conversar, ainda contei o vômito na frente das patricinhas. Ela riu muito, cheguei a ficar com vergonha.

- Mas isso não é nada. Eu lembro que chegou uma criança aqui e eu tive que atender, ela não parava de vomitar. Minha roupa ficou toda suja.
- Putz, sério? E o que ela tinha?
- Insolação, desidratação, não sei. Possivelmente, você também tá com os mesmo sintomas. Seu cocô tá saindo mole?
- Eu não caguei, moça. Saiu tudo pela boca de cima.

Ela não aguentou e riu na hora.

- Você tem bom humor, Caio!
- Só um pouquinho. Tem hora que eu sou ranzinza.
- Todo mineiro é bem humorado? -
ela falava como se mineiro fosse um ser de outro planeta.
- É uai! - o "uai" foi pura ironia. Mas soou verdadeiro.
- Tá de férias aqui?
- Estou. Que coisa né? E agora estou aqui recebendo injeção.
- Ah, isso acontece direto. Teve uma vez que veio um gaúcho com uma ferida grande aqui, só gritando "tá doendo tchê!".
- Que coisa nojenta. Você tem estômago!
- Ah, acostuma. Depois de um tempo fica tudo muito normal.
- Já mexeu em cadáveres?
- Só na faculdade. Tem que ser legista pra examinar.
- Ah...

Depois de 15 minutos, eu ainda estava bem indisposto, mas fui liberado. Me despedi da moça, as enfermeiras tinham que ser gentis assim.

Que pena, eu não peguei o MSN dela. E pra ser franco, nem o nome dela eu perguntei. É que eu tava escrito no crachá, mas eu não tava disposto pra ler nada.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Formatura alheia

Sempre tive a plena convicção (e morrerei com ela) de que as pessoas mudam seu comportamento, e pra isso, pode-se usar o ambiente como escape. Explico: num baile de formatura as pessoas perdem a plena noção das coisas ao redor e tudo se torna simplesmente comum dentro do momento e ocasião.

Era por volta das 22:30 quando cheguei ao baile de formatura. Vocês deviam ter me visto de terno. Cara, eu fiquei muito bonito. Fomos adentrando ao recinto eu, Rízio e o Negão, já que o Tosa foi buscar companhia feminina. Notei ao entrar que o salão de festas era muito bonito e muito luxuoso, muito organizado e garçons prontos para serví-lo, mesmo você enfiando na frente das pessoas que ele está servindo para pegar um copinho de cerveja.

Pois bem, sentamos à mesa e não deu 15 minutos, o Mike e o Pumba chegaram, seguido de Cuca. Conversando fiado, falando mal dos outros, eis que abre-se as cortinas do palco e a banda se revela, cantando uma música latina by Ricky Martin com um vocalista de passos dançarinos duvidosos e um refrão contagiante "HARÊ, HARÊ, HARÊ!"

Olhei aquela cena, e no momento, o salão do palco estava totalmente vazio. Todos estavam sentados assistindo àquela cena grotesca. Eis que tive uma idéia para abusar da boa vontade do Rízio, já que ele estava bêbado:

- Ei Rízio. Te pago 10 reais pra ir lá e fazer uma estrelinha na frente do palco.
- Eu não estou tão bêbado assim. Garçom!

E sai andando.

Continuei a andar e descobri que é memorável ver professores que você tinha tanto respeito e admiração, dançando o Créu velocidade 5, como se fosse uma coisa assim... rotineira.

Então começamos a analizar as garotas que conosco estudavam e usavam suas bundas para entretenimento visual de nossa parte.

- Ela dá pra encarar hoje hein?
- Ela eu encaro até depois de acordar.
- Dois.
- Três.
- Nunca tinha reparado nos peitos dela.
- Nem eu. Vai ver é enchimento.
- Pra que um salto daquele tamanho?
- Quero mais cerveja.
- Quero mais cerveja também.
- É. Eu quero mais cerveja.

A organização da festa estava até que competente, entretanto pouco se importou com os comes e bebes. Era aqueles salgadinhos de viado feito barguetes, canapés e outras putarias de sobra, mas coxinha, empada, quibe e esfirrinha que é bom, tinha muito pouco. Passei a noite comendo coisas cujo nome eu desconhecia. Povo inventa cada merda, sem contar que colocam algumas coisa doce no salgadinho (ameixa, uva passa, essas merdas) e fica aquela bosta de gosto salgado com doce. Revolta. Salgadinho bom é aqueles que não passa de 20 conto o cento, procedência duvidosa, carne de segunda, gordura até a tampa, e garçom mal educado.

O jantar foi assaz gostoso com estrogonofe, arroz da vovó e mais uma pá de treta lá. Gostoso, porém desnecessário e exageradamente pouco econômico. Mais eficaz seria se baixasse a churrasqueira com um boi no rolete, feijão tropeiro com ovo, torresmo, vinagrete e arroz de papa. O pessoal fica se preocupando com luxo e glamour, servindo essas brocas de bicha e rango que é bom mesmo, só conversa. Que servissem um frango com quiabo mesmo e angu de ontem.

Outra coisa a se reclamar foi a hora em que a festa terminou. Pouco após às 04:30 os garçons já começaram a virar as cadeiras em cima das mesas discretamente, sem dizer nada, tipo... "Aí, não estamos mandando ninguém embora, só adiantando o serviço". Mas nem precisou também, pois o segurança (que claro, tinha menos que minha altura, mas três vezes minha largura), educadamente fez o favor de dizer que a festa já havia acabado e que não, não iriam servir whisky. Tsc tsc. Mais uma festa sem whisky.

Outro tópico a se levantar foi o número de mulheres feias no evento. Garanto, foram poucas, e as realmente feias, se maquiaram e dixavaram. Colocaram um salto aqui, uma maquiagem ali, levantaram os seios e oh: no grau. A presença de gays foi pequena também, a menos que eles tenham se segurado durante / dentro do local da festa. Em suma, povo muito agradável, e eu ainda conhecia parcialmente o pessoal da festa.

É óbvio que não poderia passar batido depois de tudo. Explico: me formaria agora, mas devido à repetência que eu tomei no meio do ano, infelizmente só formo daqui a 6 meses. Não olhe assim pra mim, tem cara aí dando tristeza muito maior que essa pro pai e pra mãe. E mesmo assim, a expectativa que minha mãe tem em mim é nula. Portanto, só lamento o tempo perdido mesmo. Enfim: no momento do brinde aos formandos, todos os formandos deveriam subir ao palco com uma taça de champanhe e tirar foto posando pra câmera. Muito esperto, foi o que eu fiz. Mesmo não formando esse ano.

Dêem-me um desconto. Passei os últimos três anos da minha vida olhando pra cara dos meus amigos no meio da aula. Eu no mínimo deveria ter feito isso mesmo. Além do que, no momento da foto eu fiquei bem no cantinho, ninguém me notaria.

E até o professor Henderson filou do meu champanhe e aprovou meu ato no momento. Claro, ele só foi saber e se dar conta depois, mas isso é detalhe.

Ah sim, a banda!

A banda que lá tocou foi a mesma que fez a abertura com "harê, harê, harê". Era uma banda de estilo muito bem definido, tocavam música tropical / sertanejo / pop rock / r&b / hip hop / axé / funk / dance. Contavam com uma respeitável banda de um baterista, oito ou nove percusssionista, um saxofonista, tecladista, baixista e tocador de violão, fora o guitarrista que tinha uma Fender. Vocalistas eram 5 ou 6. Era uma daquelas bandas de tocar em baile mesmo. Mas o que de melhor haviam eram as dançarinas. Era o tipo de mulher que você olha, olha de novo, olha de novo e diz: “PUTA QUE PARIU. QUE BUNDA”. E invadi uma vez ou duas o palco para pegar o telefone de uma delas, mas o roadie (que também era segurança da banda) me impediu. Notei que pra trabalhar com festas, o cara tem que ser multitarefa, bom de serviço e paciente. Não sirvo pra ser roadie.

Tocaram umas 4 horas seguidas, sem exagero. Trocavam de roupa com a mesma freqüência com que trocavam de roupa (?).

Ah sim, tocaram Mamonas. Foda. .o/

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Einstein

Mais avisos:

- Não, seus merdas, não larguei o blog de lado. O problema é que ultimamente senti uma atração inexplicável por uma tal de “vida pessoal” que, associada ao fator preguiça, não me deixa atualizar isso aqui. Isso é uma péssima notícia para os 12 visitantes diários que o Google Analytics computa todo dia no meu contador de visitas.

- Gostaria de agradecer pelos clicks em meu AdSense. O Google, que sempre foi muito generoso, me deve US$0,02 centavos. Iu-hu, estou milionário.

- Você fede. Sim, é você mesmo.

Pois bem, vamos ao post. Como hoje não tenho cacete nenhum de assunto para escrever sobre, vou simplesmente refletir sobre cientistas cuja vida pessoal se resumia a usar ópio e bater em uma das esposas. Pois bem.

Pois bem, conhecem o Einstein? É claaaro que conhecem o Einstein, ele é o cientista mais pop-star de todos os tempos. Se Einstein montasse uma banda ia chover de gravadora em cima dele, com muitas gatinhas dando moral (e não só moral...) nos camarins.

Você, por certo, conhece a teoria dele, não? A teoria da relatividade? Pois é. Poderia explicá-la pra mim?

Não, você não pode. Sabe por que? Por que você só conhece por nome, você não entende porra nenhuma do que aquele cientista louco quis dizer ao afirmar que E = mc². Em outras palavras, Einstein não era louco. Era apenas inteligente demais para que possamos compreendê-lo. Há quem diga que apenas uma dúzia de pessoas em todo o mundo compreende o que ele quis dizer. Assumo, não sou um dos doze. Mas vamos aos fatos da vida desse brilhante rapaz.

Einstein, primeiramente, era judeu e nasceu na Alemanha, em 1879, ou seja... mais desgraçado que isso, só se você nascer sem genitália. A cidade de Württemberg foi escolhida para o parto, embora eu tenha a plena convicção que ele nasceu em Brauninha, ou no Prata, durante o carnaval. Whatever, quem sou eu pra contestar os historiadores?

Aos 5 anos de idade, o pai de Einstein o mostrou uma bússola de bolso e Einstein deu pala quando viu que a agulha sempre ficava apontada pro Norte, se é que um garoto de 5 anos possa saber o que é norte. Talvez um garoto qualquer não, mas o garoto Einstein sabia. A partir daquele dia, ele descobriu pra si e tomou a plena convicção de que tudo na vida tem uma explicação e ele descobriria de onde nascera, pois a história do repolho e da cegonha estava muito mal contada.

Einstein não era playboyzinho ou filhinho de papai, estudando nas escolas públicas de Munique, na Alemanha e em Aarau na Suíça. Tenho pra mim que o ensino das escolas públicas da Suíça seja mais bem elaborado que qualquer colégio particular brasileiro. Aliás, a única coisa mais bem elaborada no Brasil do que em qualquer outro lugar do mundo é o sucesso do crime organizado e a cultura podre. Mas isso é papo pra outra história, voltemos à Einstein.

Em 1900, após concluir um curso de Matemática e Física no Instituto Politécnico Suíço (algo como Instituto Universal Brasileiro, mas sem o “aprenda em casa”), foi trabalhar de perito no Departamento de Patentes de Berna, sei lá onde é isso. Fato é que ele tinha muito tempo livre pra morcegar, podendo assim elaborar experimentos científicos no horários vagos. Boa desculpa pra dar pra minha chefe.

Em 1905 que Einstein iria impor uma nova base para a Física moderna. Em outras palavras, ele criou vários conceitos que mudariam pra sempre o rumo dos estudos e pesquisas nessa área. Cientistas já haviam descoberto que um feixe luminoso brilhante sobre um metal levava-o a emitir elétrons e por fim, transformar-se numa corrente elétrica. O problema é que os cientistas não conseguiam explicar o fenômeno, dando-lhe o nome de efeito fotelétrico. Einstein simplesmente chegou, deu tapa na cabeça de todo mundo, dizendo:

“BURROS! Quando feixes de luzes brilhantes atingem metais, eles forçam os metais a desprenderem e emitirem elétrons! E eu vou explicar por que! JEGUES!”

Einstein elaborou então a teoria quântica, e deu sentido àquilo que ninguém conseguia explicar.

No mesmo ano, Einstein tava com o ego em alta e é claro, tinha que mostrar serviço. Para tanto, elaborou outra teoria, e desta vez, foi a da relatividade restrita. Devido a isso, Einstein ficou conhecido no mundo inteiro como uma mente brilhante, e em 1944, bem mais tarde, seu famoso manuscrito sobre eletrodinâmica serviria de base para um investimento de 6,5 milhões de dólares em bônus de guerras.

Em 1915, Einstein criou a Teoria da Relatividade Generalizada. A proposta era apresentar e expressar todas as leis e fórmulas da física da mesma forma que se fazem as matemáticas. Em outras palavras, ele quis apresentar a física ao mundo de uma forma mais simples. Com isso, o resultado foi a teoria da física que conhecemos hoje.

Quem olha assim, lendo todas essas informações acha que Einstein era louco. Mas até que não, ele era uma pessoa mais ou menos normal, tinha uma vida pacata e seu cotidiano era tranqüilo e de boa. Tocava violino e tinha uma compaixão por problemas humanos, tendo simpatia por pessoas oprimidas política ou economicamente, o que me leva a crer que ele era um super herói daqueles fodidos, que não salvam ninguém.

Sempre defendia vítimas de injustiça e perseguições, fazia barraco e chutava tudo se preciso, no melhor estilo “a hora Amy Winehouse”. Tanta coragem chegou a ser recompensada, com magnatas oferecendo-lhe o posto de presidente do Estado de Israel, mas ele foi mais esperto e não aceitou. Uma cabeça de paca igual Israel deve dar um trabalho da porra pra governar.

Até 1930 (que é quando surgiu o nazismo), Einstein era pacifista leras. Entretanto, durante a Segunda Guerra Mundial, ele trabalhou junto ao governo norte-americano e escreveu uma carta ao presidente Roosevelt com os dizeres:

“Hitler tem acesso à tecnologia atômica, comofas/ rsrsrsrsrs témais bjs fui”

Os EUA, entretanto, não se deixaram abater e sabe o que fizeram? A solução. Se a Alemanha tem uma bomba atômica, ou pelo menos acesso para tê-la, vamos fazer uma maior, estilo “Kiko vendo Chaves com um brinquedo e correndo pra buscar um maior e mais bonito”.

Einstein não participou do projeto (ironiamode = 1), mas não deixou de contribuir com a marinha em um projeto sobre explosivos, como consultor. Esse já foi mais estilo “quero ajudar, mas não quero por o meu na reta”.

Após a Guerra, Einstein tomou como sonho de vida a paz mundial (faz a merda, depois tem que limpar o cu com ajuda dos outros) e fez um discurso:

- SOU UM ADEPTO RESOLUTO DO GOVERNO MUNDIAL! A PAZ ENTRE AS NAÇÕES SÓ PODERÁ SER CONSEGUIDA SE TODOS OS HOMENS SE REUNIREM SOB A ÉGIDE DE UM SISTEMA DE LEI UNIVERSAL! E TENHO DITO!

- Cala a boca Albert, eu quero dormir.

Einstein não era lá muito malado, mas nunca lhe faltou breu. Empresas de editoriais, publicações, e essa porra louca, ofereceram milhões por sua autobiografia, e ele só no cu doce. Entretanto, Einstein um belo dia escreveu o que viria a ter o título “Notas Autobiográficas”, e ainda deu uma explicação: escrevera por que era uma boa coisa a se mostrar, aos que estavam desenvolvendo esforços ao seu lado, como uma pessoa que olha pra trás e vê resultado em suas pesquisas. Essas notas foram o único documento escrito por Einstein, conhecido, que possa ser uma possível autobiografia. Ou seja, se ele não contou algo ali, morreu com ele.

O curioso é que ele as escreveu para uma publicação universitária, rejeitando qualquer tipo de pagamento em chicletes, cigarros, putas, balas de morango, ou quem sabe, dinheiro.

Não era bobo, casara-se duas vezes. A primeira vez, logo após sua chegada em Berlim, na ocasião de que foi chegando na cidade e procurando sua fêmea, já que tinha convicção que entendia mesmo era de física. Afazeres domésticos, prazeres sexuais, e filhos eram coisas que só uma esposa poderia dar. Hoje em dia, nem isso tem muito mais.

Num ataque de incesto, casou-se com sua prima irmã, chamada Elsa, durante a Primeira Guerra Mundial. Ela morreria em Princeton (lugar aonde fica a faculdade que o Tio Phil do “Um Maluco no Pedaço” estudou), em 1936. No primeiro casamento, Einstein teve 2 filhos, e no segundo, duas enteadas. Pra que mexer em time que tá ganhando?

Por fim, Einstein foi eleito pela revista Time, a maior personalidade do século XX. Não tiro o mérito dele, mas com quem ele competiria? Pelé? Faz-me rir. Que ele fez além de jogar bola? Hebe? Faça-me o favor, e ainda pedem Playboy daquilo. Um bom páreo pra ele na minha opinião seria John Lennon ou o Gandhi, mas isso é assunto pra eles.

Curioso: Em maio de 2002, foram divulgadas cerca de 1500 páginas do arquivo do FBI sobre o cientista. O que permitiu o acesso a esse material foi uma medida judicial movida pela jornalista Fred Jerome, (sim, o nome DELA era Fred) que tendo essas informações, escreveu o livro “O Arquivo de Einstein: A Guerra Secreta de J. Edgar Hoover Contra o Cientista Mais Famoso do Mundo”.

Segundo o material que constava nos arquivos do FBI, Einstein foi investigado durante todo o tempo que viveu nos EUA. J. Edgar Hoover era o nome do diretor do FBI na época e ele acreditava que Einstein atuava como espião difundindo ideais comunistas e enviando segredos militares para a U.R.S.S. (União Soviética). No entanto, durante mais de 20 anos de investigação, nada foi provado contra Einstein, o que prova que ele não era só inteligente, era esperto também. Ou ele tinha culpa no cartório e nunca descobriram ou então os militares que eram ruins de serviço.

Einstein é foda. Até ergueram uma estátua pra ele em Washington, olha só:

clip_image001

Quando alguém fizer uma pra mim, peço que tenha cuidado ao retocar o nariz. E não me faça muito gordo. Eu não sou gordo.

domingo, 30 de novembro de 2008

Solidariedade

Putada, xo dar um aviso breve aqui, de boa.

Tu taí coçando saco de boa né? Fazendo merda nenhuma? Pois é, então pega pra ler isso aqui, e refletir, OK?

Pois é, tenho um aviso pra dar aqui no blog, gostaria que você prestasse atenção. Lá em Santa Catarina nesse momento, tá um caos total devido a toda a tragédia que você já deve estar sabendo e ocorreu lá. Realmente está muito triste a situação das pessoas que lá naquela área residem e peço vocês a colaboração de estar pegando algumas peças de roupa que não usam e enviando pra lá mediante prefeitura e grandes lojas. É um gesto excelente, que vai com certeza mudar o rumo de alguma pessoa que vestirá a sua camisa lá, e vai comer a comida que você puder enviar.

Então já sabem né? Pra quem mora aqui em Ipatinga, na prefeitura mesmo estão recolhendo doações, e em muitas outras lojas, basta se informar. Peço um pouco de solidariedade da parte de vocês, o pouco que puder ajudar, fará a diferença pra eles. Se cada um fizer sua parte, a vida das pessoas que foram prejudicadas podem voltar a ser como antes.

Valeu aí galera.

E quem quiser ajudar com dinheiro, pode fazer um depósito no Banco Bradesco, agência 0922-9 e a conta 2500-3.

Pessoal, eles precisam. Muito.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Sunset Riders – Parte 1

Há muito tempo atrás, numa era 16 bits, aonde os games eram amados por sua simplicidade e diversão, havia um grupo de justiceiros conhecidos como Sunset Riders. Como viciado nesse jogo, achei que poderia aqui contar detalhadamente o enredo dessa obra prima dos games, como forma de aprofundar o caro amigo leitor no conhecimento gamístico geral.

A história é mais ou menos assim:

clip_image001

No velho oeste, a injustiça sempre foi alimentada pela falta de amor entre os povos, onde o dinheiro teve mais valor e as pessoas, pouco amor no coração. Causando revolta na população velhoestenha (pra constar, não procure essa palavra no Aurélio), tudo sempre foi beneficiado em prol de quem tinha mais dinheiro a pagar. Até que surge um grupo de justiceiros, os Sunset Riders, que para acabar com a injustiça, resolvem meter bala, que é o que sabiam fazer melhor. De fato, toda a idéia era muito boa, mas a jornada de nossos heróis estava apenas começando.

Um de nossos heróis se trata de Cormano. Velho atirador do velho-oeste, cresceu em meio à balas perdidas, tiroteios e mesas de poker. Sua mãe morreu muito cedo devido a uma infecção no útero e seu pai nunca mais foi o mesmo após a morte da mãe. Até que um dia resolveu se jogar num pântano cheio de jacarés devoradores de carne. Cormano chegou a tempo de salvar o que restava de seu pai e então guardar tudo dentro de uma caixa de fósforo.

Após muito tempo, Cormano virou pistoleiro de aluguel, matador profissional, mercenário e claro, prostituto. Claro, não há ramo maior do que o de prostituição e jogos de vícios no velho-oeste.

Cormano recebe uma perigosa missão, entretanto:

clip_image002

Matar Simon Greedwell, um perigoso fazendeiro que cria gado em uma fazenda nas redondezas de Tombstone City (sim, a mesma do Matanza). Não será tarefa fácil, afinal, Simon tem dezenas de capangas e armados até os dentes para matar primeiro e depois perguntar. O que poucos sabem é que Simon é tão capitalista que chega feder. Pois bem, Cormano aceita a missão e vai até Tombstone City cravar uma bala no peito de Simon, acusado de traficar cajuzinho, geléia de mocotó e queijo minas em suas terras. Imperdoável.

Cormano então, chega à cidade após muitos dias de viagem.

clip_image003

Segue andando e observando as casas fechadas, tocos de árvores e um total silêncio em meio ao caos que tudo vai formar. É melhor agir cautelosamente, na frieza da situação! Então, de forma sutil e delicada, Cormano entra em uma casa e rapidamente acessa a laje para começar a fazer justiça.

clip_image004

Eis que Cormano avista um capanga e despistadamente atira em seu peito e o mata, friamente. Cormano segue então em frente para ver um recurso que pode ajudá-lo em sua árdua tarefa. Um suculento frango assado, que garante mais um coraçãozinho em sua jornada por energia. No esquema abaixo, conta-se por revólvinhos.

clip_image005

Cormano segue em frente e chega então a um curral com um enorme amontoado de palha. Friamente, nosso herói segue com cautela para evitar qualquer má surpresa. Não podia falhar, aquilo era questão de honra. Como poderia sobreviver em meio a todos aqueles tiros? Somente a experiência e a velha coragem que herdou de seu pai poderiam ajudá-lo (e claro, o frango assado). Eis que do amontoado de palha, surge um capanga, com dinamite na mão, pronta para explodir e então a joga contra Cormano. Esse desvia, pula até a dinamite e a joga de volta gritando:

- Perdeu playboy!

E então a dinamite se explode em meio a palha, formando uma amontoeira de pixels mal colocados na tela e levando para o inferno o homem que tentou matá-lo.

clip_image006

Não obstante, Cormano ainda faz pose pra câmera em slow-motion, para dar aquele clima de ator de filme de ação fodão. Chega de brincadeira! Cormano continua seguindo em frente, pronto para caçar a alma do fazendeiro traficante a qualquer custo. Ia fazê-lo limpar a bunda com seu rico dinheirinho. Eis que alguns passos à frente, Cormano sente uma tremedeira no chão. Não pode ser, nos filmes de faroeste não tem terremotos! O que pode estar acontecendo? Eis que um bando de galinhas saem correndo para a direção contrária, indicando claramente que tem merda aí.

clip_image007

Eis que ao olhar mais à frente, ele percebe: era uma tourada, pronta para pisoteá-lo até a morte, matá-lo e então comer sua carne dos anjos condenados. Por certo, Simon soube através de deduragem que havia um matador indo caçar seu couro e então soltou a tourada para pegá-lo. Mas ele não contava que Cormano era um jovem treinado pela vida. Mais que depressa, Cormano subiu na armação que construíram e destruíram logo após para se proteger da manada. Essa trairagem ia ter troco!

clip_image008

Então a tourada foi-se embora, sem que nosso herói virasse pastel em meio às pisoteadas deles. Cormano segue seu caminho até chegar em uma pinguelinha, que corta o rio. Furioso, sai metendo bala e explodindo todos, um por um, sem deixar ninguém vivo pra contar a história.

clip_image009

Foi pelo rio, para pegá-los de surpresa. Esperto que era, não teve dificuldades em passar por ali. Até que após muita saraivada de tiros, dinamites, e não menos importante, canivetadas. Era logo a frente a fazenda de Simon. Cormano olhou a placa, “FARM”, respirou fundo e seguiu em frente, determinado a molhar o chão com o sangue de seu inimigo.

clip_image010

Concluiu: “É, deve ser aqui.”

Então seguiu em frente, respirou fundo e fez uma oração a Santa Rita de Guadalupe para que guardasse sua alma caso não voltasse vivo dessa missão. Já não suportava mais injustiças no mundo e o uso de sua roupa de mexicano rosa não o tornava menos homem. Era preciso fazer algo, e RÁPIDO.

clip_image011

Foi então que seguindo em frente, conseguiu avistar a segunda tourada que Simon enviou para capturá-lo. Tais atitudes demonstravam medo, desespero e sabia que o fight lá ia ser bruto. Ninguém escapava das balas de sua arma, e não era diferente com um porco capitalista traficante. Era melhor fazer algo e rápido.

clip_image012

Foi então que caminhou decidido até a casa de seu inimigo, pronto pra cravar-lhe uma bala no peito, por honra, e é claro, pelos dez mil que o esperava.

Chegou a casa de seu inimigo e gritou então:

clip_image013

- Simon, seu filho da puta, saia daí já!

- Como ousa me chamar assim, seu moleque!

- Vou cravar-lhe uma bala no peito agora. E não haverá perdão!

- ... quem caralho é você?

- Não interessa, prepare-se!

- IT´S TIME TO PAY!

Foi então que Cormano desviou para o lado e começou a se esconder da saraivada de balas que chovia contra a sua pessoa. Era muito arriscado, mas escondeu-se atrás de um banquinho e começou a dividir o destino dos tiros entre os capangas e Simon. Simon tinha dois alambiques que o protegia, pois também estava entrando no ramo de tráfico de bebidas alcoólicas, suco de caju e água mineral gaseificada, como seu amigo Al Capone. E a bala chovia a solto, a torto e à direito e por pouco não sobraria ninguém pra contar história alguma. Foi então que Cormano teve uma idéia. Mirou no alambique e este pegou fogo, que alastrou pra cima de Simon. Começando a se contorcer, eis que ele cai no chão de dor, pronto pra morrer e então diz por último...

- Me enterre com meu dinheiro...

clip_image014

Cormano sabe que aquele é só o começo da justiça no velho oeste. Soube, mediante informações de que a carga que Simon trazia pra comércio local era trazida por um transportador com nome de Hank “Olho de Águia” Hatfield. Era preciso fazer justiça, e então Cormano montou em seu cavalo e foi atrás da linha do trem, que era de onde a carga estaria saindo agora.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Acaso e sorte

Tudo nesse mundo está sujeito à vontade e desvontade do acaso. Esse safado que nos detona, que simplesmente acaba com nossas expectativas em alguns momentos, nos coloca em situações apertadas, onde ficamos prestes a foder com tudo e com todos, sim, ele.

O acaso segundo o Aurelião, é um conjunto de causas independentes entre si que, por leis ignoradas, determinam um acontecimento qualquer. Em outras palavras, é imprevisível, anormal, coisa que só acontecem uma vez a cada vida e uma a cada morte.

Pois bem, se estamos à mercê do acaso, não podemos bobear. Sim, afinal, o acaso é aquele que sempre nos passa uma rasteira, só esperando pra ver nossa queda com a maior cara de risada do mundo. Mas não pense que nós, humanos, estamos indefesos. Não, claro que não! Nós temos nossas armas contra o acaso, e claro, a sorte.

Contra o acaso não funciona o tipo de armas que estamos acostumados a usar, seja você guerrilheiro ou pacifista, John Rambo ou Mahatma Gandhi. As armas usadas contra o acaso contém poderes impressionantes, coisa chique mesmo (ui!).

Listarei aqui, como sempre faço, algumas armas usadas contra o acaso, azar, encosto, demônios, trem-ruim, tudo que forças espirituais controlam.

Pois bem, comecemos:

PÉ DE COELHO

pe-de-coelho_72dpi

Ataque: ?
Defesa: 7,5 (falha muito nas defesas de simpatia contra você)
Prós: É leve, e há quem diga que é raro falhar.
Contra: Há quem diga que não muda muita coisa pra você. Muda mais para o coelho.

O pé de coelho é uma arma inventada contra os encostos que seus vizinhos do candomblé jogam contra sua pessoa. Arma muito bem elogiada no mundo da falsa magia. Como se vê, seus Attack Points são, quando não nulos, desconhecidos. Pode ser usada como chaveiro, podendo você levar a qualquer lugar. Além de pequena, é muito portátil. Para conseguí-lo basta ir ao mato que ronda a Lagoa do Piau, localizada nas redondezas do cú de Minas, armado dos seguintes ítens: espingarda (para matar o coelho), miojo (para fazer quando sentir fome), canivete (para cortar o pé do coelho), pano úmido (para limpar a sujeira), pá (para enterrar o coelho), crucifixo (para fazer o enterro do coelho), um padre ainda em etapa de catecumenato extensivo (para celebrar o enterro do coelho) e é claro, não menos importante, repelente contra os mosquitos. Reza a lenda, que na Lagoa do Piau tem mosquitos do tamanho de papagaios-louros.

Após a captura e amputação do coelho morto, tudo que tens a fazer é simplesmente confeccionar seu pé de coelho ao seu bel-prazer. Vale tudo: pintá-lo, escrever "Lula 94, sem medo de ser feliz", "Sebastião Quintão, bom de serviço", e dependendo do tamanho da pata do coelho, uma frase inspiradora como "O importante é se importar com a importação dos importados."

CUECAS DA SORTE

cuecas 1

Ataque: 6,5 (após uma semana de uso contínuo, vai caindo um ponto por dia. Valores negativos significam azar. Valores MUITO negativos significam afastamento de fêmeas. Valores extremamente negativos é isolamento do mundo ao seu redor.)
Defesa: 5,5 (Só segura duas coisas, e você sabe o que é. E uma dessas coisas, na verdade são duas. A cueca é tida como excelente goleira.)
Prós: Como disse, é ítem obrigatório no uso para o homem. Não tem como você esquecê-lo, a menos que seja tarado.
Contra: Como dito anteriormente, necessita de constantes trocas pra manter em alta a sorte, e mais que isso, a higiene dos órgãos particulares.

A cueca da sorte não é a melhor das armas, necessita de constante manutenção, troca e lavagem. Além do que, é bem provável que ela se mantenha suja após uso constante, afastando o que você realmente procura, ou seja... sorte e mulher. Não nessa ordem.
Feita em pano, ela se trata de uso obrigatório para o homem, mas nem toda cueca usada dá sorte. E tenha 5 ou mais, para trocas eventuais. Há quem diga que a cueca da sorte trouxe a sorte da prática sexual com uma mulher de boa aparência, mas no momento do ato houve a rejeição, pois não estava bem lavada. Favor evitar deslizes como esses.

TREVOS DE QUATRO FOLHAS

trevo_72dpi

Ataque: 0
Defesa: 0
Prós: É raríssimo. Se achar um, olhe direito. Será um de três, e você ficará triste por 3 segundos de ilusão.
Contras: Por ser raro, você vai achar que um artefato como esse vale algum dinheiro. Tente vendê-lo no eBay, e acredite, haverão idiotas de sobra querendo tirar dúvidas sobre o produto, mas nenhum pra comprar.
 

Pois bem, o trevo de quatro folhas é raríssimo. Há quem diga que viu, há quem diga que nunca viu, e há outros que dizem que viram, mas fumaram a folha. O que, é claro, não deu nada em sorte.

Fato é que o trevo de quatro-folhas não existe. Entretanto ele, de uma forma ou outra, se mostra presente em cada um que crê nele. É questão de interpretação. Você não vê nem toca o trevo de quatro folhas, entretanto sabe que ele existe. Já houve casos de usuários de Cannabis Sativa usarem o trevo de quatro folhas para fumar, o que não deve ter dado nenhuma reação alucinógena.

Para interpretação de usuário, o trevo de quatro folhas tem sua maior plantação nas florestas da Colômbia, o único país no mundo que o governo é submisso do tráfico (tirando as regiões africanas, mas a fonte lá é diamante) e portanto, vêem a Colômbia não como paraíso (esse é em Miami), mas como fonte. Tipo uma nascente para o "trevo de quatro folhas".

Assumo que nunca cheguei a usar um "trevo de quatro folhas", nem nunca cheirei pó de "trevo de quatro folhas", entretanto é fato de que esse tipo de (cof cof) amuleto da sorte vem fazendo sucesso por aí. Hippies e rappers são constantes sortudos por esse artefato.

LER HORÓSCOPO

horoscopo

Ataque: 2,5
Defesa: 3,41
Prós: Conta como vai ser seu futuro, ou algo próximo dele.
Contras: Você precisa acreditar nele. E é exatamente aí que fode tudo.

Ler horóscopo é uma excelente atividade, muito praticada por mulheres atoa, frequentadoras de salões de beleza. São frequentadoras de salões de beleza, pelo seguinte: falar da vida alheia lhes dá um prazer tão grande que se equipara aos orgasmos que teve na juventude com seus namoradinhos 8 anos mais velhos que ela. Outra é que já estão caídas, malacabadas e esperam que um dia o cabelereiro viadinho vire um curandeiro, fazendo todo o tipo de milagre para reaver de volta a beleza às suas clientes.

Pois bem, falávamos de ler horóscopo. Começa com o signo, sim. Muitos consideram o zodíaco como o centro do universo, o equilíbrio universal de todas as coisas. Ele foi milimetricamente pensado pelos antigos como uma grande força capaz de ditar as regras que tudo deve acontecer. Doze símbolos cuidadosamente escolhidos (centauro pro sagitário? Aquário? Virgem?) que descrevem através de datas de aniversário, rotações da órbita da Terra com o equilíbrio lunar, envolvendo milhões de forças ocultas trabalhando contra ou a seu favor.

Toda essa informação é repassada através de cartomantes. O problema é que o ramo da cartomancia atualmente está escasso, obrigando que suas praticantes sejam também cafetonas, camareiras de motel, faxineiras e por que não, dançarina de strip-tease?

O processo é simples. Com um baralho de truco modificado (carinhosamente chamado de "tarô"), a cartomante começa respirando fundo e recebendo todos os santos, orixás, duendes e poltergheists em seu corpo. Finge um tremelique em meio a todo o ambiente e finalmente começa a embaralhar as cartas. E finalmente a verdade vai ser dita.

Então finalmente tira uma carta: A MORTE. Desenhada baseada naquela face normal que temos da morte, uma caveira com foice e capa preta, a carta mete realmente medo. O óbvio seria que a morte está pronta para buscar o cliente. Mas como dizem as "picaretas", o tarô tem muitos significados. Portanto, somente uma interpretação mais a fundo (e claro, cinquentinha a mais) poderá explicar qual a ligação que aquela carta teria com sua vida.

Você sai da tenda pior do que entrou: preocupado, angustiado e com cinquenta reais a menos.

Depois perguntam por que ciganos não tem carteira assinada.

LIGAR PARA O WALTER MERCADO

walter

Ataque: +99 (PLUS)
Defesa:  +99 (PLUS)
Prós: É a única forma de se defender do azar totalmente. Infalível, implacável e inacreditável.
Contra: Nenhum! É o único meio que a sorte tem de prevalecer 100%! Walter Mercado é a lenda do gerenciamento de sorte no mundo!

Walter Mercado é hoje o maior empresário do ramo de sorte do mundo. Foi consagrado como tal por ser o único e por nunca permitir que o azar lhe batesse às portas.

Porto riquenho, é um célebre astrólogo, conquistou multidões com seu carisma, e certeza nas afirmações que tava. Suas teorias sempre estavam certas e incontestáveis. Seu programa era um sucesso, conquistou índices de ibopes gigantescos, ultrapassando sucessos como Telecurso 2000, Cocoricó e pasmem, o horário político de Suçuaruna do Sul.

Seu programa tinha apenas 30seg a 1min de duração e com o número de seu telefone piscando na tela, as ligações pipocavam! Começou no mercado de sósias, tentando ser um de Marta Suplicy, mas sua carreira deslanchou mesmo no ramo de astrologia.

Conta a lenda que certo dia, o operador da mesa telefônica falou ao diretor:

- Não podemos mais receber ligações!
- Por que, estouramos o limite de ligações simultaneamente?
- Errado. Não pagamos a conta de telefone.

Walter Mercado sempre apresentava seus programas no auge da elegância. Seu alfaiate era muito conhecido em terras da Romênia, o lendário Conde Drácula. Além disso, Walter conseguiu criar um lendário bordão e sempre terminava o programa com a célebre frase: "Ligue Djá!".

De fato, um grande ícone da TV, um astro, um protetor de nossa sorte, quiçá um cidadão honorável em nossas terras.

Sorte com ele é garantida. É ligar e sua alma será protegida, seus encostos serão afastados, as mulheres feias passarão longe de você e enfim, poderá dormir tranquilo. Com uma gostosa do lado.

sábado, 15 de novembro de 2008

Burradas

Burradas e vacilos muitas vezes constituem um fato que a pessoa poderia ter evitado, se periodicamente usasse o cérebro pra pensar.

A pessoa na maioria das vezes, até consegue planejar direitinho todo o roteiro, mas esquece de um pequeno detalhe, ou então cai na idéia de alguém sem perceber a real intenção ÓBVIA dessa pessoa. Cá pra nós, é bem falta de atenção mesmo. Mesmo!

O que fazer? Cara, na boa, o melhor é assumir. Primeiro passo mesmo, sejam sinceros. Ou não, o orgulho sempre em primeiro lugar, nunca o deixe pra lá! Mas quando o vacilo é óbvio, fazer o que?

Infelizmente, nada a se fazer. Só aceitar.

Posso citar exemplos de como um ser humano pode ter o mesmo cérebro de um asno, tomar atitudes de um jegue, e um QI de dar dó.

Veja bem:

- John Uriah, o maravilhoso inventor de medicamentos para sistema respiratório.

Veja bem, nos arredores de um vilarejo na Espanha era muito poluído devido às queimas que haviam pela região. Nada muito poluente isso, mas misturando com o ar seco que era geral na região, isso comprometia o sistema respiratório do povo na região. Pra ser franco, as queimadas com o ar naquela região poluíam mais que Opala 4.1 soltando fumaça preta e fuligem, COM o carburador desregulado. O ar lá era tão poluído, que dava pra pegar ele, como se fosse poeira. Sua consistência o ar de uma mesa de poker com charutos cubanos queimando a desdém.

Foi então que esse filho da puta desse John Uriah teve a idéia de fazer um medicamento contra o ar poluído. Isso não seria um problema se não fosse o fato de que: quimica

1 - Ele não entendia NADA de medicina. Nem NADA de química. NADA de biologia. Aliás, em áreas biológicas, reza a ficha do condenado que ele não sabia nada MESMO. Como o cara espera fazer um medicamento sem conhecimento pra tal tarefa? Quer dizer, "misture 250ml de Coca-Cola com 3 colheres de Leite Ninho em um recipiente limpo, sem leite. Tomar a cada 6 horas."

2 - A forma como ele teve a idéia. Quer dizer, ele viu que o povo precisava ser curado do mal que aquele ar contaminado causava, pensou: "um medicamento para cura disso!" e lutou sua vida por isso. Eu, por exemplo, sempre sonhei em viajar para outro lugar em segundos, vou passar o resto da minha vida tentando uma forma de construir um teletransporte, porém não quero estudar física, números e programação. Afinal, numa máquina de teletransporte, tal conhecimento NÃO É NEM UM POUCO NECESSÁRIO.

Então John Uriah conversou com um químico amigo dele (que seria o real inventor, se esse medicamento realmente existisse) e o amigo dele disse que deveria tentar diferentes fórmulas e misturas, mas que precisaria de um cobaia para os testes. John perguntou o que poderia ser, então o doutor respondeu:

- Uma mula, um animal grande e forte para aguentar as doses.
- Deixe comigo.

O que houve então?

John saiu pra pegar sua mula, enquanto o doutor faria o medicamento. Ao voltar, o doutor terminou a fórmula e aplicou na mula, que sobreviveu durante mais um dia e então morreu.

mulas John ficou desolado sem sua mulinha, mas não desistia fácil. Não tinha mais mula, roubaria uma. Então saiu pra roubar sua mula, aquela que tivesse parada na estrada sem dono era dele. O que não foi difícil de achar. John roubou a mula e aplicou a dose nela. Dois dias depois a mula agonizava e fechava os olhos para encontrar a morte.

E assim foi. Quando a mula morria, John roubava outra, e outra, e outra. Por fim, após duas dezenas de tentativas, ele desistiu. Não havia, naquelas redondezas, mais mulas a roubar.

Mas John não era burro! Não... era um jegue, um asno, qualquer outra palavra que damos a pessoa que rouba mulas, as mata e NÃO ENTERRA O CADÁVER. Isso mesmo, ao matar as mulas, John (não sei como) as jogava no fundo de seu quintal uma em cima da outra, formando aquele bolo de cadáveres quadrúpedes. O cheiro não demoraria a chamar os vizinhos roubados que olhariam e viriam suas mulas mortas.

Após a descoberta, John nunca mais foi visto. Provavelmente ele fugiu de cavalo, já que não haviam mais mulas. A verdadeira invenção dele não foi um remédio em fase experimental, e sim uma espécie de GTA dos velhos tempos, na vida real.

- A expressão "martelo para desempenar vidro"

Essa é clássica para ser usado contra novatos em lojas. Ocorreu ano passado, quando eu ainda trabalhava em uma loja de produtos variados, de acabamentos, construção, material elétrico, enfim.

Entrei na loja sem o menor conhecimento técnico e não tinha noção do que era uma polegada (1") nem 3/4 de uma polegada. No meu primeiro dia, pra se ter uma idéia, fui visualizar um cano PVC tigre e notei que sua bitola (algo como a grossura do cano, medido em polegadas ou milímetros) era 3/4 (três quartos). Um atendente me pediu pra verificar qual a bitola que era do dito cano, e eu lá fui visualizar.

Liguei de volta:

- Alô? Cara, é 34mm.
- QUÊ?
- Ora, tá escrito aqui, 34mm!
- Trinta e quatro milímetros?
- É!
- Tá escrito milímetros?
- Não... só 34.
- Não é 3/4 não?

Aí eu olhei o cano e vi que sim, tinha uma barra entre o 3 e o quatro.

- Ah é. Perdão pela vergonha que eu passei.

Enfim. Dali pra frente fui adquirindo esperteza e experiência, como em um jogo de RPG, fui subindo meu level, embora meu salário era sempre o mesmo. Fui conhecendo e quando o cara vinha com uma pegadinha de mau-gosto, eu rapidamente já tinha o dom de saber esquivar.

Acontece que tais brincadeiras são como herança, e na loja tudo tinha que ser repassado. Inclusive, é claro, as brincadeiras. Aí entrou uma mocinha no balcão, loirinha, o tipo de gata que impressionava toda a loja. Pensei em pedir o telefone dela e marcar um encontro, mas aí não teria tanta graça. Isso eu pediria depois.

Mas não, resolvi pedir antes. O encontro, ela me deve até hoje, mas duvido que depois do que lhes contarei aqui ela sequer volte a me ver.

Aconteceu o seguinte:

Ela como novata, não conhecia porra nenhuma de nada da loja. Claro, ela estava adquirindo experiência, então muito normal isso acontecer.

Eu cheguei com cara de afobado, desesperado com tudo e todos, falando rápido pra ela.

- Ingret! Ingret, rápido, rápido, liga pra Meirielen e pergunta quando vai chegar martelo pra desempenar vidro, tem 3 clientes loucos pra comprar e estamos sem nenhum no estoque...

Ela começou a ficar desesperada, pois nunca havia lidado com uma situação daquelas.

- Liga aí, rápido.
- Tá, tá, tá, mas qual número?
- 23, 23, 23!

Aí ela ligou tremendo e a Meirielen, a mocinha do setor de compras atendeu:

- Meire? Meire, aqui é a Ingret, e to ligando pra saber de um produto que não tem mais no estoque da loja, é... martelo... pra desempenar vidro. - martelo-f-300Nesse meio tempo eu saí de perto dela pra rir, eu não aguentei. Por certo, Meirielen diria, com seus 2 anos de experiência naquela loja que não existe um martelo feito pra desempenar vidro.

Por certo nada. Meirielen começou a procurar no sistema TAMBÉM. E perguntou a Heloísa, a outra moça que trabalhava no setor de compras.

- Heloísa, quando chega martelo pra desempenar vidro?
- Não sei Meire, eu não chequei esse pedido ainda.

Eu, que estava na extensão ouvindo aquela treta, não aguentei, comecei a rir feito louco. Cara, uma novata não saber aquilo, tudo bem, mas uma menina com 2 anos de loja, mais outra com 3 TAMBÉM NÃO? O que elas ficavam fazendo lá em cima no setor de compra, jogando poker?

Eis que a Heloísa pergunta pro nosso patrão, o supremo proprietário.

- Patrão, tem 3 clientes procurando martelo pra desempenar vidro, o senhor sabe quem é o fornecedor?

Ele olhou pras duas lá dentro e perguntou:

- OH. Vocês já analisaram o que tão me perguntando?
- ...
- Meire, tem alguém fazendo hora com nossa cara.
- ... É...

Aí retornam a ligação pra Ingret:

- Ingret, tem alguém zoando com você. Foi cliente?
- Como assim?
- Ingret, analisa! Martelo pra desempenar vidro!
- Oh! É mesmo!

Me lembro muito bem da cena. Ela simplesmente me procurou com os olhos e eu estava atrás de uma estante. Ela me viu e veio correndo com cara de "eu te pego, filho da puta!"

Ainda deu tempo de eu perguntar

- Poxa, eu ia te pedir pra perguntar sobre o oxigênio em pó também!

Sacanagem. E eu tava doido pra sair com ela.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Falta do que fazer

Olá criançada. Aqui quem vos escreve é o Tio Caio, tudo bom? Comigo não está quase nada bem, acreditem.

No momento em que este post lhes é redigido, me encontro no laboratório de informática da Escola Técnica JK, já que acabei as atividades propostas pelo professor. Estou fazendo uso da internet de forma um pouco ilícita, acessando a rede sem ter autorização pra isso. O grande problema é que a rede é uma ofensa para nós, alunos, não invadirmos.

O sistema de proteção da rede de computadores dessa escola é tão seguro quanto uma porta encostada e uma placa: "Ladrão, favor não entrar."

Numa instituição de ensino onde se leciona matérias técnicas de informática, o mínimo que se poderia fazer era uma rede cuja invasão exigisse uma base de estudo e informações aprofundadas sobre o assunto em hacks, e coisas do tipo e não uma que qualquer pessoa de conhecimento "qero invadi rede comofas/" consiga acessar de qualquer forma.

Mas tudo bem, o que ocorre é que lá fora está caindo uma chuva do caralho e eu vou a pé pra casa, já que moro no mesmo bairro que meu colégio fica. Rezo a São Pedro para que a chuva pare até lá, caso contrário chegarei em casa com a aparência que lembra um pirata numa tempestade em alto mar.

Ah sim, não falei da vontade tremenda que estou de cagar. Sim, deixe-me contá-las a vocês! No recreio, fui à barraca de salgadinhos do André careca, que fica logo aqui do lado e comi um pastel de frango, um churrasquinho de boi e um copo de Sukita. Parece que a mistura quer descer e já tomei como princípio ético de vida nunca cagar no banheiro da escola. Sei lá, é nojento, e tem mensagens escritas na parede do tipo "Faço sexo oral, 8854-1548" ou "H x H Favor me procurar. 3º Período de Mecatrônica". Sem contar o papel, que é inexistente. A cada vez que compram um rolo, ao invés de passar no cu (que é o que se deve fazer com todo papel higiênico) alunos baderneiros e filhotes de satã fazem bolinhas e os molham, tacando nas lâmpadas. Sim, é o cúmulo da falta do que fazer, mas quando se é assim, não tem jeito.

A solução portanto é chegar em casa e torcer para Dona Maria não estar utilizando o banheiro, por que senão eu vou ter que segurar por no mínimo 6 minutos.

Hoje é quinta-feira, tem A Grande Família, e o Agostinho é um excelente personagem, é o Seu Madruga dos tempos modernos.

Mas esqueçam, não vos venho falar disso.

Para falar a verdade, escrevi tanto que me esqueci de qual assunto vim dizer aqui.

...
...
...
...

Ah sim, lembrei!

Mas tá na hora de ir embora... ¬¬

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Bullying leve e zoeiras.

Desde os primórdios dos tempos, desde as primeiras gotas de chuva tocarem o solo da Terra e os raios solares iluminarem, existe o bullying. Trata-se de zoar, intencionalmente, a título de brincadeira maldosa uma pessoa por algum defeito físico ou psicológico que ele tenha. Por exemplo, um garoto com dentes grandes é chamado de coelho, outro com óculos é chamado de quatro-olhos, e essas putarias assim. Sempre fui magro e muito alto, então eu era o "Vareta" na minhas épocas de classe escolar. Nem me importo muito, a zoeira que eu praticava era consideravelmente maior do que a que eu recebia.

Lembro-me dos meus tempos de bullying, claro, não praticados por mim. Mas devo citar que houve amiguinhos que se ferraram na mão de colegas de classe maldosos, isso quando não sofriam na mão dos professores. Fato incontestável é que isso dava pra ver na cara que incomodava o receptor da zoeira e pra piorar, isso era como um motivo pra continuar, e o filho da puta continuava zoando por pura maldade. Nunca fui esse filho da puta.

Alguns casos de bullying eu já vi de perto, alguns realmente maldosos e ofensivos.

- Língua enrolada.

Nos meus tempos de prézinho, na Escola Infantil Reino Encantado, existiram diversos casos de bullying, e hoje me lembro de um em especial que chamaria a atenção consideravelmente. Havia um amigo meu cujo nome era Helton ou Cleiton, ou sei lá, só sei que o nome do cara termina com a sílaba "ton". Esse cara, que na época era um garoto tinha um problema na língua, era enrolada. Em outras palavras, ele era fanho. Então, naquela época isso foi um grande atraso pra ele, coitado. Ele não aprendia a ler e falar corretamente por causa da língua enrolada. Em outras palavras, pra dizer meu nome, ele dizia "aio", pra professora era "oeoa"e por aí vai. Ele não tinha firmeza na língua pra dizer as consoantes, apenas emitia o som de vogais, que fazemos com a garganta.

Até aí, já não estava nada bem, e o problema é que o coitado comia massa de modelar, era caolho tinha cabelo ruim e chorava todo dia com a zoação dos coleguinhas. Quando criança, eu era bonzinho e não fazia chacota com a cara do garoto, então eu sentava na mesma mesa que ele. Só pra constar, no prézinho sentamos 5 garotos em uma mesa da altura correta, e não cada um em uma carteira.

Pois é, teve um dia que ele se emputeceu. Ele não ia aguentar mais aquela falta de respeito com ele. A sua paciência havia chegado ao fim, e ele não estava nem aí pra nada, ele estava implacável. Eis que ele chega e confessa o plano para mim, que era um cara que conversava com ele:

- Aio!
- Han... E aí cara?
- O Uo! a o u! e oooa! e-hi aa ó a-hem hi a inha a-a!

Tradução: "To puto! Que porra! Esses caras só sabem rir da minha cara!"

- Poxa cara, calma... - eu entendia o dialeto que ele pronunciava
- Aua o a-hete! Hého em haher! Hô hehar he-hal!

Tradução: "Calma o cacete! Quero nem saber! Vo quebrar geral!"

Ali eu vi que ele tava falando sério. Olhos inchados, querendo chorar de raiva, mas ele foi à caça de um por um, tipo o Max Payne, sedento por vingança, chegou no meio da quadra e gritou:

- Ó-ha i hihos da huda!
Tradução: "Corja de filhos da puta!"

Ninguém entendeu nada. E cá pra nós, isso que eu traduzi foi tradução aproximada. Ninguém nunca vai saber o que ele disse, e nem ele. Porque, 15 segundos depois, geral da sala caiu batendo nele e eu só lembro de ver ele tomando bicuda na barriga feito louco, coitado. Eu ainda tentei gritar pra mandar eles pararem, mas pra ser franco, ninguém me ouviu.

Apanhou muito o coitado. No dia seguinte, eu nunca mais o veria, pois os pais o tiraram da escola. Sei lá pra onde ele foi ou qual rumo ele tomou na vida...

- Coqueiro

Aconteceu por volta da minha 1ª ou 2ª série, não me lembro. Tratava-se de uma pequena peça de teatro, e todos os alunos iriam participar. Montaram o cenário e se tratava de uma floresta. Era algo com uma princesa, um príncipe, um rei, uma rainha, e tudo mais, no melhor estilo "Era uma vez".

E começaram a distribuir os papéis. Coincidentemente, o Raul, que era loirinho dos olhos verdes, pegou o papel de príncipe juntamente com a princesa Letícia, que também era ariana. Tenho pra mim que minha professora era seguidora de Hitler, mas whatever.

Na hora de distribuir os papéis, os alunos mais bonitinhos e bem afeiçoados ficavam com os papéis principais, e nós, os feios, com os papéis escrotos.

- Raul.
- Eu, professora!
- Você vai ser o príncipe!
- Letícia!
- Oi?
- Você vai ser a princesa.
- Júnior.
- Sim?
- Vai ser o rei.
- Caio!

Aí eu cheguei. Ela me olhou de cima a baixo, fez uma expressão facial que demonstrava algo como se tivesse me tirado do nariz, ou do cú.

-... Hum... Deixa eu ver... ah, já sei, você vai ser o coqueiro.
- Como?
- O coqueiro. É muito fácil, não precisa dizer nada, ninguém vai olhar pra você, então não precisa ter vergonha.

Pois é, eu era o aluno feio. Não tendo melhor papel pra mim, e usando a desculpa de que eu sempre fui um dos mais altos da turma, eu sempre fiquei com o papel de árvore.

Era simples. Nos ensaios, bastava eu ficar olhando pro nada sem demonstrar qualquer emoção na face. Caso desse errado, bastava ficar quieto. Eu nunca erraria a fala. Afinal, eu não tinha fala.

Daí começaram a mangar da minha cara. Chamavam-me de coqueiro, até o dia da peça.

Minha mãe tava lá na primeira fila com uma máquina que havia comprado com filmes de 36 poses (naquela ocasião, câmeras digitais eram apenas protótipos.).

E então começa a peça. Entra o Raul e começa a recitar as falas e eu lá com uma roupa marrom e um chapéu verde na cabeça que lembrava a copa de um coqueiro. Fiquei olhando a peça, de cima do palco, desconsiderando o fato de que eu tinha um BRILHANTE papel durante a história.

O problema era minha mãe batendo foto de tudo quanto é ângulo, se orgulhando eu não sei DO QUÊ. Mas lá estava.

Devo ter as fotos até hoje. Se eu já não as tiver queimado.

- Gordura

Essa é foda, realmente violenta.

Estudei da 6ª série até a 8ª em um colégio Adventista. Até que era boa escola em questão de amizades e os professores eram gente boa, e é claro, haviam os alunos zoados.

E um desses era um de meus amigos, que embora eu não vá citar seu nome aqui, é bem óbvio pra muitos que frequentaram a sala de aula comigo.

Esse meu amigo era exageradamente gordo. Roliço. Rechonchudo e muito, muito, muito gordo mesmo. Era um cara gentil, gostava de conversar com as pessoas, um pouco mimado, mas realmente gordo. Não que isso seja um defeito, e sim uma característica.

Tá brincando que ele não iria ser um cara zoado né? Pois bem., começamos a chamá-lo carinhosamente de Nhonho, porpeta, Zanon (do Sr. Barriga, esse é o primeiro nome dele.), picolé de bacon, enfim. Não seria um problema se as zuações parassem aí.

Começamos a, todos os dias, no EXATO momento que ele fosse sentar, todos os demais se levantassem e sentassem de volta, como se o peso dele fizesse força para tudo subir, entendem? Aquilo virou mania e perseguição, toda vez que ele fosse sentar, era fato, todos os demais levatavam e sentavam de volta. Claro, aquilo uma hora lhe subiria o sangue. E eis que ocorreu:

Havia um de nós zoadores que era o mais irritante. Eu zoava ele um pouco, mas precisando, eu estava ali pra ajudar nosso amigo gordinho. E sempre que ele pedia pra parar, eu parava sem problemas. Porém, esse que era o mais irritante, fez um dia de sacanagem...

A professora estava esperando que todos fossem ao banheiro, um por um, pra evitar confusão. Então eu fui, voltei, foi outro, voltou e assim por diante. Chegou a vez do gordinho, e todos esperando para que ele sentasse, para então levantar e sentar de novo.

E logo após o gordinho, era nosso amigo irritante. Ele fez questão de esperar ele sentar para que então pudesse levantar. E foi o que ocorreu. Ao nosso amiguinho gordo sentar, o irritante deu um pulo de 1 metro e caiu no chão rolando.

A galera começou a rir, e ele se contorcendo no chão. Ao voltar do banheiro, ele mancando. Fingindo, é claro.

Isso não foi o pior. O pior ocorreu meia hora depois. O irritante chegou no ouvido do gordinho e começou a dizer:

- Gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay.

Eu estava vendo isso e pensando:

- Isso vai dar merda, 06. - Sim, fui eu que inventei a frase.

E então o gordinho soltou um grito de impaciência:

- PORRA! VAI TOMAR NO CU! NÃO ME ENCHE O SACO, FILHO DA PUTA!

A sala se calou.

A professora, depois de 2 segundos, respirou e disse:

- Que boca é essa rapaz?
- Ah, se ferrar todo mundo! Esse filhote de vagabunda tá me chamando de gay a 5 minutos, e você que é sonsa não faz nada pra ele parar!
- Como é que é? Eu, sonsa? Ele te chamando de gay?
- É isso mesmo!
- Vão os dois pra diretoria. AGORA!

E foram. Eu só sei que no final da aula, os dois foram suspensos. 4 dias. Claro, houve ameaça de morte entre os dois.

Só que ambos estão vivos. Droga!

- Torneio

No meu primeiro ano eu já fui para a Escola Técnica JK, cursar meu Ensino Médio. Minha sala era constituída dos mais variados tipos, mas até que eram gente boa.

E toda a sala tem um com pinta de viadinho. Na minha não era diferente. Eis que me aparece o típico "Mamãe , sou gay" da minha sala. Usava sapatinho, camisa pra dentro, desmunhecava e conversava de novelas com as garotas.

Se ele não fosse Bambi, eu garanto, nada mais seria.

Eis que ocorreu o dia que ele resolveu provar pra todos que era realmente macho. Houve um torneio de futsal na escola, e montamos os times. Nunca curti muito futsal, mas valia pontos no bimestre, então eu me inscrevi torcendo pra ficar no banco de reservas.

Os times foram montados e o viadinho estava no meio de um deles!

Porra, não é que no dia do torneio, no vestiário, ele passou creme de pele pra ir jogar?

O pessoal não perdoou... e esse foi merecido!

domingo, 19 de outubro de 2008

Parabéns!

Quero parabenizar aqui a todas as bandas que participaram do Jovens Bandas 2008! Excelentes performances, fui conferir os shows na sexta.

=) Parabéns!

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Guns N Roses

A Dr. Pepper, fabricante de refrigerante norte-americano que prometeu, caso o GUNS N´ ROSES solte seu álbum, "Chinese Democracy" ainda este ano, dar gratuitamente uma garrafa de seu produto para cada cidadão americano (exceto os ex-integrantes da banda Slash e Buckethead), soltou uma nota comentando os novos rumores que dão conta do lançamento do disco em 23 de novembro:

"Estamos tão ansiosos para ouvir o 'Chinese Democracy' quanto os outros fãs do Guns, e se os rumores se tornarem realidade, colocaremos o Dr Pepper para gelar", disse um porta-voz da empresa.

Fonte: [ http://whiplash.net/materias/news_882/078738-gunsnroses.html ]

É foda, nem na marra essa merda desse CD sai. Isso já ficou chato, eu particularmente já sei que o CD com 90% de probabilidade, será uma merda total, já que o Axl enrola a mais de anos pra lançar isso.

Não sei nem o que dizer. Sou fã demaaais do Guns, pra mim eles foram a maior banda do planeta enquanto estava com a formação padrão. Porém, eu não estou nem aí pra esse CD. Não creio que o Axl sozinho consiga fazer um trabalho que vire lenda como o "Appetite for Destruction". Analisemos:

appetitefordestruction   1. "Welcome to the Jungle"
   2. "It's So Easy"
   3. "Nightrain"
   4. "Out Ta Get Me"
   5. "Mr. Brownstone"
   6. "Paradise City"
   7. "My Michelle"
   8. "Think About You"
   9. "Sweet Child O' Mine"
  10. "You're Crazy"
  11. "Anything Goes"
  12. "Rocket Queen"

 

Welcome to The Jungle é clássico do Guns. Pra mim, é a música que mais bem resume o trabalho da banda. É como se fosse um hino pra eles. It´s So Easy não é tão clássica assim, mas quem curte sabe o poder que essa música tem ao vivo. Nightrain, eu colocaria ela como uma das melhores do rock de todos os tempos. Out ta Get Me é a não fede nem cheira do álbum. Mr. Brownstone é uma das mais polêmicas dos tempos do rock, Paradise City é FODA DEMAIS, My Michelle é agradável aos ouvidos e dançante, Think About You é razoável, mas boa, Sweet Child O´Mine eu não preciso nem citar, You´re Crazy é ousada (assim como todas as músicas do Guns), Anything Goes destrói e Rocket Queen tem um dos melhores finais de música que eu já ouvi.

Resultado: de 12 músicas em um álbum, 9 viraram clássicos, e as outras 3 agradam MUITO os verdadeiros fãs.

E aí Axl, tá preparado pra fazer melhor, e sozinho? DUVIDO. O Chinese Democracy sai no máximo, razoavelzinho. Eu, que sou fã master do Guns, não estou nem aí pra esse CD. Aliás, cá pra nós, esse álbum deveria ser é cancelado, pra evitar revolta entre os fãs.

O dia que o Guns anunciar que todos voltaram pra banda, formação padrão, e que vai ter show em terras brasileiras, conte com a minha presença, por que aquilo sim é banda. Aliás, uma das maiores do planeta.

Até lá, Axl, faça-nos um favor: segura sua onda. E quando ao Velvet Revolver, é bom, mas não tanto quanto Guns. Não chega nem perto, e agora sem vocal, as coisas vão demorar a engrenar de novo.

Appetite for Destruction é o álbum de estréia, aliás. O que estourou, vendendo quase 40 milhões de cópias no mundo todo. Com certeza é um dos melhores álbum da história do rock, não duvide disso.

Mas eu duvido que Axl faça melhor. E será ótimo que eu esteja enganado.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Extraterrestres

O ser humano tem uma espécie de, digamos, consciência do que faz, mas não daquilo que o cerca. Temos total raciocínio, somos o único animal bípede, que pensa, e que domina todos os demais animais. A raça humana é de fato, uma raça muito curiosa.

O que é mais curioso é pensarmos que somos os únicos a habitar todo o universo. Não, perdão, eu não acredito nisso. A raça humana, definitivamente não é a raça suprema em todo o universo. Não esse universo enorme, não tudo aquilo que nos cerca, mas quem sabe alguém algum dia prove o contrário? Digamos... que existe uma raça com habilidades iguais (por que não, superiores), que habita um planeta paralelo à Terra.

Não duvido. Em algum lugar desse universo, de fato, há quem diga que habita uma raça superior à nossa. Pelo ponto de vista científico, eu tenho pra mim que isso não é impossível, ainda mais se tratando que o universo é algo que desconhecemos o fim. Ele simplesmente nos cerca, simplesmente estamos nele e simplesmente não sabemos o que ocorre lá fora.

Esse clichê de que ETs são verde tem anteninhas também gerou confusão na cabeça da galera. Não acredito que ETs, se existirem, sejam verdes. Pra falar a verdade, não tenho nem idéia de como eles sejam. Afinal, eu não sou ufólogo.

Aliás, mas que desgraça um ufólogo faz?

Estuda ufologia, que é de relatos, registros visuais, evidências físicas e demais fenômenos relacionados aos objetos voadores não identificados, ou OVNIs.

Cá pra nós, eu acredito em OVNIs, mas sei lá, não dessa forma. A idéia que temos é que os ETs virão pra Terra, tomarão nosso planeta de assalto e então nos tornaremos escravos pra sempre.

Não, não...

Pra falar a verdade, tenho pra mim que esse caô que jogam em cima de OVNIs e discos voadores é conversa pra mídia podre, como o programa da Luciana Gimenez, o tal do Super Pop. Um cara pago pra falar, vai lá com um VHS fodido e põe pro Brasil inteiro ver uma luz flutuando no ar, deixando os alienados de queixo caído, e é claro, com cara de otário que acredita em tudo.

Não, não, não. Clichê demais pro meu gosto. Discos voadores? Ah, pelamordedeus, ah meu saco, tem dó. Se existir vida fora da Terra, você realmente acha que eles vão chegar numa nave redonda, parecendo um trenzinho da alegria de tantas luzes, e puxando da Terra qualquer forma de vida pra análise?

Mánemfudeno.

Eles chegariam discretamente, pois se o objetivo deles é dominar a raça humana, é necessário agir com o máximo de tranquilidade. Primeiramente uma análise do local. Calor em algumas partes do planeta, frio em outras, mas tudo dentro de uma média.

O planeta é coberto em grande parte por água.

Então, o capitão por fim, chega e diz:

"Preciso que descubra quem é o supremo senhor dessa raça humana. Por certo, é o mais inteligente, o mais criativo, o que rege a paz no planeta. E se o noticiário estiver certo, só pode ser esse tal de Bush."

Sequestrariam o Bush (o que, cá pra nós, não seria motivo de lágrimas...) e então analisariam.

...

Essas coisas que ficam no ar como dúvidas em relação aos ETs só provam o quanto somos decadentes em relação a conhecimento além do limite. Há quem duvida, há quem acredite, mas nem mesmo cientistas conseguem provar por A+B que ETs existem. Quando muito, hipóteses. E, pra ser sincero... vai demorar muito a provar qualquer coisa, visto que pesquisas espaciais avançam cada vez mais e nem sinal de forasteiro da galáxia por aí.

et-poster02E não me venha com imensos círculos em milharais de fazenda, VHS filmada, reportagens, área 51. Isso é em parte balela, e outra parte, histórias mal contadas.

Não duvido que existam. Mas só acho que não são do jeito que pregam.

"Ah Catito, o governo mantém informações sigilosas dentro da Área 51"

Porra, teoria da conspiração em pleno século XXI? Dai-me paz, senhor. Até sua tia, meu amigo, tem informações sigilosas. Eu tenho pra mim que o OVNI que todo mundo diz que a Área 51 guarda é um boneco de pelúcia em tamanho real do ET - O Extraterreste, do Steven Spielberg.

Ou do Mestre Yoda!